lie (jungkook + jimin)

26.

Jimin Narrando

Ok, depois disso é só respirar fundo, deixe seu corpo seguir seu companheiro, Jimin. Segure-se, não beije e não deixe-o se aproximar, e se rolar, não o magoe, deixe beijar. Agora você vai entrar nesse carro, vai ir ao cinema com ele, vai assistir o filme, comer pipoca, vai sair do cinema e ir para casa. Não parece tão difícil.

Saí dos meus pensamentos, quando já estava no carro, Taemin olhava a estrada atentamente, e sem nem perceber, eu sorri, observando cada movimento do outro.

- Por que está sorrindo? Eu sou tão bonito assim? – ele ri, me fazendo corar.

- Não... Quero dizer... Sim! Você é lindo... – sorrio, sentindo meu rosto cada vez mais quente, e abaixando a cabeça, envergonhado.

- Ah, que isso... – ele aperta minha bochecha de leve. – Você também é, Jimin. – sorri, ainda olhando para a estrada.

Taemin é bonito sim, tanto por dentro, quanto pro fora. Mas eu não posso simplesmente beijá-lo, transar com ele, namorar com ele, se Jungkook continua na minha cabeça. Enquanto que ele for um ótimo amigo, conselheiro e companheiro, eu estarei bem, mas antes de aceitar um possível pedido de namoro, eu devo pensar muito, porque a última coisa que eu quero é magoá-lo.

- Chegamos. – Taemin se pronunciou depois de um tempo, parando o carro no estacionamento e logo depois saindo do carro, dando a volta e abrindo a porta pra mim.

- Não precisa ser tão educado, nós somos só amigos, não somos? – isso Jimin, deixe ele ciente disso, antes dele achar outra coisa.

- Claro que somos, mas eu não quero já no primeiro encontro, ser mal educado.

Pera, isso é um encontro?

- Vamos? – ele sorri e estende a mão.

- Vamos, mas... – encaro a mão estendida.

-Tudo bem. – ele sorri. – Amigos, só amigos.

Então ele seguiu caminho, eu ia ao lado dele, sem falar palavra alguma. Era visível que ele estava feliz, mas algo o incomodava, talvez seja o fato dele não poder segurar minha mão, porque, alem disso, não havia nada de errado. Pelo menos era isso que eu pensava.

- Eu acho que chegamos cedo até demais. Nossa sessão começa às 20:00.

- Mas você já sabe qual filme vamos assistir?

- Invocação do Mal. – ele sorri.

Filho da puta.

Ele sabia que a sessão era mais tarde e escolheu um filme de terror só pra ferrar comigo. Vai Jimin, você consegue se aguentar, não pule no colo dele, não chore e muito menos grite. Mostre tranquilidade, você não é um cagão.

É sim mas finge que não.

- Ótimo! Eu adoro filmes de terror! – rio de nervoso.

- Bom, já que chegamos cedo, podemos nos sentar em uma mesa aqui perto, para nos conhecermos melhor, o que acha?

- Pode ser.

Nos dirigimos para uma mesa que tinha por perto.

- Então, me fale um pouco sobre sua vida. – ele apoiou a cabeça em seu braço, mostrando interesse.

- Minha vida? Ué, minha vida é normal como todas.

- É normal sim, mas como todos, você também passa por maus bocados, estou falando disso.

- Ah, primeiramente são meus pais, eles não ficam muito em casa, as vezes eu me sinto sozinho, porque só tem a empregada. Mas ela me trata como um filho, por isso eu considero ela um membro da família.