Capítulo 22 - Juro Juradinho

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Capítulo 22 - Raquel

Eu estava muito feliz, de estar ali com ele. Sinto nosso corpos se colaram e suas mãos que antes se encontravam nas minhas, subirem pra minha cintura. Com minha mão em sua nuca sinto meus lábios se encontrarem com seus, como se fossem as últimas peças de um quebra cabeça, que se encaixam perfeitamente. Nossas línguas se uniam e dançavam juntas, não foi um beijo comum, foi um beijo cheio de sentimentos, nunca havia sentido isso na minha vida. Nem com o Lucca nem com ninguém. Foi perfeito. Nos separamos e rimos feitos trouxas sem graça
Guilherme: Desculpa...
Raquel: não precisa se desculpar - alguma coisa bem louca dentro de mim fez com que eu desse um beijão bele que retribui, é nos separamos por falta de ar.
Guilherme: uou, por essa não esperava... - pra falar a verdade nem eu esperava isso de mim.
Guilherme: Ei - ele pega em meu queixo erguendo meu rosto - preciso te falar uma coisa que tenho vontade de dizer desde que nos conhecemos. Você é especial. É o tipo de pessoa que ninguém quer sair de perto, é a pessoa que traz paz pra gente. E desde que te conheci, aquele dia na padaria, tive vontade de poder ficar com você todos os dias da minha vida, te proteger, te amar... - aí Guilherme, assim eu vou morrer de tanto amor
Raquel: Gui, eu também sinto isso... Você me faz sentir especial, com você é como se as horas passassem voando, cada minuto que eu tô com você eu tenho vontade de entrar em um loop eterno e nunca mais parar... Só você chegar que meu coração dispara e eu fico sem jeito...
Entrelaçamos nossas mãos e fomos tomar sorvete. Conversamos um pouco mais sobre minha família e sobre a dele. Ele é português, por isso esse sotaque. Tambem falo que não acreidtei na história dele estar bem, e ele explica o porque. O pai dele humilhou Felipa e ele foi defende-la mas acabou sendo agredido por ele. Pergunto se ele está bem e ele diz que sim.
Guilherme: A gente tá junto?
Raquel: Sim, ou não, não sei... o que você acha?
Guilherme: Eu quero estar com você até o fim - aí Guilherme não fala isso que eu fico sorrindo que nem boba
Raquel: então acho que sim, afinal também quero ficar com você até o 'fim'. Depois de tomar o sorvete ele diz que vai me levar pra casa. Fomos de mãos dadas, e eu digo que estou com vergonha por estar todo mundo olhando pra nós, ele me acalma e diz que as pessoas precisam de algo pra fofocar, eu insisto e ele diz que por mim passa toda vergonha do mundo. Digo no meu tom mais sarcástico que não sabia que ele era romântico e ele diz que não conhecia o meu lado irônico. Digo que é para poucos, e ele diz que eu sou cheia de segredos.
Guilherme: e a Lorena?
Raquel: o que tem ela?
Guilherme: acho justo ela ser a primeira a saber
Raquel: É verdade...
Decidimos que assim que chegarmos iríamos falar com ela. E demos sorte. Lá estava ela. Sorriu, e acenou quando nos viu. Soltamos nossas mãos e fomos até ela. Meu pai estava na padaria, então decidimos que era melhor conversarmos em casa. Não queria que ele ficasse sabendo, pelo menos não agora.
Lorena: o que foi? precisava ser agora? e porque não na padaria? vocês tão namorando eu sei, esconderando isso esse tempo todo de mim, eu vou matar vocês - ela falou tudo isso muito depressa, e nossa única reação foi rir, o que a deixou mais irritada - agora só porque eu tenho oito eu sou palhaça?
Guilherme: Lolo, calma - ele abaixa pra ficar da sua altura - deixa eu te falar: eu e sua irmã nos gostamos, mas não assumimos isso. Acho que mentiamos para nos mesmos, mas aconteceu, e agora nos estamos juntos.
Um sorriso largo e sincero surge em seu rosto.
Raquel: Mas calma, não fala pro papai, por enquanto, só você sabe, e vai ser assim até quando precisar.
Lorena: Tá bom! Eu juro juradinho que não vou falar pra ninguém - nesse instante fomos surpreendidos por um abraço.

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