As horas se passaram e eu já estava completamente bêbada, Niall estava tanto quanto eu, isso se percebia pelo fato de ele estar dançando como um besta no meio de todo mundo. Mas isso ele já fazia sóbrio.
- Está chato ficar aqui! - Niall diz se aproximando do meu banquinho no bar.
- Sim, estou entediada! - Digo o observando.
- Quer ir embora daqui? - Ele pergunta. - Ainda está cedo, as lojas estão abertas!
- Vamos! - Anuncio me levantando e colocando meu copo em cima do balcão.
Entramos no carro de Louis - com permissão, é claro. Já que ele estava tão bêbado quanto nós, nem reparou a nossa embriaguez - e Niall começou a dirigir pelo o que pareceu, o mesmo caminho da ida. Ignoro este fato e ligo o rádio no último volume, cantarolamos todas as músicas que ali passam, conhecendo ou não.
- Aonde estamos indo? - Perguntei rindo, para ser mais exata, tudo o que fazíamos era rir e cantar.
- Para um lugar especial, não tanto, mas tenho certeza que irá gostar! - Ele tenta me surpreender. Seus dedos batucavam no painel do carro, sua cabeça balançava no ritmo da música, ele parecia alegre, mas não estava. Existe uma palavra isso: embriaguez.
- Tudo bem, tudo bem! Estou ansiosa para conhecer esse lugar! - Olho-o mordendo o lábio, ele me compreende e balança a cabeça.
Chegamos na entrada de um estádio e eu vejo o palco onde eles acabaram de terminar o show. Ele faz baliza numa vaga estreita e me surpreendo por isso, mesmo bêbado, Niall é um ótimo motorista.
- Chegamos! - Ele exclama assim que chegamos a uma porta com o nome do Harry.
- Aqui? - Reclamo. - O que o traz ao lugar do show, e ainda por cima no camarim do Harry?
- Video game...?- Ele deduz pegando um controle e se jogando na cama.
- Por que tem uma cama aqui? - Questiono.
- Esquceu? Esse camarim é o do Harry! E você sabe muito bem os planos do Harry relacionado as fãs "gostosas", ele as traz pra cá! - Ele gesticula com as mãos para eu me sentar ao seu lado.
- Ele já...- gesticulo com mãos meio desajeitada - com alguém aqui?
- Não! Com certeza, não! - Ele ri da minha cara me jogando um controle, o agarro nas mãos e me sento ao seu lado. - Ela foi colocada aqui hoje!
- Tudo bem - digo analisando meu controle. - Podemos começar?
- Começar... o quê? - Ele diz se colocando quase em cima de mim.
- O jogo, Niall. O jogo! - Aponto para o video game, mas ele parece não me escutar quando põe seu corpo completamente sobre o meu, apoiando seu peso apenas em suas mãos, como se estivesse flexionando os braços.
- O jogo...- ele disse contra meu pescoço. - Curto a idéia de fazermos um, o que acha?
- Eu realmente não sei - o provoco - o que ainda está fazendo em cima de mim, seu gordo!
- Quer experimentar? - Ele pergunta precionando seu membro contra mim. Gemo com isso e vejo um sorriso aparecer em seu rosto. Mas eu não gemi por excitação, mas sim porque ele é muito pesado para o meu corpo. - Repete! Gosto quando faz assim pra mim! - Ele sela nossos lábios num beijo selvagem e cheio de desejo, ele continua a fazer os mesmos movimentos que fizera antes, só que mais lento e com mais força, o que me fazia soltar aqueles gemidos indesejáveis entre o beijo.
- Niall, seu gordo - reclamo. - Já pensou em frequentar academia?
- Não, porque minha mente está ocupada de mais pensando em você para se preocupar com isso.
- Ainda sim, devia levar em conta - persisto.
- Por favor, não confunda minha mente! - Ele diz e joga sua camisa para o chão. - Eu te amo e eu te quero para mim, só para mim.
Aprofundamos o beijo e quando percebo estou só com a roupa de baixo, suas mãos deslizam pela minha cintura e as minhas pelas suas costas, vez ou outra cravando minhas unhas ali. Seus dedos compridos acham o feixo do meu sutiã e trata de tira-los. Ele para e me olha, me fitando com os olhos.
- São perfeitos, melhor do que eu havia imaginado - ele declara rodopiando o dedo por um deles. - São melhores do que qualquer coisa que eu possa ter imaginado - ele aproxima seus rosto, fazendo o que quer com eles. Trago seus lábios novamente aos meus, provocando pedregulhos que se fingem de arrepios.
Minha cabeça está toda embaraçada, meus pensamentos já não vão mais à Daniel, mas à Niall, que está aqui, ao meu lado, como sempre deve ser. Também se passa pela minha cabeça que isto pode vir a ser errado, apesar de já estar errado.
Se há alguns meses atrás me dissessem que eu estaria num camarim fazendo sexo com Niall Horan, eu gargalharia da cara dessa pessoa, a mandaria ir à merda e a mandava calar a boca. Mas hoje tudo mudou.
Ele me vira na cama me fazendo ficar em cima dele, põe as mãos em minha cintura e me ergue um pouco, em seguida me puxou para baixo, me preenchendo. Se eu estivesse em condições, Niall levaria um murro na cara, porque isto dói pra cacete. Muito, demais. Acho que amanhã estarei paraplégica e numa cadeira de rodas, sem poder andar. Niall parecia estar se esforçando e com: seus olhos forçados para baixo, sua testa pingando suor, seu abdômen que subia e descia aceleradamente lutando por um pouco de ar. Tudo isso me deixava excitada, se assim posso dizer, facilitando o trabalho de Niall.
Ele era bom. Bom de corpo e bom no que fazia. E isso me fez duvidar sobre o que ele disse no dia do algodão doce, talvez ele estivesse mentindo. Eu não estava mentido. E se estivesse, o lençol não estaria cheio de sangue, eu não estaria dolorida até as tripas e Niall não estaria se esforcando tanto. Mas apesar de já cansado, ele não parava. Talvez estivesse esperando seu limite outra vez, porque o primeiro já chegou, talvez o meu, ou estaria me ajustando a seu tamanho.
Apesar de estar doendo ao extremo, seu toque me fazia sentir excitada. Sua pele quente embatendo contra a minha, uma sincronização melhor do que quando nos beijamos. Ele me tocava de um jeito especial, único, que ficará para sempre na minha memória. O seu jeito marcante e único, eu amava isso. O lugar onde ele tocava, deixava grandes pedregulhos, que fingiam ser arrepios.
E num camarim com as paredes no tom de coral, uma cama no meio, video games e teto baixo, lá estava eu. Suando a camisa com um rapaz que eu penso que amo. Lá fora deve fazer mais ou menos uns vinte graus, aumentando o calor já excessivo aqui dentro. Esta noite fora uma das mais maravilhosas de minha vida.
O que veio a seguir é quase inexplicável. O meu corpo tremeu e se paralisou, sem forças para continuar, e Niall também tremeu. Saiu de mim e deitou sua cabeça em meu peito. Meu coração, eu poderia dizer que ele estava numa escola de samba, no calor de fevereiro, sambando até o amanhecer.
- Jennifer? - Ele chama.
- Sim? - Exclamo passando a mão por seus cabelos.
- Eu te amo.
Aquela noite, preencheu o vazio que existia em mim, me encheu de alegria e prazer, me encheu de uma coisa que eu nunca sonhara em experimentar desta maneira, e essa coisa tinha nome: Niall Horan.
E eu queria que ele estivesse aqui, me abrançando e dizendo que vai ficar tudo bem. Mas infelizmente, isto é apenas uma ilusão. Só mais uma.
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Summertime Sadness → N.H
Teen FictionA velhice e as palavras incertas me assombram tanto quanto a dor e o amor me assobraram quando era jovem. A morte para mim será agora mais do que uma virtude, mais do que um privilégio. E então, eu poderei reencontrra-lo. Assim que eu terminar de c...