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– Ah meu Deus, meu bebê já está crescido, indo morar com o namorado... – Karen suspira, com uma voz chorosa e abraçando o filho.

– Mãe são só dois meses até a turnê voltar e vai ser bom. O Luke vai ter tempo para poder a desenvolver a história e eu vou fazer meu tratamento.

– Eu sei, raio de sol. – Suspira – Eu estou muito feliz por você, por vocês. Mas é claro que eu me preocupo também, você era meu neném vergonhoso até pouco tempo.

O apelido faz Luke e Lucy rirem, puxando a mais velha para um abraço em conjunto.

– Karen, eu prometo que vou cuidar do seu filho muito bem. Vocês podem ir para casa despreocupados, vai dar tudo certo e em breve vamos estar juntos de novo. Aliás, nossa casa vai estar sempre aberta para vocês virem nos visitar.

Nossa casa. As palavras fazem o interior de Michael ficar quentinho e ele olha carinhosamente para o namorado. Clifford está animado para essa nova fase de sua vida, começar o tratamento para sua paralisia, morar longe dos pais pela primeira vez e viver um relacionamento assim como as outras pessoas.

– Eu sei que vai, querido.

– Karen, temos que ir pra King's Cross se não vamos perder o trem.

– Gente, façam boa viagem, avisem quando chegarem em Holmes Chapel e não fiquem o tempo todo se preocupando com a gente! – Luke pede com carinho na voz e abraça os pais e irmã do namorado – Eu vou dar espaço para vocês terem seu momento de despedida. – Sorri, soprando um último beijo e pegando as malas, antes de dar as costas e sumir para dentro do apartamento.

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No dia seguinte, eles acordam cedo e Luke faz mingau de aveia e salada de frutas para o café da manhã. Ele ajuda Michael a escovar os dentes e então eles tiram o pijama e vestem uma roupa para irem até a clínica.
Luke dirige até o centro da cidade, com o mais novo sentado no banco do carona e olhando admirado para o mundo do lado de fora da janela. Hemmings cantarola a música que toca no rádio, com uma mão no volante e a outra acariciando a coxa do namorado.

Quando eles chegam na clínica onde Michael seria atendido, o mais velho estaciona o carro e eles entram no prédio de mãos dadas.

– Bom dia, nós temos uma consulta com a fonoaudióloga, Dra. Edwards.

– Qual o nome? – A recepcionista pergunta gentilmente.

– Michael Clifford e quem ligou para marcar, Luke Hemmings.

– Ah sim, ela já vai atender vocês em um minuto, esperem por favor.

Eles se sentam nos bancos da sala de espera. Michael bate os pés no chão repetidamente, indicando estar um pouco nervoso, Luke suspira e a carícia as mãos do mais novo, entrelaçando seus dedos nos dele com firmeza. A porta do consultório se abre e uma mulher jovem e sorridente chama por eles.

– Olá meninos. Vamos entrar? – Acena, apontando para dentro da sala.

Eles se levantam e seguem ela para dentro consultório. Michael observa tudo ao redor se forma curiosa, enquanto o namorado cumprimenta a doutora como se fossem grandes amigos.

– Mike, essa é minha amiga Perrie. Pez, esse é o meu namorado, Michael.

O mais novo é surpreendido quando a loira o puxa para um abraço apertado e sussurra em seu ouvido: – É bom conhecer o rapaz que faz o coração do meu amigo aqui bater mais forte.

Michael cora com as palavras, mas assente e estica o canto dos lábios minimamente, voltando para perto do namorado e entrelaçando as mãos novamente.

– Luke me disse mais ou menos sobre o que se tratava, mas quero ouvir a história de você, Michael. Se não se importar, claro. E não se preocupe, eu conheço a linguagem dos sinais.

Michael conta sobre como havia nascido assim e sobre como os médicos achavam que se tratava de algum trauma sofrido por Karen durante a gravidez do garoto.

Perrie assente em compreensão a cada frase do mais novo. Quando ele termina de contar, ela sorri e o leva até a máquina de raio-x analisando e anotando algumas coisas em sua prancheta. Dra Edwards fica em silêncio por alguns segundos, terminando de ler o relatório.

– Bem, Michael pelo que posso ver aqui, realmente não há nenhum defeito no seu sistema nervoso. Então, eu vou aplicar umas enzimas em você, três vezes por semana, eu mais uma amiga minha que é fisioterapeuta faremos um trabalho na sua musculatura e nas suas pregas vocais para tentar recuperar seus movimentos. Creio que vai funcionar, mas alerto que pode não dar certo, pois a causa específica da paralisia ainda é desconhecida.
Michael assente e a chama de esperança em seu peito não apaga por nem um segundo, nem mesmo com as palavras da fonoaudióloga.
– Basicamente, as enzimas vão relaxar a sua musculatura e descolar suas pregas vocais que estão rígidas e muito juntas. Eu vou aplicar a primeira dose hoje, mas só vamos começar os exercícios amanhã, porque até lá a enzima terá tempo para começar a agir no seu organismo.

Michael assente mais uma vez se sentindo animado e Luke sorri para ele, depositando um beijo na bochecha corada.

– Obrigada, doutora. Eu estou muito feliz de poder pelo menos tentar.

– Eu fico muito feliz em saber que posso te ajudar, Michael. Você vai conseguir, eu tenho fé que vai dar tudo certo. Bom, posso aplicar?

Michael deita na cadeira de atendimento e uma luz forte é acesa acima dele, o obrigando a fechar os olhos. Ele sente os dedinhos de Luke apertarem os seus e então vem um pequena dor da agulha penetrando os cantos de sua boca e em seguida em sua garganta.

– Prontinho. Eu peço que você não faça nenhum movimento brusco pelas próximas duas horas, ok?

– Pode deixar comigo, eu vou fazer tudo direitinho.

Perrie sorri mais uma vez, admirada com a força de vontade do mais novo. Eles se despedem da mulher e então vão embora de mãos dadas, animados para essa nova fase.




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I saw galaxies in your eyes  | version MUKE|Onde histórias criam vida. Descubra agora