T8

5.8K 477 1.9K
                                    


Após a festa de inauguração, meu pai, Haemi, Baekhyun e eu seguimos para a casa do meu pai. No banco de trás sentei o mais longe possível de Baekhyun, porém, no meio do caminho, ele se arrastou até mim e colocou a mão sobre a minha coxa.

– Chanyeol... – ele sussurrou em meu ouvido. – Que tal dormirmos juntos no mesmo quarto? Se lembra de como era bom?

Rato miserável.

– Dividir um quarto não é problema. Mas você dorme no chão.

Ele sorriu como se não acreditasse que eu realmente o colocaria para dormir no chão.

Ao chegarmos em casa, meu pai emprestou um pijama para mim e outro para Baekhyun. Optei pela regata preta com um short de tecido sedoso. E Baekhyun por uma camisa listrada de botões muito maior que seu corpo e um short de moletom que batia acima de seus joelhos.

Tomei meu banho no banheiro do meu pai enquanto Baekhyun tomava no meu. Mesmo depois de vestido e de banho tomado, me sentei na beirada da hidromassagem e enviei uma mensagem para Luhan.

Chanyeol: Estou nervoso, Lu. Como alguém inteligente como eu, que planejou tudo, pode ficar nervoso só por dormir no mesmo quarto que ele?

Ele estava online, provavelmente esperava por notícias.

Luhan: É normal, ele te fez muito mal. Use de suas lembranças ruins como gatilho. E pense nele como uma prostituta, caso vocês façam alguma coisa.

Chanyeol: Obrigado. Não sei como meu corpo vai reagir a ele. Espero que não tenha uma impotência.

Luhan: Hahaha. Não vai ter, pelo contrário, você sente atração sexual por ele, ou, pelo menos, sentia, tente se focar apenas nisso.

Chanyeol: Obrigado, Lu. Boa noite.

Um pouco mais confiante, deixei o banheiro do meu pai e fui para o meu antigo quarto. Ele ainda estava praticamente como 7 anos atrás, mas com algumas modificações, inclusive pertences de Baekhyun, que provavelmente dormia nele quando passava a noite na casa do meu pai.

Quando cheguei no quarto, ele estava na cama, assistindo televisão sem som. O ar-condicionado estava ligado, embora o clima estivesse por volta dos 11°C. Ele se cobria com um edredom até o pescoço.

– Esse quarto é meu e vou ter que dormir no chão por sua causa? – falei, me aproximando da cama, mas sem muita autoridade.

– Claro que não, eu arrumei a cama para nós dois. – Ele apontou para o outro edredom em cima da cama. – Vem... não fique com medo de mim, eu não vou te morder.

Tomei coragem e, sem mais protestos, me deitei ao lado dele. O louco veio logo me abraçar, repousando a cabeça sobre meu peito, bem como fazíamos antes. Ele sempre se encaixou perfeitamente em mim, mas agora eu não sentia mais a conexão.

– Que saudade... – ele disse. Fez um carinho no meu antebraço esquerdo, bem em cima da única tatuagem que possuía no mesmo; um chapéu de chef de cozinha, bem pequeno, quase em cima do pulso.

Pus minha mão em cima da dele como se eu quisesse mesmo tocá-la, mas só queria que ele parasse de esfregar seus dedos em mim.

– Sente saudade do quê?

Era preciso entrar no jogo.

– De você por inteiro. Especialmente de como me sinto perto de você e de como você me dá carinho.

Suas palavras. Ah, eu costumava acreditar em todas elas. Agora era tão clara a sua dissimulação. Como eu não percebia antes?

– O Jongin não suprime isso?

DorsalOnde histórias criam vida. Descubra agora