"O que quer que eu faça, o tempo passa. O que quer que eu faça, o tempo passa. Ah, é barulhento"
JongHyun - Rewind
Yoongi caminhava pelas redondezas de seu bairro despreocupado com a vida como sempre, gostava muito dessas horas que gastava só andando pelos parques próximos, vendo crianças brincarem, carros passarem, sentindo a brisa chocar contra o seu corpo e muito mais experiências. Esta tarde estava refrescante, o sol não muito forte e a brisa fria avisando o início do período do final do ano, o que significava inverno, e muitas frentes frias.
Sua cabeça estava refletindo sobre os ocorridos da última semana, tinha conhecido o ex do melhor amigo e desenvolvido uma certa amizade com o rapaz simpático, havia contado sobre o seu passado para os seus amigos o que lhe deixava mais aliviado como se tivesse retirado um fardo de suas costas e tinha recebido uma boa grana do seu bico de barista o que significava compra de jogos e peças para o seu computador para aumentar a jogabilidade. Não teria graça trabalhar tanto e não poder usufruir sobre, seria sim uma baita de uma sacanagem, o azulado não aguentava mais jogar com o mouse quebrando, depois de um baita rage o branquinho jogou a peça no chão que se partiu em vários pedaços, teve que tomar “emprestado” do amigo, entretanto aquele era um horror para se jogar, não clicava corretamente e estragava suas maiores jogadas, resultando em mais rages.
Em plenas duas passadas tranquilas seu pé chegou a vacilar na viela da rua, perguntava-se porque ainda tinha essa maldita mania de andar nas vielas das ruas, era tão infantil, e ao mesmo tempo tão divertido, por ventura do destino não sentiu o choque do chão contra seu corpo, ou melhor, seu corpo contra o chão, sua cintura foi rodeada com agilidade e eficiência, não deixando brecha para que o azulado despencasse no chão de cimento. Min, aliviado, se recompôs suspirando alto e agradecendo a alma boa por ter lhe ajudado a não ter um tombo feio, contudo ao tornar o seu olhar se arrependeu no mesmo momento, o chão lhe parecia mais agradável agora, talvez a queda teria sido menos dolorida do que aquela presença.
—Yoongi? — Indagou o acastanhado perplexo.
[...]
O tempo passava desnorteado e desordenadamente. SeokJin estava se sentindo totalmente sufocado e estagnado, além da pressão que estava recebendo do hospital, que praticamente estava morando lá de tanto plantão que tinha que fazer. A sua família exigia que ele encontrasse alguém para cuidar dele, não era bem uma exigência, porém o rapaz sabia que era algo bem sério. Sua família sempre foi muito tradicional e religiosa não iriam aceitar o relacionamento do garoto principalmente pois ele ser filho único e devia dar filhos para continuar as gerações da família Kim. Jin não tinha coragem de contar pois tinha medo de ser rejeitado, sempre fez de tudo para que sua família fosse orgulhosa dele, desistindo de seu sonho de ser cantor para seguir a vida como médico cirurgião geral ou um obstetra — ainda não havia decidido—, e agora, soltaria uma bomba que era gay? Como eles reagiriam? O retiraram todas as suas regalias e o expulsaria de suas vidas? O salário de residente não permitia manter a vida que levava o que resultaria em grandes problemas financeiros.
O rosado não sabia o que fazer e recorreu para a outra pessoa que também estava envolvida. Namjoon estava em seu apartamento deitado vendo um filme qualquer que passava na televisão, atendeu a porta após escutar o som da campainha e recebeu de braços abertos o namorado que desmoronou assim que o abraçou.
Depois de algumas horas calados apenas com o mais velho sobre as coxas do mais novo sendo afagado pelos cabelos e recuperando o fôlego para contar sobre sua situação com os seus pais.
— Já está pronto para contar, vida? — Ditou o mais novo
O mais velho se levantou do colo do companheiro e começou a falar como era sua família e o que queriam dele. Os pais de Namjoon eram bem liberais e contanto que seu filho se formasse na faculdade arrumasse um emprego e se sustentasse, ele era livre para fazer o que quiser da vida e amar quem quiser. Ele poderia até mesmo andar nu pela praia fumando uma erva que seus pais não estariam ligando ou o acompanhando nessa aventura.
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Quem é Vivo Sempre Aparece | Jikook
RomanceForam dois anos. Dois anos calmos e agitados, tristes e felizes, remoendo o passado e seguindo para o futuro. Dois anos com certeza é muito tempo, mas seria o bastante para finalmente superar um término? Park Jimin queria acreditar quem sim quando r...