Fechei a porta e fui direto para o banheiro. Tirei minha roupa e liguei o chuveiro no máximo, deixando a água fervente ir caindo e queimando as minhas costas; queimava sim, mas não doia o tanto quanto ser traída pela pessoa amada, a pessoa que você confia. A pessoa que pra você, quando estão juntas, é como maionese e geléia, combinação perfeita. Mas como sempre me diziam na escola: "Não adianta chorar pelo leite derramado".
Sou tão hipócrita! Acabei de traí-lo também! , pensei.
Sai do banho, e vesti um pijama de moletom rosa bebê e minhas pantufas de macaco que ganhei do meu irmão no dia do aniversário de Bia. Sempre que é aniversário de alguém e eu e ele vamos, diz ele que compra um presente pra mim, assim eu não passo vontade; ele pensa que eu tenho 7 anos.
Deitei na cama de bruços, pensando em tudo que tinha acontecido. Eu não estava afim de responder a mensagem, o melhor pra mim agora, é descansar, hoje foi um longo dia. Mas se eu parar para pensar, a errada nesta história sou eu. Pensem comigo: eu beijei Niall! Pouco minutos depois chega uma mensagem me dizendo que eu fui traída.
E eu tenho quatro opções: a) Acreditar naquele ditado "mulher não trai, se vinga" - apesar de ele ser muito feminista - e acreditar que foi destino, que era mesmo para mim beijar Niall e dar o troco em Daniel; e b) Fingir que isto não aconteceu - o beijo - e conversar "civilizadamente" com Daniel; c) Admitir ao Daniel que eu beijei Niall e que não quero mais ficar com ele - ok, esta é a pior das alternarivas - e por fim, d) excluir todas as outras alternativas e ir dormir.
E bem, a que mais me apeteceu foi a última. A "d", mas é claro! Estoi cansada disto tudo; se eu tivesse andado mais rápido e desviado da neve, isto não estaria me acontecendo, eu tenho certeza. The fault in our snow. Sim, esse será meu futuro livro; em que eu escreverei mais em breve, depois talvez de uma boa noite de sono.
Acordei com o som do meu celular tocando. Olhei no ecrã e era 8h30 da manhã. Minha curiosidade era infinita em relação a quem estava me ligando.
- Jenni... - logo reconheci a voz de Perrie, e pelo o que ouvi, ela estava chorando recentemente.
- Perrie, o que foi que aconteceu?Por que você está chorando? - Pergunto aflita.
- Jenni, me encontra no shopping daqui 1h que eu te conto tudo,okay?
- Okay, então, quando estiver saindo te mando um toque. - Digo me levantando e abrindo a mala de roupas.
- Tudo bem, então, até mais, Jenni - ela diz como num sussurro.
- Até daqui a pouco, Perrie. - Digo e ela desliga a ligação.
Escutei meu despertador tocar; como a voz de Chris Martin cantando Magic nesse momento me deprimiu, resolvi desligar e entrar no banho.
Sai do banho, e vesti uma legging preta, uma blusa de moletom preto e vermelho, e coloquei os meus tênis laranjas engraçados. Desci as escadas e vi que Niall não tinha acordado ainda. Ótimo, assim não precisaria ficar dando satisfação pra ninguém, mas resolvi deixar um bilhete, melhor prevenir do que remediar.
Mandei um toque para Perrie, para avisar-la que eu havia saído. Peguei o metrô, cheguei na entrada do Shopping e as encontrei, Perrie e Eleanor.
- Oi meninas - disse abraçando-as.
- Então, vamos entrar? - a Perrie disse e nós todas entramos. - Vamos entrar naquela loja ali, meninas?
Entramos na loja, era apenas de roupas femininas. Havia diversas araras com diversas roupas, de camisolas a roupas mais socias. Eleanor mexia animadamente numa arara que onde havia vestidos para festas, e eles eram extremamente curtos; o brilho de um deles chamava atenção na loja espaçosa de paredes brancas e alguns HDMI's nos cantos, para iluminação; fora as lâmpadas compridas. Ele era preto com paetes, e pela cara de Eleanor, ficou apaixonada por ele.
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Summertime Sadness → N.H
Teen FictionA velhice e as palavras incertas me assombram tanto quanto a dor e o amor me assobraram quando era jovem. A morte para mim será agora mais do que uma virtude, mais do que um privilégio. E então, eu poderei reencontrra-lo. Assim que eu terminar de c...