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A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar.
O Pequeno Príncipe
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Sara
Durante o voo, Théo passou grande parte calado e pensativo, todas às vezes que eu observava ele estava com seus olhos vidrados na janela observando às nuvens passarem, e sua expressão era apenas de preocupação, nada além.
Meu coração estava apertado, voltar para o Brasil era maravilhoso, contudo não de uma forma tensa como estava sendo, e eu tinha um pressentimento ruim de que passaríamos por problemas novamente, e quando o problema atendia por Leonardo Toledo sempre temia pelo pior.
Assim que desembarcamos em Guarulhos o motorista da família Toledo já nos aguardava e assim que desci as escadas do avião já o vi encostado no carro preto a nossa espera. Era incrível a mudança de atmosfera, e assim que pisei em solo brasileiro senti-me emocionada, iria ver meus pais novamente em cinco meses.
O clima era totalmente diferente, Londres sempre úmida e São Paulo seca demais, perceptível nos primeiros passos fora do avião.
- Fez uma boa viagem, senhor Theodoro? - questionou Roberto abrindo à porta para que entrássemos.
- Viagem tranquila, Beto, obrigado. - Théo respondeu breve com a expressão em seus olhos que me deram medo.
- Senhora Toledo! - o motorista indicou a mim para que entrasse e em seguida Théo entrou logo em seguida.
Depois que guardaram nossas malas no carro, Théo disse a Roberto para nos levar para nosso apartamento em Barueri e conforme São Paulo ia passando agitada pelo vidro o silêncio dentro do carro era agourento, Théo estava visivelmente preocupado com alguma coisa que estava me escondendo.
- Estou morrendo de fome, nós estamos. - falei sorrindo quando baixei meu olhar em direção à minha barriga tocando em meu ventre e sorrindo tentando amenizar aquele clima carregado, pois Théo estava sério demais e não parava de conferir às horas em seu relógio de pulso.
Ele se virou em minha direção, estendeu sua mão e tocou em minha barriga, questionando:
- E o que o nosso filhotinho está querendo comer?
- Acho que ouvi ele dizer que gostaria de conhecer a pizza do Italiano.
- Humm! Boa pedida, farei o pedido assim que chegarmos em casa. - respondeu-me e voltou a conferir às horas em seu pulso, e depois de meses juntos aquele relógio enorme em seu pulso ainda enchia minha imaginação de ideias.
- Tem encontro marcado com alguém ainda hoje? Por que não para de conferir às horas? - indaguei ficando preocupada com aquela inquietude dele.