Capítulo 34 - Trauma de Infância

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Capítulo 34 - Raquel

   Foi uma loucura, mas com certeza uma loucura muito boa e prazerosa. É estranho pensar que se Mirella não tivesse entrado naquele momento provavelmente eu e Gui teríamos feito algo "proibido". Se beijos descobertos nos renderiam no mínimo advertências, quem dirá o que estavamos prestes à fazer? Além disso temos só quinze anos, será que não está cedo demais?

   - Bom, já tô indo, podem continuar a pegação de vocês. - Mirella disse e logo depois se retirou do local.

   Aguardo a confirmação da saída da minha amiga e me volto para Gui.

   - Gui, talvez seja cedo demais. Avançamos o sinal. Acho que não tô pronta para isso.

   - Tudo bem. Eu respeito seu tempo, fomos rápidos demais mesmo. Somos muitos jovens e sei que teremos uma vida inteira, juntos. - Ele me puxa carinhosamente para um abraço confortante. - Mas, que tal assistirmos um filme? Não temos aula essa tarde, e não marquei nada com os meninos

   - Ótima idéia. Que tal Ouija? - pergunto.

   - Que isso, Quel? Eu tenho medo, pelo amor de Deus. - nunca que eu fosse imaginar que ele tinha medo de filme de terror, com isso ri despertando sua atenção. - Ei, não ri. É um trauma de infância. Voltando, pensei em algo mais fantasioso, tipo O Orfanato da Srta Peregrine para Crianças Peculiares.

   - Eu amo esse filme! É maravilhoso e quem teve a ideia desse roteiro é um gênio. Parece tão real. - Suspiro desejando que aquele lugar mágico não existisse apenas em nossas imaginações.

  - Eu tenho todos os livros. Agora com a informação que a senhorita gosta do filme, não há escapatória! Você vai ter que ler os livros, eu te empresto! - Disse Gui, todo animado com a novidade. - Só espero que não se apaixone por Jacob. Não sei se aguento o peso de ser abandonado por um ser que não existe.

   - Já sou apaixonada nele, e para sua informação desde antes de nos conhecermos. É uma pena não poder viver esse amor como ele merece ser vivido, eu e Jacob teríamos um futuro brilhante!

   - Vou pegar os livros então, e deixar você é seu amor viverem esse romance! - brincou se levantando.

❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁

Guilherme

   No mesmo instante que me levantei, Raquel me segurou e puxou pelo pulso, pedindo me à não ir. Eu então, me soltei de sua mão e comecei um ataque de cosquinhas. Na barriga, no pescoço, e embaixo dos braços. A garota até se contorcia pelo efeito das cócegas.

   - Guilherme, para! - ela dizia em meio à suas gargalhadas. - Sério, como que a gente vai assistir o filme se você fica me fazendo cócegas?

   - Não vou parar, e nunca! - comentei. - Não quero assistir o filme concordando em você continuar à nutrir seus sentimentos pelo personagem fictício. - brinquei

   - Eu me rendo! - Raquel ergueu sua mãos, cansada após a relutância sobre minhas cócegas.

   No mesmo instante parei as cosquinhas, e me joguei ao seu lado na cama. Puxei ela para meu lado e abraçei a fortemente. Logo em seguida, à dei um beijo e me levantei. A garota sentou enquanto me via ligar a televisão e colocar o filme pra assistirmos.

   - Ei. Que tal você ir almoçar em casa no sábado? - sugeriu a menina. - A Lorena ia adorar a sua companhia... A moça que trabalha em casa, Maria, também gostou muito de você. Ela cuida de mim desde que eu sou bebê.

   - Eu adoro a ideia meu amor. Quero muito passar um tempo com você fora dessa prisão chamada de escola. - Virei pra ela ao lembrar de um detalhe. - Mas e seu pai? Ele não estará lá?

   - Na verdade eu não sei. Ele comentou comigo que essa semana viajaria pra Alemanha, pra resolver umas coisas de uma sede de empresa que ele tem por lá. Aproveitei e pedi pra ele pegar algumas coisas minhas que ainda estavam por lá. - Houve uma pausa até sua continuação. - Porém não sei nem que dia ele iria, nem que dia ele voltaria. Além do mais, Gui, acho que o melhor seriamos falar com ele logo. Quanto mais rapido tirarmos esse peso, melhor.

   - Você tá certa. Também preciso de apresentar pros meus pais, mas isso fica para outro dia. Almoço marcado no sábado então?

   - Almoço marcado!

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Oi gente!! Tudo bem com vocês? A madame aqui tomou mais um chá de sumiço como vocês puderam perceber. Dessa vez foram 2 meses e meio sem postar. A criatividade realmente tava em falta. Mas é aquele ditado, né? Quem é vivo, sempre aparece. Então aqui estou com mais um capítulo dessa história do casal mais fofo da novela. Sei que não sou muito boa no desenrolar da história, mas eu espero que vocês gostem. De qualquer maneira, fiz meu melhor! Beijinhos!

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