Capítulo XVII

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"O significado do mundo simplesmente desapareceram agora. você e eu somos os únicos que restaram. Mesmo se eu bloquear meus olhos, boca e ouvidos e tudo mais. O seu cheiro ainda vai ser mais forte. Meu amor é ativado."

SHINee - Electric Heart

Aquele local parecia ter ficado pequeno demais, a mente de ambos começava a entrar em puro pânico. Jeongguk, ainda no chão, tentava digerir toda aquelas informações, parecia que sua mente tinha dado pane no sistema, e teria desativado para entender a diferença. Já Jimin, esse já tinha o apocalipse na cabeça, traçado cada momento que passariam ali até definhar e darem seu último suspiro, estava até escolhendo suas últimas palavras, teria que ser algo icônico, mesmo que ninguém fosse o escutar, algo como a última fala de Yoda, em Star Wars: os últimos jedis. Mas -em meio a toda aquela bagunça- uma coisa era certa;

Iriam morrer.

Ou não, era uma situação inusitada demais, coisa de filme, e, com toda certeza, não era de romance, muito menos uma comédia.

- Caralho, eu não acredito que vou morrer, em uma lavanderia, com o celular descarregando, com um baitola chato para um caralho, sem hitar no Instagram com eu cabelo novo, sem mandar minha namorada tomar no cu, eu não estou acreditando! Sem me desculpar com meus amigos... - O recém moreno começou a tagarelar em desespero, o tom de sua voz era uma mistura de decepção e desespero.

Por que ele queria mandar a namorada tomar no cu? Nem ele mesmo sabia, estava entrando em puro desespero, nem distinguir as palavras estava conseguindo direito. Ele só queria sair daquele lugar, ou nunca ter pisado, desejava apenas sua cama quentinha macia, estando enrolado em seus edredons, era pedir demais?

O Park começava a rodar o local, cada milímetro, esfregando os cabelos com as mãos, estava nervoso, e queria chorar, mas não na frente dele. O Park odiava se mostrar uma pessoa frágil, porque ele não era - na maior parte das vezes-, contudo, nesse exato momento, era como se aquele bolo de frustrações acumuladas caísse em suas costas, sua namorada, seus amigos, seu ex, sua vida.

O Jeon saiu de seu pane mental para dar atenção a sua volta, talvez ele conseguisse arquitetar algo, ou convencer o Park a juntarem forças e saírem dali, é como aquele ditado: "duas cabeças pensam melhor que uma", não iria morrer ali, pelo menos sem tentar não, ainda tinha muito a fazer, e se manter centrado agora era o que mais necessitava. Calma, e paciência tinham que dominar seu corpo, mesmo parecendo bem difícil. Respirou pausadamente, igual a ensinava nos programas, inspirando e expirando, talvez funcionasse, ele pelo menos tentava, enquanto Jimin rodava a sala, como se fosse arrumabar o chão.

- Park- - Tentou falar o mais novo, sendo interrompido pelo baixinho irritante, aquele roda roda todo do sujeito estava lhe dando dor de cabeça e lhe deixando mais estressado, e, bem, ninguém queria ver um Jeon estressado.

O fotógrafo passou as mãos nas têmporas, e respirou fundo, fitando o tagarela novamente, que continuava a rodar pela lavanderia. Será que era tão difícil parar? Que drama!

- Meu Deus tem tanta coisa que eu ainda não fiz! Não joguei o iogurte fora sem lamber o lacre, fiz parte de um grande concerto, muito menos comi uma caixa de frango frito inteira sozinho. - Lamuriou o menor, recordando-se de todas as coisas que almejava fazer antes de morrer.

- Jimin- - Tentou novamente, respirando fundo para não se irritar com o ex loirinho.

- Ninguém vai no meu enterro, eu já tô vendo, vai estar chovendo, várias cadeiras brancas vazias envolta do meu caixão solitário. Eu vou para a terra dos que foram esquecidos! - Continuou tagarelando suas perspectiva para frente, com 100% de drama misturado.

Quem é Vivo Sempre Aparece | JikookWhere stories live. Discover now