Capítulo 21 - Por você

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Capítulo 21 - Guilherme

Guilherme: Oi Quel - vou até ela é dou um abraço e um beijo
Raquel: Gui, você tá bem? Parece meio triste
Guilherme: Não é nada, só cansaço. - suspiro - Você quer ir de bike ou vamos á pé?
Raquel: Eu prefiro à pé. Deixa só eu pegar minha bolsa lá dentro que nós saímos, ok? - ela me puxa e me leva pra sua casa. Enquanto ela pega a tal bolsa, uma foto me chama a atenção. Ela estava em um porta retrato, tem Lorena bem pequenininha no colo de uma mulher, muito bonita e jovem por sinal, deve ser a mãe delas, e do lado a Raquel, um pouco mais nova, então a beleza é de sempre né? Quando percebo Raquel está atrás de mim com uma carinha de choro, vou até ela é lhe dou um abraço.
Guilherme: Desculpa, é a sua mãe?
Raquel: é ela sim. Meu aniversário de doze anos, uma semana depois ela morreu. Eu era feliz e não sabia. - poxa Raquel, não faz essa carinha de triste que eu demorono.
Guilherme: você sabe que eu tô aqui, pra tudo que você precisar né? tudo mesmo!
Raquel: obrigada, você também pode contar comigo. - ela enxuga as lágrimas - vamos?
Guilherme: vamos!
Desço com ela na padaria e fomos pra uma praça que se localizava na frente da padaria. Era a típica praça familiar que pais levam seus filhos para brincar. Raquel sorria que nem boba olhando pras crianças brincando. Chego mais perto dela e seguro suas mãos. Ela olha pra mim, eu olho de volta, seguro em sua cintura, e ela pega em minha nuca. Assim nossas bocas se encontraram, e nossas línguas dançaram em sintonia. Foi perfeito. Um beijo lento, calmo, eu até esqueci que existia um mundo fora nós dois. Assim que finalmente nos soltamos, nós rimos, dois bobos sem graça.
Guilherme: Desculpa...
Raquel: não precisa se desculpar - nesse momento ela me surpreende e me dá um beijo, paramos pela falta de ar.
Guilherme: uou - digo - por essa não esperava... - ela abaixa a cabeça, e eu à conheço bem, sei que é por vergonha.
Guilherme: Ei - levanto sua cabeça - preciso te falar uma coisa que tenho vontade de dizer desde que nos conhecemos. Você é especial. É o tipo de pessoa que ninguém quer sair de perto, é a pessoa que traz paz pra gente. E desde que te conheci, aquele dia na padaria, tive vontade de poder ficar com você todos os dias da minha vida, te proteger, te amar... - um sorriso surge em seu rosto
Raquel: Gui, eu também sinto isso... Você me faz sentir especial, com você é como se as horas passassem voando, cada minuto que eu tô com você eu tenho vontade de entrar em um loop eterno e nunca mais parar... Só você chegar que meu coração dispara e eu fico sem jeito...
Depois disso, meu coração se derreteu... Sempre quis ela, mas não sabia que esse sentimento era recíproco, pra falar a verdade eu já até cheguei a pensar que ela gostasse do Lucca.
Pego em sua mão, entrelaço na minha e fomos pra sorveteria. Eu peço de limão e ela pede um de baunilha. Ela me conta mais sobre a família dela, que eles moravam na Alemanha, mas algumas vezes já tiveram que vir para o Brasil por negócios do pai, mas que quando a mãe dela morreu ele resolveu fugir de todas as lembranças que tinha dela e resolveu recomeçar a vida no Brasil. A única lembrança que o pai era obrigado a manter era ela e Lorena. Ela também me falou que seus avós e tios ainda moram na Alemanha e que sente muita falta deles. Eu também falo um pouco da minha família, que eu tinha esse sotaque pois morei muitos anos da minha vida em Portugal, mas que meu pai decidiu abrir mais uma empresa, desta vez no Brasil, por isso a gente veio para cá.
Raquel: Sobre mais cedo... - ela diz - eu não acreditei na história de estar tudo bem viu? Não quero te forçar à falar, nem nada, mas você pode contar comigo, Guilherme, sempre.
Guilherme: Problemas com meu pai que dessa vez, passou de todos os limites. - suspiro e começo a contar toda a história. Ela pareceu ficar assustada
Raquel: Nossa, desculpa, eu não sabia que era tão pesado assim... Mas você tá bem? Se machucou muito? - eu Rio - que foi?
Guilherme: É que eu já disse que tá tudo bem
Raquel: Mas eu fiquei preocupada mesmo, mas você tem certeza?
Guilherme: Tenho sim, senhorita. Posso te fazer uma pergunta?
Raquel: Quantas quiser, se eu vou responder já é outra coisa
Guilherme: Bom, é... A gente tá junto?
Raquel: Sim, ou não, não sei... o que você acha?
Guilherme: Eu quero estar com você até o fim - ela sorri
Raquel: então acho que sim, afinal também quero ficar com você até o 'fim'.
Terminamos de tomar sorvete e pego em sua mão pra leva - lá pra casa.
Raquel: Que vergonha - diz e subitamente abaixa a cabeça - tá todo mundo olhando pra gente
Guilherme: É normal, pessoas precisam de coisas pra fofocar.
Raquel: Mas da vergonha vai
Guilherme: Por você eu enfrento tudo que for preciso
Raquel: Não conhecia esse seu jeito romântico
Guilherme: e eu não conhecia esse seu jeito irônico
Raquel: Ele é pra poucos. Sinta se privilegiado.
Guilherme: Pelo jeito a madame é cheia dos segredos
Raquel: Nem tantos assim
Guilherme: e a Lorena?
Raquel: o que tem ela?
Guilherme: acho justo ela ser a primeira a saber
Raquel: É verdade...
Decidimos que assim que chegarmos iríamos falar com ela. Claro, se décimos sorte de encontra - lá em casa.

Cartas de Amor - GuiQuel Onde histórias criam vida. Descubra agora