Cartas de Amor - GuiQuel

Capítulo 13 - cartas

Capítulo 13 - Raquel

Fui na biblioteca, peguei um livro. Voltei pro quarto, mas a sede bateu e fui beber água. Estava super concentrada na minha história, nesse exato momento, Beatriz e Arthur se conheceram, mas um imbecil chamado Guilherme me interrompeu pra falar merda. Que legal. A última pessoa que eu queria ver, resolveu atrapalhar meu momento sagrado? Destino, por que fazes isso comigo?
Guilherme: Tá tudo bem? Mirella disse que você tava com dor de cabeça
Raquel: Mas eu tô - viro as costas e vou andando de volta para o quarto
Guilherme: Mas o que houve? - por um segundo eu paro, respiro fundo e continuo andando.
Passei um tempo sozinha pensando na vida, ou melhor, no Guilherme. Decidi esquecer ele. Pego meu celular e assisto um episódio de minha série favorita. Assim que acaba, percebi que já estava na hora do almoço, peguei meu fone, meu celular e segui em direção do refeitório. Eu iria sentar com meus amigos se não fosse por Guilherme estar lá, então opto em sentar sozinha. Ao mesmo tempo que comia, eu ouvia música, e pra falar a verdade que estava pouco me lixando para o que estava a acontecer mundo a fora.
Durante a aula, fiquei na minha, quer dizer, eu conversei com Lucca, mas nada no exagero, e quando fui pegar meu lápis, adivinha? Tinha outra carta, achei essa mais fofa que a outra, era bem delicada. Queria falar com Lucca sobre elas, então assim que a aula acabou, corri pro quarto, troquei de roupa e fui logo falar com ele. Por minha sorte, só estava ele no quarto.
Raquel: LUCCAAA! preciso da sua ajuda
Lucca: Que foi doidinha?
Raquel: Olha! - mostro as cartas
Lucca: O que é isso?
Raquel: Cartas seu bobo!
Nesse momento Guilerme entra, e com certeza se espantou com minha presença, pois fez uma expressão em seu rosto que eu diria que foi icônica!
Guilherme: Desculpa, é, não queria atrapalhar
Lucca: Tá atrapalhando não, fica aí - Pelo amor de Deus Lucca porque você deixou ele ficar???
Raquel: Me escreveram isso, são lindas
Lucca: O que eu tenho haver com isso?
Raquel: Mas você sabe quem que escreveu?
Lucca: Não! Você não tem nem ideia??
Raquel: Não, mas eu queria muito saber, me ajuda?
Lucca: tabom, eu ajudo!
Me despeço e vou pro meu quarto. No quarto, encontro Felipa vendo tutoriais de maquiagem. Ela é sempre meio esquisita eu diria. Sempre só quer saber de seu cabelo e maquiagem, nunca tá nem aí pra ninguém mas dessas vez ela me surpreendeu, e logo vai ficar mais fácil de entender o porque.
Pego meu celular, e vejo pra "minha grande felicidade" que Guilherme me mandou mensagem. Eu hesito, mas a curiosidade bate mais forte e abro o chat.

Whatsapp

G: Quel, pq vc tá brava cmg?? Pfv me responde
R: Não se faça de tonto.
G: É serio
R: Você é muito idiota mesmo. Você tem amnésia por acaso? É o seguinte: a Brenda zombou da Mirella e você riu, como se isso fosse engraçado. Sabia que esse tipo de coisa pode magoar muito alguém?
G: Raquel
G: Eu pq aql n teve sentido
G: a gnt n escolhe oq achamos graça né
R: Mas você sabe que isso pode machucar muito as pessoas né?
G: Ela tá mal? Então eu vou lá falar com ela!!!
R: Não ela não tá mal. Mas poderia estar.
G: ent n tem pq fk brava.

- Whatsapp Off

Porque ele é tão babaca? Porque ele nunca tá nem aí com nada? Ainda se faz de mal entendido. De repente uma grande mágoa cresce dentro de mim e meu olhos se enchem de lágrimas. Afundo minha cabeça em meu travesseiro e deixo com que elas caiam, sem nem ao menos segurar. E quando menos espero e por quem menos espero, ganho um abraço. Era Filipa.
Filipa: Ei, porque você tá assim? - eu não conseguia responder - Vai dar tudo certo viu?
Ela me acalmou, e eu ganhei mais uma amiga, a irmã do cara que eu gosto/gostava.
Continuei à ignorar Guilherme pela semana toda, e hoje sexta feira, não começou diferente. Acordo mais cedo, e conseqüentemente acordo a Mi e a Felipa também, pra podermos tomar café antes e eu não ter que ter o desgosto de olhar pra cara do Guilherme. Eu começo a achar que estou exagerando, mas eu não posso simplesmente chegar nele e falar: nossa tava exagerando né, amigos demovo uhu. Pelo horário o refeitório está vazio, e eu estou de bom humor, e conseqüentemente isso afeta minha alimentação (bizarro). Tento ter um café o mais balanceado e saudável possível. Separo manga, e em um pote separado pego geral e leite. Pra beber, escolhi um suco de laranja que, pra falar a verdade, estava maravilhoso.
Mirella: O que deu em você?
Raquel: Ue porque?
Mirella: Tá esquisita, comendo tudo saudável
Felipa: Tá com um sorrisão no rosto além de não estar ouvindo música.
Raquel: Acho que estou de bom humor.
Depois disso, fomos pra sala de aula, tivemos aulas de Redação, Desenho, Geografia, História além de Álgebra e Biologia, e eu prestei atenção em todas elas. O almoço em passei com Mirella, Felipa, Gabi e Vini, e eu vi Lucca, Eric e Guilherme olhando pra nós. Até achei estranho ele não vir tentar falar comigo. Na verdade fazem uns dois dias q ele não tenta falar comigo, e pelo jeito os outros meninos quiseram lhe fazer companhia.
Já pronta para as as aulas do período da tarde, entrei na sala e fui para a minha cadeira, e adivinhem: Mais uma carta. Todos os dias eu vinha as recebendo, alguns dias eu recebia até mais de uma. No total eram sete. Lindas. E essa não era diferente.

"Meu amor tem duas vida para amar-te

Por isso te amo quando não te amo

e te amo quando te amo"

- Shakespeare sobre meu amor por ti

As cartas viraram meus bens mais preciosos. Era muito legal saber que tinha alguém se importava e amava tanto a minha pessoa. Ou se isso fosse uma brincadeira besta, era legal saber que tinha alguém perdia seu tempo fazendo isso pra mim. Me fazia sentir importante.
Depois da aula, no quarto, fiz minhas tarefas e fui ler um livro. Mas pro meu azar, Mi e Felipa - que estavam se dando muito bem - resolveram ouvir música no último volume, o que fez com que eu tivesse que procurar ligar melhor pra ler, e o melhor lugar que encontrei ( e o mais propício também ) foi a biblioteca. Vazia, com excessão da minha pessoa e da bibliotecária, que com o tempo havia virado minha amiga, tudo por conta da minha visita frequente àquele ambiente. Uma senhora de faixa etária entorno dos 40, cabelos presto ondulados que caiam ao seus ombros, ela era um pouco mais baixa que eu, e sempre que me via falava junto à um aceno simpático: "Bom dia Quel!" E foi assim que fora recebida na hora que entrei no local. Sentei em uma poltrona entre duas estantes, e ali fiquei lendo concentrada por um bom tempo. Guilherme entra pra devolver um livro, me vê, e ao ir embora, para por um segundo e se vira em minha direção.
Guilherme: Raquel eu precuso falar com você, é sério
Raquel: tabom
Guilherme: tipo sério mes... pera você vai vir mesmo?
Raquel: vou, não ouviu?
Ele pede para lhe acompanhar, e é isso que eu faço. Ele segue no corredor e me leva á área externa, mas ao contrário do que eu pensava, ele não para na frente do a
lago, na verdade ele da a volta nele, algo que eu nunca nem havia sonhado em fazer. Havia um vasto gramado verde e várias árvores frutíferas, era uma espécie de pomar, confesso que fiquei encantada.