Quem é Vivo Sempre Aparece | Jikook

Capítulo XV

O lugar era completamente pacato, para completar o cenário de faroeste faltava somente uma bola de feno rolando solta. O clima estava um pouco ameno, os olhares perdidos e preocupados se cruzavam na escuridão que apenas a luz de um poste falha fazia questão de dispor uma pequena claridade para os enraivecidos, e o vacilão.

Taehyung desejava enterrar-se vivo — antes que seus amigos fizessem isso— seria bem melhor do que enfrentar a fúria SeokJin, mesmo o conhecendo há pouco tempo já tinha noção do tamanho perigo, principalmente pelo olhar lançado a si pelo Kim mais velho, queimava feito fogo. Antes que a situação piorasse Namjoon se pôs a frente, sempre com sua aura de líder responsável tomando as rédeas da situação, lançou seu olhar para toda a extensão local, —mesmo não tendo uma vista das melhores— conseguiu avistar um simples host, torcendo para pelo menos ter uma vaga, caso não, a coisa ficaria feia. Segurou suas malas, e algumas do namorado, tomando rumo para aquele lugar um pouco distante, e todos os perdidos o seguiram sem contestar, e sem nem sequer para saber onde iam, confiavam nele cegamente, todos estavam na mesma situação mesmo.

Todos sorriram ao ver a pequena instalação com uma placa um pouco reluzente, tudo ia ficar bem, e até que estava sendo divertido, aventuras eram sempre bem vindas. Porém o sorriso de todos logo morreu, instalando-se no lugar um semblante preocupado.

Era um motel.

Todos adentraram a pequena recepção um pouco envergonhados, ninguém era santo, porém não eram acostumados a frequentar lugares do tipo. Mas, era ali ou na rua. Adentraram o local tímidos, até comprimidos, menos Yoongi, que não entendia tamanha vergonha, e Jeongguk que nem ligando estava, parecia preocupado demais com alguma coisa. Talvez com o sonho que tivera, e talvez, não com um sentimento bom.

A recepcionista sorriu simpática para todos os rapazes presentes, em especial para Namjoon que sorriu de volta de forma simpática, recebendo uma bela cotovelada de presente do seu companheiro.

— Ah… vocês têm vagas para uma pernoite? — Perguntou o “líder” do grupo de viajantes um tanto envergonhado, porém se acalmou a ver que a moça já sabia como lidar.

— Desculpe-me senhor Kim, só vamos ter três quartos a disposição. — Ditou a atendente sincera, mesmo tento vagas, para aquela tanto de pessoas, ela sabia bem que os rapazes não iriam usar com a mesma finalidade que o local foi criado, já que tinha muita gente.

Namjoon, sem muita saída, encarou a todos ali a procura de um consenso, dada a situação, era sua única saída, com certeza dormir apertados era melhor dormir na rua, e no dia seguinte, logo cedo, eles iriam embora para o grande hotel, onde teriam todo conforto do mundo.

— Tudo bem, aceitam cartão?

Assim que todas as contas foram fechadas e cada um recebeu a devida chave do quarto, sendo encaminhados para os corredores, tudo se acalmou mais.

Yoongi, Jeongguk e Jimin ficaram em um quarto, enquanto os dois outros casais nos outros dois quartos. Enquanto Min ria — chegando a chorar de rir—, Jeongguk lamuriava, e Jimin prendia o riso, rindo de nervosos. Só havia uma cama, vermelha, e em formato de coração, provavelmente para os três se “divertirem", o que seria um sofrimento para eles dormirem. O Min foi o primeiro a se jogar sobre as cobertas, para ele estava tudo bem, tinha uma cama, então estava tudo certo. O Park seguiu para o banheiro, e o Jeon continuou a encarar todo o quarto. Seria difícil, mas era o que tinha. Não deu cinco minutos e os três já se empurravam na cama, Jeongguk ao lado de Yoongi, e o azulado ao lado de Jimin. Era um puxa puxa de coberta, um mexe mexe para se acomodarem no colchão, até todos se aquecerem com o som estridente que cortou a noite e assustou os rapazes.

Os gemidos eram ensurdecedores, e aquele coito aparentava que ainda iria se prolongar bastante.

Era só o que faltava.