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– Bom dia, bebê.

Michael sorri ao sentir a barba rala de seu marido roçando suas bochechas e os lábios macios espalhando vários beijos por todo seu rosto. Ele suspira satisfeito e preguiçoso, finalmente abrindo os olhos e se deparando com duas lindas galáxias azuis o fitando com amor.

– Eu não sou um bebê.
Resmunga, com a voz grogue e ainda mais rouca por ter acabado de acordar. Há um sorriso em seus lábios  quando ele puxa Luke para si e enrola os braços e as pernas no corpo do maior, o apertando contra seu próprio corpo e voltando a fechar os olhos ao que o cheiro do mais velho inebria todos os seus sentidos.

– Sempre meu gatinho. – Ri baixinho, sentindo o nariz do mais novo deslizar carinhosamente contra a pele de seu pescoço.

– Bom dia, amor. – Murmura, deslizando o nariz pelo pescoço e maxilar do mais velho até ter seus lábios conectados em um selinho.

– Qual a programação para hoje?

A família Hemmings-Clifford havia tirado alguns dias de férias e pegado um avião da Austrália para a Inglaterra, a fim de poder ver os familiares e amigos, além de poder matar um pouco da saudade que eles sentiam todos os dias.

Hoje é o último dia da turnê do Circo Giramundo, antes dos circenses entrarem de férias. Luke, Michael e seus três filhos haviam chegado em Londres no dia anterior para conseguirem assistir o último espetáculo. Há dois anos Simon se aposentara e desde então a companhia circense estava sendo comandada por Karen, Daryl e Joy, o que causara grandes mudanças - para melhor.

Luke e Michael estão no velho trailer que costumavam dividir com Jake, Ashton e Calum há tantos anos que parecia ter sido em outra vida. Tanta coisa havia mudado nos últimos anos.

Todos os outros permaneceram no circo.
Calum finalmente havia criado coragem para convidar Ashton para sair e agora eles namoram há quase quatro anos. Realmente um casal adorável e apaixonado, embora Hood não tivesse, nem sequer por um momento, deixado de cuidar e proteger seus amigos como filhos.

Josh e Sophiam casaram há pouco mais de três anos e fora uma cerimônia linda e cheia de vida. A garota está grávida de uma menina, que se chamará Michaela. Michael chorara os olhos para fora, quando o casal o anunciou o nome, e fizera Luke comprar passagens para Londres apenas para que pudessem abraçar o casal. Na época, eles estavam morando na Califórnia.

Lucy e Jake ficaram juntos, o que não fora surpresa para ninguém, já que os dois, desde de pequenos, sempre se deram muito bem e eram muito unidos. E apesar de nunca terem oficializado a relação, tiveram uma filha de cinco anos, chamada Catherine e um garotinho de dois chamado Philip.

The Silence of a Clown foi, de longe, o livro de mais sucesso escrito por Luke. A história ganhara até mesmo uma versão para cinema, que ainda não foi lançada, embora o casal esteja muito ansioso por esse momento. Afinal, eles estão trabalhando e observando toda a produção bem de perto, opinando em cada detalhe para que seja o mais fiel possível ao livro.

– As crianças provavelmente vão querer explorar cada canto desse circo, afinal todas as vezes que nós viemos para cá foi na época das férias e quase sempre acabávamos em Doncaster ou Holmes Chapel. Contudo, eu andei pensando... Talvez, pudéssemos passar uns dias na cidade e turistar com eles. Depois ficarmos uns dias com a sua família e depois irmos pra Holmes no Natal. O que acha? – Morde o lábio inferior, olhando para o mais novo com paixão, passando as mãos nas mechas castanhas e lisas.

– Há quanto tempo está pensando sobre isso? – Ri contra a bochecha do mais novo, deixando uma leve mordida no local.

– Há um tempo... – Murmura, sentindo os pés de Luke se esfregarem contra os seus – Seus pés estão congelando, Hemmo.

– Podemos fazer o que você quiser, babe. – Resmunga distraído com a pele quente e cheirosa do pescoço de Michael.

– O que eu quiser? Interessante.
Sorri, apertando a cintura de Luke em suas mãos e o puxando mais para cima a fim de que possam se beijar direito. Michael nunca vai se cansar da sensação de sua língua deslizando contra a de Luke ou de ter seu lábio inferior sendo puxado devagar, ou da sensação dos lábios finos em sua pele, porque ele é grato demais por poder sentir cada uma dessas sensações.

Luke beija a pele macia do maxilar do marido, raspando seus dentes por toda a região e deixando um rastro de saliva até o pescoço do garoto. Ele puxa a pele quente entre seus dentes, sentindo as mãos do maior apertarem ainda mais sua cintura.
– Gostoso. – Murmura.

Michael suspira ao sentir a mão do maior deslizar por baixo de sua camisa, os dedos de Luke traçam suavemente sua cintura e seu abdômen, deixando alguns arranhões que o fazem descer as mãos para a bunda do marido e apertar a região, o impulsionando para cima e fazendo seus quadris se friccionarem

Suas bocas voltam a se chocar e Luke suspira, se impulsionando contra o mais novo ao que suas línguas deslizam uma sob a outra de forma gostosa e excitante.

– Papai! Papai!

As vozes de três crianças invadem o trailer e a porta se abre, fazendo um barulho alto e assustando o casal, que se separa rapidamente. Luke bufa, rolando para o lado do marido e enterrando o rosto no travesseiro.

Michael grunhe frustrado, mas sorri, vendo seus três filhos correrem em sua direção e pularem na cama.

– Acordem! – Damon grita, pulando na cama e fazendo ela balançar.

– Já estamos acordados. – Luke resmunga, sentindo Amelie deitar em suas costas – Mais do que eu gostaria. – Acrescenta baixinho, fazendo Michael dar uma risadinha sem graça.

– Então levantem. – A garota murmura manhosa.

– Vocês precisam ver lá fora, é muito maneiro! – Benjamin exclama, sacudindo o pai pelos ombros.

– Eu cresci nesse circo. – Michael revira os olhos.

– E eu morei aqui por um tempo. Nós dormíamos nesse mesmo trailer. – Luke conta.

– Wow! Deve ter sido tãão legal! – Os três exclamam juntos.

– Yeah... Os tios de vocês tem várias histórias para contar, porque vocês não vão chamar eles para tomarmos o café da manhã? Eu e papai já vamos. – O mais velho sugere.

– Yeah! – Os três gritam novamente e se levantam, correndo para o lado de fora.

Michael resmunga, querendo mais do que qualquer coisa permanecer na cama pelo resto do dia, o fuso horário e o cansaço – de ter passado quinze horas em um avião com quatro crianças – massacrando cada célula de seu corpo. Ele rola pela cama e finalmente, se levanta.

Michael está só de boxers e Luke aproveita para admirar a cena do marido se espreguiçando. Os músculos do braço do mais novo ficando ainda mais delineados ao serem alongados, os cachos caindo levemente no rosto e um sorriso bobo dançando nos lábios vermelhos.

– Admirando a vista, baby? – Brinca, dando uma risadinha – Cuidado para não babar.

– Saudades do meu Mikey neném, todo tímido e assustado. – Implica, vendo o mais novo colocar uma calça e um suéter cinza – Aaah, você estava tão bonitinho... – Faz um muxoxo, franzindo o lábio inferior em um biquinho decepcionado.

– A culpa é sua. A convivência com você nos últimos doze anos me deixou assim. – Revira os olhos, dando um tapinha na bunda do marido – Vamos lá, babe. Sua vez de se levantar. Podemos continuar o que estávamos fazendo mais tarde. – Pisca.

– Yeah? Você vai ficar por cima de mim? Porque eu adoraria te ver cavalg- – Começa a provocar, com um sorriso malicioso nos lábios, que instantaneamente fazem as bochechas do mais novo corarem.

– Horário impróprio para a sua putaria. – Interrompe, fazendo Luke dar uma risada alta.

– Aí está o meu baby Mikey. – Comenta ainda rindo – Aqui está tão confortável, eu não quero levantar.

– Nós vamos perder o café da manhã, Lukey!

– Ok. Ok. Estou levantando. – Responde, se desenrolando das cobertas de má vontade.

Ele usa uma calça jeans e um moletom de Michael, que fica enorme em seu corpo, mas que é confortável o suficiente para fazê-lo sentir como se estivesse sendo abraçado.

O casal se junta aos circences para o café da manhã e todos eles se sentam numa longa mesa para comerem e conversarem. Luke e Michael contam sobre os preparativos finais para o filme de The Silence of a Clown, que será lançando em breve; falam sobre como está sendo morar na Austrália e sobre como está sendo bom para as crianças, finalmente estar em um lugar fixo e permanente.

Eles também relembram histórias de quando eram mais novos e ainda moravam no circo. Todas as fogueiras, os jogos de futebol, as pegadinhas que aprontavam, as brigas de Simon e as conversas tarde da noite, quando o show acabava e eles estavam cansados demais para fazer qualquer coisa, então apenas se sentavam e ficavam conversando até de madrugada, para no dia seguinte partirem para uma nova cidade e uma nova aventura.

– Eu e Michael temos uma novidade para contar. – Luke anuncia, quando percebe que a hora do café está chegando ao fim.

– Vocês não vão adotar outra criança, né?! – Lucy interrompe alarmada – Porque as suas já fizeram um estrago me acordando essa manhã.

O casal ri e responde ao mesmo tempo: – Não!

– Então contem logo!

– Eu e o Luke estamos criando uma ONG que ajuda crianças e adolescentes com diversos tipos de deficiências e que não possuem condições para bancar um tratamento. Ela será destino de parte do dinheiro arrecadado com o filme e se tudo correr como o planejado, ela será inaugurado dia primeiro de fevereiro, no dia do meu aniversário.

Michael anuncia com um sorriso nos lábios e Luke o olha orgulhoso. A ideia surgira há pouco mais de um ano, quando numa noite, Michael murmurara baixinho para o marido sobre como todo mundo deveria ter um Luke na vida e sobre como ele se sentia triste ao imaginar que muitas pessoas sofriam pelo o que ele sofreu.

Desde então, eles tem planejado, conversado, procurado por doadores e contatos para darem a vida a uma organização bem estruturada.

– Oh meu Deus! Isso é incrível! – Os circenses murmuram animados, batendo palmas e abraçando o casal.

– Eu estou tão orgulhosa de vocês. – Karen murmura, com lágrimas nos olhos – Qual vai ser o nome?

– Galaxie for all.

.

– Papai, me pega no colo. – Amelie pede, fazendo um biquinho.

– Amy, você já tem nove anos, não acha que está um pouquinho grande para isso? – Pergunta, olhando para a filha.

– Não. – Ela responde simplesmente, fazendo Michael rir e balançar a cabeça negativamente – Eu estou cansada de andar e andar.

Igualzinha ao pai.

– Tudo bem, você venceu. – Murmura, pegando a pequena em seus braços e a colocando sentada em seus ombros.

Os cinco estão caminhando pela orla do Rio Tâmisa, embrulhados em casacos grossos, cachecóis e toucas para se protegerem do frio londrino daquela época do ano.

– Você não está gostando do passeio? – Pergunta, fazendo um biquinho chateado e olhando para cima, para poder enxergar a filha.

Luke ia mais a frente com Damon e Benjamin, os três chutando uma bola de futebol pela rua a fora é perseguindo pombos, enquanto Michael e Amelie seguem mais devagar, tirando fotos das paisagens e conversando sobre o desenho favorito da garota.

– Estou sim. – Ela ri – Aqui é muito bonito. Por que você e o papai foram embora?

– Bem, o papai gostava de viver aventuras para ter inspiração para poder escrever os livros. Você sabe o que é inspiração?

– Sei. – Responde, empinando o nariz – É tipo, quando você tem uma ideia muito legal e criativa, né?!

– Exatamente. Foi assim, que eu e ele nos conhecemos. Ele queria escrever um livro sobre circo e viajou com o Giramundo por meses.

– Eu gostei do circo. As pessoas lá são muito divertidas e carinhosas.
– Elas são. – Murmura concordando, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios – Quando o seu pai acabou de escrever o livro The Silence of a Clown, a gente já estava namorado e a gente se amava muito. Eu sabia que ele ficaria triste de ficar em um lugar só, porque ele precisava conhecer mais lugares para ter mais ideias. Mas eu também não queria perdê-lo, então começamos a viajar juntos.

– Legal... O papai que te ajudou a voltar a falar e sorrir, né?

– Uhum...

– E você era como aquelas crianças que a gente conheceu outro dia?
– Sim. Mas aquelas crianças não tem ninguém para ajudá-las, como eu tive o papai, por isso vamos fazer isso por elas, entendeu?

– Entendi. Você ama muito o papai, né?! – Pergunta baixinho, acariciando os fios loiros de Michael.

– Muito mesmo. – Sorri, olhando para o marido e para os dois filhos rindo e correndo mais a frente.

E como se Luke pudesse sentir que estavam falando dele, ele para e olha para o marido e para a filha, sentindo seu interior ficar quentinho e cheio de amor.
– Vocês dois são duas tartaruguinhas! – Ele grita, com um sorriso carinhoso nos lábios.

– Não esquece que a tartaruga venceu do coelho, papai. – Amy diz, quando eles se aproximam.

– Você tem razão, minha pequena. – Sorri orgulhoso.

– Papai, papai! – Os gêmeos correm até eles, com as bochechas coradas e as respirações ofegantes – Podemos tomar chocolate quente? – Perguntam em uníssono, apontando para um pequeno e adorável estabelecimento.

– Um chocolate quente seria ótimo agora. Acho que estou quase virando o Olaf de tanto frio. – Luke brinca, fazendo os filhos rirem.

– Eu te dou um abraço quentinho se isso acontecer, papai!

E assim eles acabam sentados numa pequena mesa próximo a janela, com canecas de chocolate fumegante nas mãos e risadas nos lábios, enquanto observavam a neve começar a cair lentamente do lado de fora e formar uma fina camada branca e fofa no chão.

.

– Jake, tira seu dedo sujo daqui, ainda não está pronto! – lucy grita, batendo no garoto com a colher de pau e o encarando com uma expressão brava.

– Mas eu gosto de massa de biscoito. – Resmunga chateado.

É natal e todos eles estão em Holmes Chapel na casa de Karen e Daryl para comemorarem a data. Michael como sempre apenas riu de todo o drama e manteve o mais velho aconchegado em seus braços.

Assim como eles estão agora, jogados no sofá da sala enquanto Esqueceram de Mim passa na televisão. Luke está deitado com mais novo encolhido em seus braços e com a cabeça deitada no vão de seu pescoço.

– Tia, eu e Cath podemos ajudar a fazer as forminhas dos biscoitos? – A voz de Amelie soa logo em seguida.

A pergunta faz Michael rir baixinho. Amy, mesmo não sendo filha de sangue, é assustadoramente parecida com Luke. Sempre falando por ela mesma e pelas outras pessoas, além de ser atrevida e esperta. Totalmente ao contrário da prima, que apesar de ser filha de Lucy e Jake, é quieta e tímida, sempre falando baixinho.

– Claro, vocês querem fazer no formato de quê? Nós temos árvores, estrelas, bonecos de neve... – As vozes diminuem ao que elas somem na cozinha.

– Do que você está rindo, babe? – Luke pergunta curioso, cutucando a cintura do marido.

– Sobre como Amelie é extremamente parecida com você e eu não digo isso pelos olhos azuis...

– O que você quer dizer com isso?

– Que ela é um grilinho falante, além de ser mandona e abusada.

– Hey! – Protesta indignado – Eu não sou um grilinho falante!

– Então admite que é as outras duas coisas? – Sorri, arqueando uma sobrancelha.

– Eu nunca disse isso, Michael Hemmings.

– Tantos anos de casado e eu ainda não acostumei como meu nome soa tão bonito com seu sobrenome... – Suspira, fechando os olhos e se aninhando ainda mais contra o maior.

– Você está tão apaixonadinho por mim, amor...
– Completamente. – Concorda, sem tirar o sorriso dos lábios.

– Eu também sou completamente apaixonado por você. – Murmura, selando seus lábios repetidas vezes.

Eles permanecem ali pelo resto da manhã, apenas confortáveis demais nos braços um do outro para mudarem de posição ou sequer levantar para fazer qualquer coisa que pudesse ser útil para ajudar.

Eles apenas continuam a assistir os bons e velhos filmes de Natal, trocando beijos calmos e carícias, rindo vez ou outra do quão chato os filmes ficavam após serem vistos tantas e tantas vezes.

Quando Karen anuncia que o almoço está pronto, ninguém prepara uma grande mesa decorada e bem arrumada. Ao invés disso, cada um se serve e se espalha pela sala de estar para conversarem e assistirem televisão juntos.

As crianças comem sentadas no chão e o resto se espalha pelos sofás e poltronas, se enrolando em cobertos a medida que a neve cai do lado de fora e esfria o lado de dentro, mesmo com o aquecedor ligado.

– Que tal se nós brincarmos de alguma coisa? – Lucy sugere animada, depois que todos terminam de comer a refeição e começam a deliciar os biscoitos e as tortas.

– O que você sugere? – Daryl pergunta, parecendo se animar com a ideia de fazerem algum jogo.

– Mímica?
O dia termina com todos eles sentados no chão, formando uma grande roda para fazerem a brincadeira. Michael descobriu ser um péssimo jogador, embora ótimo adivinhador, o que acabou gerando muitas gargalhadas e gritos empolgados.

Ao entardecer, eles trocam presentes em si e a casa vira uma bagunça de embrulhos, fitas e crianças correndo para todos os lados felizes com os vários brinquedos que haviam ganhado.

A neve havia parado de cair – começando a iluminar a noite escura ao refletir a luz da lua – quando Luke e Michael resolvem subir para seu quarto, deixando os filhos assistindo algum desenho bobo com os avós e os priminhos.

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– Luke, nós combinamos de não trocar presentes esse ano.

O mais novo resmunga manhoso, sentado no meio da cama – com as pernas cruzadas e os cachos bagunçados – e observando o marido tirar um pequeno embrulho da mala.

– Eu sei, ok? Mas eu estava andando na rua, quando vi na vitrine de uma loja e lembrei de você. – Murmura, se sentando na beirada da cama e cruzando as pernas de frente para o maior.

– Tudo bem... – Suspira – Mas só porque eu quebrei o nosso acordo também. – Sorri atrevido, puxando um embrulho debaixo do travesseiro.

– Hey! – Ele ri e então pega a caixinha da mão de Michael e o entrega a sacola – Eu abro primeiro!

Luke desfaz cuidadosamente, o laço azul, puxando a fita e a jogando no chão mesmo. Ele abre a tampa da pequena caixa retangular preta e seus olhos brilham quando veem ali, cinco ingressos para o jogo do Manchester United contra Chelsea que seria dali a três dias.

– Eu sei que não é um presente exclusivo, mas sim para todos nós... Mas eu sei que você é um grande torcedor do ManU e pensei que gostaria de levar as crianças para um jogo. – Explica, brincando com os próprios dedos.

– Eu amei, babe. Vai ser incrível! Podemos sair para comprar blusas do time para eles? – Pergunta, fazendo o mais novo rir e assentir – Abre o seu agora.

– Ok.

Michael abre a sacola, com pequeno sorriso nos lábios e tira dela uma pequena caixinha de veludo. Seu sorriso aumentando, ao perceber que dentro há um anel com uma rosa é uma adaga atravessada.

– É lindo... – Sussurra, traçando a joia com a ponta do indicador.

– A adaga sempre cuida das rosas, assim como eu sempre vou cuidar de você. – Luke sussurra, colocando seu braço sobre o de Michael, fazendo suas tatuagens se sobreporem e se encaixarem.

Michael sorri e entrelaça suas mãos ao redor do pescoço de Luke, o puxando para um beijo. Suas línguas se enroscam com calma e desejo, então o mais novo empurra o marido e eles caem deitados um sobre o outro em cima nas cobertas macias.

Luke sorri entre o beijo, enrolando seus dedos nos fios macios e os puxando, trazendo o mais novo para mais perto e pressionando seus corpos. Michael se afasta e sorri, se aproximando do pescoço do mais velho e esfregando o nariz pela pele quente só para ter o prazer de sentir o perfume forte, que tanto ama, invadir seus sentidos.
Ele roça os dentes suavemente na região e em seguida pressiona seus lábios na pele, deslizando-os devagar e depositando beijos calmos. Sua língua deixando um rastro de saliva em todo o pescoço, antes de ele dar uma pequena mordida num ponto atrás da orelha de Luke e puxar a pele entre os dentes, fazendo o marido grunhir.

Luke puxa o mais novo para um beijo novamente, mas dessa vez é tudo voraz, sedento e bagunçado. Suas línguas se empurram uma contra a outra e seus lábios se tocam com paixão, enquanto suas mãos apertam e exploram seus corpos.

Michael puxa a camisa de Luke para fora e a arremessa no chão, logo em seguida, seus dedos estão traçando a clavícula  e seu corpo se inclina para poder beijar o peitoral tão bonito.
Luke suspira alto e morde os lábios, quando sente os lábios de Michael tocarem seus mamilos e a língua quente molhar sua pele. Ele fecha os olhos, apreciando a sensação da boca do mais em seu corpo e geme baixinho, quando o marido rebola contra sua pélvis.

Luke pode sentir a ereção de Michael se formando contra a sua e é tão bom quando elas se roçam, que sua mente se torna um borrão de "mais e mais".

– Assim, babe. – Murmura com a voz rouca. Suas mãos deslizam para cintura do mais novo e apertam o local, cravando suas unhas curtas ali e empurrando o corpo do maior para trás e para frente, fazendo seus quadris se chocarem mais uma vez.

– Como? – Pergunta com falsa inocência, se afastando do peitoral de Luke e sentando em seu colo – Assim? – Pergunta novamente e rebola em cima do membro do mais velho.

– Yeah... –  sussurra trêmulo.

Ele casou com o cara mais lindo e mais gostoso de toda a Inglaterra. Ele não tem dúvidas disso.

– Você gosta disso, amor?
Michael inclina seu corpo sobre o de Luke mais uma vez, beijando todo o corpo embaixo de si e deixando mordidas em todo o pescoço cheiroso. Ele sente as mãos pequenas apertarem sua bunda e o empurrarem para frente mais uma vez.
Eles se beijam, ainda friccionando suas ereções em uma bagunça de saliva e gemidos. Luke desliza sua mão para dentro da boxer de Michael, puxando o membro do mais novo para fora dela. Ele também possui seu próprio pênis na mão e masturba os dois ao mesmo.

– Isso é tão bom, Luke.

Michael geme arrastado, se empurrando contra a mão de Luke, que desliza por suas ereções de forma hábil.
– Eu quero tanto que você me foda, amor. – Michael pede, com a voz rouca e ofegante.

– Então deita de costas para mim.

Eles se afastam e terminam de tirar as boxers, as jogando de qualquer maneira pelo quarto. Michael faz o que o marido lhe pede e deita de bruços, aconchegando o rosto nos travesseiros e sentindo o mais velho sentar em suas pernas.

Luke roça suavemente as pontas de seus dedos pela cintura do mais novo e se inclina, deslizando seus lábios desde os ombros até a base das costas largas e musculosas de Michael. Ele sente o corpo do marido se arrepiar e tremer sob sua língua, quando ele beija a covinha entre as costas e a bunda do mais novo, deixando uma pequena marquinha no colo.

Em seguida, Luke afasta as pernas do mais novo e se inclina ainda mais, deixando beijos nas coxas grossas. Michael geme rouco e tudo na sua frente se torna um borrão, porque a língua do mais velho desliza contra sua entrada e a sensação é de que seus corpo irá explodir.

Luke sorri satisfeito com a reação do mais novo e continua a lamber a região, penetrando a língua e um dedo no interior de Michael. Esse por sua vez, geme novamente e empinando sua bunda, esfregando seu pênis contra a cama, na tentativa de ter algum alívio.

Hemmings introduz outro dedo, tesourando Michael rapidamente e no momento que atinge a próstata, o mais novo solta um gemido alto, tendo a certeza que pode gozar a qualquer momento.

– Porra! – Resmunga, se empurrando contra os dedos do mais velho – Me põe por cima, babe.

Luke retira seus dedos e se afasta de Michael, os virando na cama mais uma vez naquela noite.

Michael espalma suas mãos no peitoral do marido e o empurra, até que ele esteja deitado na cama com o mais novo sentado em seu colo.
É uma visão de tirar o fôlego.

Os olhos verdes estão banhados em luxúria e o olham com desejo e amor. Alguns fios caem no rosto delicado e os lábios grossos estão partidos, ecoando pequenos gemidos e uma respiração entrecortada.

Michael segura a base do pênis de Luke e posiciona a glande contra sua entrada, deslizando sobre ele devagar, até tê-lo por inteiro dentro de si.

– Você está me olhando como se eu fosse o sol. – Murmura com as bochechas coradas (pelo calor no quarto e pela timidez momentânea), apoiando suas mãos na barriga lisa do mais velho.

– Você é. – Murmura, gemendo baixinho, ao sentir o mais novo rebolar em seu pênis – Meu sol, minhas estrelas, meu universo inteiro.

Michael sorri e investe seu quadril para frente mais uma vez. Luke segura as coxas cartas de Michael com as duas mãos e acaricia toda a extensão, admirando como o marido é lindo, especialmente sentado em cima dele daquela forma.

Michael entrelaça suas mãos com as de Luke e estica seus braços no colchão. Ele inclina seu corpo e intensifica os movimentos, fazendo o membro sair e entrar em seu corpo repetidas vezes de forma lenta.

Os sons que preenchem o quarto se resumem em gemidos, respirações ofegantes e quadris se chocando. Luke se perde com a visão de Michael com os olhos fechados e os lábios vermelhos e inchados. Ambos completamente inebriados por uma névoa de prazer.

Michael cavalga tão lentamente em Luke, que o mais velho sente seus olhos revirarem de prazer, mal conseguindo mantê-los abertos.
Ele ama quando o mais novo rebola em seu colo dessa forma, prolongando o prazer e a intimidade. Eles sentem os dedos doerem, mas não separam as mãos, que se afundam no colchão macio.

– Tão gostoso. – Murmura, deixando mordidas no maxilar e pescoço de Michael – Eu estou quase lá, babe.
Michael então, aumenta a velocidade dos movimentos, rebolando e se afundando em Luke. Sentindo sua próstata sendo atingida diversas e diversas vezes, enviando arrepios e estamos por todo o seu corpo.

Então, o mais velho goza no interior do marido, deixando um exclamação de prazer ecoar pelo quarto. O mais novo, continua a se mover gemendo o nome de Luke repetidas vezes, como um mantra. Michael sente seu estômago fisgar e então ele goza na barriga de Luke, continuando a se mexer até não ter mais forças e se deitar sobre o corpo do menor.

– Eu te amo, Luke. – Sussurra, deixando um beijo sob o seu peito.

– Eu também te amo, minha pequena galáxia. – Responde, entrelaçando braços na cintura do mais novo e se aconchegando contra o corpo enorme.

Eles podiam estar a milhares de quilômetros de casa, mas sem dúvida alguma estavam em seus respectivos lares.

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agora realmente acabou, você não tem noção de como amei adaptar essa história, espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu gostei.

Para quem não sabe eu comecei uma fanfic originalmente minha, ela se chama Last Chance To Love, ela se passa no universo ABO, vão dar uma olhadinha juro que vocês vão gostar.

obrigada a todos que leram até aqui, amo vocês.

I saw galaxies in your eyes  | version MUKE|Onde histórias criam vida. Descubra agora