We had a sassy monkeys

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Alô alô

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resumo: Calum tem trauma de macacos e Michael é um traidor




Michael mal teve tempo de formular ou digitar uma resposta, antes de Luke ir embora. Alguém o gritava de longe, provavelmente desejando ajuda para organizar a fogueira que eles costumam fazer nas noites anteriores aos shows.

Clifford observa atônito enquanto o escritor lhe dá um último sorriso gentil e em seguida se levanta, correndo em direção a quem o havia chamado. Ele continua ali, embaixo da árvore, olhando para o lindo céu e processando as palavras de Luke, que ecoavam por toda sua mente; fazendo suas bochechas corarem e as asas em seu estômago acelerarem o ritmo.

Eu vejo galáxias em seus olhos. Há mais estrelas neles do que no céu acima de nós.

Michael acha que algo em seu interior acaba de despencar... Provavelmente seu coração. Ele definitivamente não estava preparado para ouvir aquilo de alguém, ainda mais quando esse alguém é Luke. Michael não quer se apaixonar, porque é sinônimo de se machucar. Ele já viu sua irmã sofrer de amor algumas vezes, Ashton e até mesmo os seus pais, que são casados há tanto tempo.

Michael já acha que a vida o machuca muito e que já tem muitas coisas com o que se preocupar. Ele não precisa de mais uma em sua lista extensa e variada. Definitivamente não. Até porque Luke só estava sendo gentil, provavelmente por pena.

Porque é isso que Michael está acostumado a receber das outras pessoas. Quando não é repulsa, é pena.

Ele permanece ali por mais alguns minutos, pensando sobre tudo e sobre nada, observando os circenses de longe montarem a fogueira e aos poucos se sentarem em volta dela, no chão mesmo ou em cadeiras de praia. Aqueles eram seus momentos preferidos. Todos conversam, contam histórias e riem após um longo dia de trabalho, por algumas horas eles deixam o cansaço de lado para aproveitarem a companhia um do outro e é simplesmente mágico.

Michael, por fim, se levanta e caminha até onde todos os artistas estão. Ele se senta no chão, aos pés de Calum, entre Lucy e Jake, logo sente uma mão começando a mexer em seus fios platinados  e a massagear seu coro cabeludo. O mais novo suspira contente e volta sua atenção para a conversa.

– Vocês se lembram do Jo? – Joshua, um dos palhaços, perguntou e todos os outros riram já sabendo do que se tratava.

– Quem era esse? – A voz de Luke soa do outro lado da fogueira, despertando o interesse de Michael e quase imediatamente, os olhos verdes encontram os azuis.

– Jo era um mico que a gente tinha no circo há uns sete, oito anos. O bichinho era atentado, vivia pregando pegadinhas com todo mundo e bagunçando o circo. – Lucy explica com um sorriso nos lábios.

– E a gente sempre ri quando lembramos dele, porque a melhor memória que eles nos deixou foi quando perseguiu Calum pelo circo inteiro. – Louise, a maquiadora e cabeleireira, completa.

– Eu morria de medo daquele macaco demoníaco e eu posso jurar que ele sabia disso. Foi aterrorizante! Ele literalmente correu e pulou atrás de mim por quase uma hora. – Hood diz, estremecendo com a lembrança não muito boa e até mesmo um pouco traumatizante.

– Não acredito que você tinha medo de um miquinho inocente, Calum! – Luke ri divertido com a história.

– Você que não o conheceu! Além disso na época eu tinha uns oito anos. – Tenta se defender.

– Continue com suas desculpas e a gente finge que acredita! – Tom grita acusador e ri alto, contagiando todos os amigos e fazendo Calum bufar.

– Não sei porque vocês insistem em sempre lembrar desse infeliz episódio. Eu odeio todos vocês. – Grunhe e olha para o amigo sentado aos seus pés – Menos o Michael, porque ele não faria isso comigo.

– Isso somente porque ele não pode falar, mas aposto que está rindo mentalmente de você, não é, Mike?

Michael olha para Tom, o garoto ri e dá uma piscadinha discreta, em seguida olha para Calum, que tem um beicinho formado nos lábios e o melhor olhar de cachorrinho estampado no rosto. Ele pensa no que fazer, antes de olhar para o malabarista novamente e concordar, acenando com a cabeça e repuxando os lábios bem de leve, indicando que havia um sorriso ali.

– Mike você é um traídor! – Calum grita indignado e todos riem, achando divertido o drama do moreno.

– Desculpa, mas ainda não te perdoei pela brincadeirinha chata na hora do jantar. E aquele dia realmente foi engraçado. – Gesticula as palavras para o amigo e dá de ombros, logo em seguida sentindo a mão que estava em seu cabelo se afastar. Calum é tão dramático.

– A gente não pode nem fazer uma implicância amigável e já sofremos pela vingança pouco tempo depois. Você deveria parar de guardar tanto rancor nesse coração, Clifford.

– E você de drama, Hood. – Gesticula mais uma vez e revira os olhos, antes de voltar a sua atenção para a roda de amigos.

Eles passam mais algumas horas ao redor da fogueira, até as chamas se apagarem e a fumaça se dissipar no ar. A noite preenchida por acordes de violão e várias vozes cantando juntas, piadas, conversas banais e até mesmo algumas histórias de terror que fizeram Michael se encolher e esconder o rosto nas pernas da irmã mais velha. Luke, que observava de longe, havia achado a cena adorável.

Eles limpam tudo e guardam as cadeiras, antes de se despedirem, desejando boa noite e bons sonhos uns aos outros, e lentamente cada um ir para seu devido trailer. Os cinco garotos caminham lado a lado em silêncio, chutando pedrinhas no caminho e deixando bocejos involuntários escaparem vez ou outra.

– Bem, rapazes, essa é a minha deixa. Boa noite para vocês. – Jake sorri, assim que entram no pequeno lar e se joga em sua cama sem ao menos trocar de roupa ou tomar um banho.

– Seu porco!

– Eu também tomei banho antes de jantar, idiota! Agora cala a boca que eu quero dormir. – Resmunga se enrolando nas cobertas.

– Eu vou tam... – Ashton boceja – Bém. Boa noite, gente. – Sorri, indo para o beliche de baixo e fechando a cortina.

– Acho que vou jogar um pouco de Fifa. – Calum dá de ombros e vê os olhos de Luke brilharem – Alguém quer jogar comigo?

– Eu quero! – Luke se apressa em dizer, com um sorriso no rosto.

– Vou tomar banho e dormir. – Michael suspira cansado, observando os dois garotos começarem a ligar o vídeo game.

– Boa noite, Mikey. Eu vou jogar só uma partida, prometo não te acordar quando eu for dormir. – Calum sorri carinhoso e se aproxima do mais novo, lhe dando um beijo na bochecha.

– Boa noite, Cal.

– Boa noite, Michael. Durma bem. – Luke diz se limitando a um sorriso e um aceno com a mão livre.

Michael assente para Luke e acena também, antes de dar as costas e caminhar para o fundo do trailer.

-

O dia seguinte fora corrido.
Os ingressos para o espetáculo estavam sendo vendidos como água em dia quente de verão... Bom, não um verão na Inglaterra, claro. As duas sessões daquela noite haviam sido esgotadas em questão de poucas horas, o que levara Simon conversar com os circenses sobre a possibilidade de abrir mais sessões no outro dia. Claro que todos ficaram animados.

Michael mal viu o seus amigos o dia inteiro, ocupado em treinar a nova garota e sua ajudante de palco, Sophia, além de ensaiar e deixar tudo preparado para mais tarde. A menina era três anos mais velha que ele e muito simpática, divertida e engraçada. Aprendera o ofício rapidamente, bem como aprendera a se comunicar com o mais novo com uma facilidade impressionante. Logo, já havia conquistado um espaço no enorme coração do cacheado e no coração dos outros circenses, que a acolheram muito bem.

O jantar praticamente voou, todos comeram a comida de Sarah o mais rápido que conseguiam e foram logo se arrumar para o primeiro show. Antes que Michael pudesse parar, respirar e pensar direito sobre o dia que tivera, ele já estava abaixando as luzes de todo o picadeiro, ouvindo a voz de Simon ecoar por toda a lona.

– Respeitável público...


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OLAAAAAA, tudo bem gente?

O que estão achando da história?

I saw galaxies in your eyes  | version MUKE|Onde histórias criam vida. Descubra agora