Quem é Vivo Sempre Aparece | Jikook

Capítulo XIV

“Eu espero que você venha até mim. Com um final diferente da última vez. Eu não posso deixar você ir”

SHINee - I Want You

— Eu só tenho amigos trouxas, e somente minha opinião é que importa. — Decretou Yoongi, cruzando os braços e girando suas orbes castanhas.

Os outros três presentes, jogados na sala de estar da casa de Taehyung, o encararam feio. O Min não havia lhes nomeado assim para ofender, eram apenas fatos sendo expostos. Com isto em mente, deu de ombros e seguiu para perto dos mesmos, mais precisamente do segundo dono da casa.

— Eu não sou trouxa. — Retrucou o mais velho entre eles, NamJoon, com convicção.

— Olha o SeokJin tá te ligando! — Praticamente gritou o Min, em um pequeno — e desnecessário — alarde, apontando para um lugar qualquer perto do maior.

O Kim mais velho deu um leve salto do sofá, onde se encontrava sentado, procurando seu smartphone nos arredores do local. Poderia ter acontecido alguma coisa com seu namorado, ou talvez não, só era uma ligação para dar um aviso, ou somente um bom dia, entretanto, de qualquer forma, a pior das opções era a que mais martelava na mente do taxista.

— Aonde? Cadê? Porra! Onde deixei meu celular?! — Desesperou-se procurando seu celular pelos bolsos de sua calça jeans azul marinho.

Jeongguk conteve sua risada alta no final de sua garganta, seu amigo, com toda certeza, era um trouxa de carteirinha, igual a ele. Taehyung riu, esse não tinha pena do platinado, que nem ao menos se esforçava para esconder sua “trouxisse”.

— Tô brincando, oh trouxa incubado. — Debochou o Min, revirando os olhos em seguida.

Namjoon bufou alto e em bom som, pigarrear ando em seguida — teria que voltar a compostura, como se nada tivesse acontecido, tentava disfarçar no final, quem sabe daria certo — e expelindo sua raiva momentânea, não gostava dessas brincadeirinhas de mau gosto, havia se exaltado por nada. Claro que ele era trouxa, por SeokJin ele seria tudo, até mesmo o Batman, somente seu Batman.

— Caralho, me dá atenção né gente, poxa, tô na maior bad aqui… — Lamuriou Jeongguk, deitado no chão coberto por um carpete, até brincando com sua própria situação.

Os três espalhados na sala tornaram seu olhar para o mais novo, que tentava fazer um aegyo triste. Seus olhos já se encontravam inchados e avermelhados, e seu rosto amassado por passar tanto tempo no colo de Yoongi, submerso em lágrimas e nos mais — para si — sem sentido sentimentos. Ele chorava por alguém que sequer o queria por perto, por um ser que já lhe machucou antes, sentia-se digno de um masoquista.

Estampado na face; as marcas consequentes do acontecimento do dia anterior, quando o primeiro passo de Jimin ultrapassou a saída da cafeteria, o deixando para trás, incluindo todos os velhos sentimento escondidos como proibidos, a sete chaves, dentro dos escombros que se encontrava Jeongguk, sentia-se destruído, magoado. Ocultando o fato que ter ficado sentado àquela mesa esquecida ao fundo do estabelecimento, apenas degustando seu latte, junto a uma boa dose de frustração. Talvez tal café tenha esfriado, e sido deixado para lá, incluído toda a vontade do Jeon de voltar para seu apartamento, preferindo lamuriar-se nos braços de um de seus amigos, esperando fielmente que eles afagassem seus cabelos e fizessem parar de doer.

— Vai Jeongguk, conta vai. — O maknae presente proferiu, fazendo um leve gesto na mão para que ele entendesse que poderia falar a vontade, se ele queria atenção, agora tinha toda a do mundo.

Yoongi se deitou sobre o carpete da sala de estar, próximo a onde Taehyung havia acabado de se sentar em forma de índio. Aproveitou que o rapaz se encontrava naquela posição, e utilizou seu colo como um travesseiro. O Kim murmurou um “folgado”, e deixando sua mão direita acariciar aqueles cabelos azuis em um calmo cafuné. Namjoon sentou-se perto daquela melação, ainda no tapete, e encostou suas costas na parte debaixo do sofá, ficando em uma posição confortável para si.