Quill - O Exterminador de Demônios

Fogo Sagrado

Quarto memorial

Fogo Sagrado

"...quando destruímos Vormostat e enxerguei o propósito de minha existência através do fogo sagrado..."

 

Deter Vormostat e seu avanço estava além de nossas capacidades. Um de nossos embates foi contra um sumo sacerdote da Cidade do Sol. Ele era um dos quais detinha o título de Novo Deus.

Preparamos uma emboscada na estrada que ligava a capital a um templo importante na periferia. A escolta resistiu ao nosso assalto quando atacamos com fogo e gelo. Por um instante, supomos uma vitória, mas o Novo Deus emergiu da parede de fogo elemental convocado pela Balcatemi. O sacerdote estava muito infectado, de fato, era o humano mais severamente dominado pelos vermes de Vormostat que já havíamos confrontado.

– Dois, cuidado! – avisei, mas tarde demais.

Do meio das chamas veio o ataque do sacerdote verminal. Lançou seu cajado pontiagudo que se cravou no peito de Dois tal qual uma lança faria.

Três desembainhou sua espada, e com isso, lançou um chicote de vento que cortou o solo até atingir o sacerdote, partindo-o em duas metades. Novamente supomos a vitória, mas para nossa surpresa, as metades separadas foram reunidas por dezenas de vermes, antes mesmo de se distanciarem demais.

Ataquei com um jato de chamas, que não chegou a tocá-lo, pois foi desviado magicamente. Quatro atacou-o com o machado, decepando-lhe um dos braços que, em seguida, foi reconstituído por vermes, em grandes quantidades. O braço caído no chão, produziu outro corpo, e agora, tínhamos dois oponentes. O original saltou para cima de Quatro e enroscou seu braço constituído por vermes em seu pescoço. O elfo de debatia, lutando contra a asfixia.

Ao mesmo tempo, Um congelou a cópia. Eu segui ao socorro de Quatro, mas meus ataques falharam, um após o outro. Aquilo me causava calafrios e não conseguir ajudar Quatro vendo-o morrer aos poucos. Cinco atacou diretamente os olhos do sacerdote que nem mais lembrava a forma de um homem. O par de olhos foi queimado, mas em instantes, emergiram dezenas de vermes, com aspecto de lesmas com um par de olhos cada.

– Há, há, há! Finalmente os pegamos! Seus tolos! Pensaram mesmo que nós cairíamos numa emboscada? Nós é que vos emboscamos!

Três desferiu dois golpes e decepou as pernas do demônio, apenas mais um contratempo. Ele se ajustou movendo-se agora junto ao solo, como uma taturana.

A esta altura, pensei que iríamos ser derrotados. Concentrei-me para que os Nam-Lu da Balcatemi me auxiliassem a saber como derrotá-lo. Foi quando veio à minha mente aquela terrível visão: Vi um monstro de fogo, rocha e lava de proporções gigantescas, alto como uma montanha pisoteando a Cidade do Sol. Seus pés cobriam quarteirões inteiros esmagando templos e palácios de uma só vez. Aquilo que vi, não era resultado do uso de nenhuma de nossas armas. Mas sim, estávamos cooperando com o colosso de fogo. Eu podia falar com ele. Naquele instante, forjou-se entre nós, uma forte ligação. Em minha visão, alcancei a consciência do Senhor do Fogo, o mais antigo e forte espírito Elemental do fogo. Descobri que ele habitava a Terra das Nove Luas desde as eras mais remotas. Estava recolhido no centro da terra, mas em épocas remotas, ajudou a criar os continentes e viu sobre estes, lentamente surgir a vida vegetal. Ele estava adormecido há milhões de anos, mas agora, por um instante, alcancei sua mente e em seu sonho ele falou comigo. Soube então que seria através dele que teríamos forças para destruir Vormostat.

– Mardihk, seu desgraçado! Precisamos de sua ajuda! – implorou Um, resistindo aos ataques imprimidos pela poderosa extensão de Vormostat.

Mardihk surgiu e trouxe consigo lacaios alados da horda de Marlak. Enquanto dúzias deles avançavam e eram eliminados pelo sacerdote, outros recolhiam os corpos de nossos companheiros abatidos e os que ainda resistiam. Fomos levados para longe e quando pousamos em segurança, revelei – Eu vi! Eu vi! Agora sei como deter Vormostat!