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Ponto de vista da Day:

A temperatura estava alta ao ponto de eu não conseguir deixar o meu cabelo solto enquanto estava sentada embaixo da árvore no pátio do colégio, ao mesmo tempo em que os alunos chegavam e iam formando seus grupinhos... Eu olhava para todos e percebia que o melhor era ficar alí com meu violão e meu caderno, colocando no papel aquilo que me vinha em mente para se tornar música... Eu estava impaciente, pois o barulho me tirava a concentração e a aula não começava logo, e ao desistir do que estava fazendo, olhei para o portão e vi uma pessoa muito pequena entrar por ele.

- Ah pronto, agora o ensino fundamental vai ficar com o médio? Era só o que faltava neste lugar...

Ao terminar minha fala, a pessoa olhou pra mim e parou por alguns segundos, se aproximando aos poucos.

- Com licença! - Disse a moça que não era do ensino fundamental, apesar do tamanho. - Posso me sentar com você? - Disse já se sentando e pegando o violão que estava ao meu lado.

- Fique a vontade, mas posso saber seu nome?

- Caroline, mas pode me chamar de Carol. E o seu?

- Prazer, Carol! Me chame de Day... Pelo visto você sabe muito bem o que está fazendo! - falei admirada enquanto a ruivinha ousada fazia um solo no meu violão - Eu não conheço essa música.

- Acho que sei sim, porque já fiz aulas de violão e pretendo finalizar o ensino médio e fazer faculdade de música... Ah, essa música não existe, eu só estou brincando! - Disse me olhando com um sorriso tímido e um dos seus cachos sobre os olhos pelo vento rápido que passou pelo local - Quer tentar?

- Brincando? - Neguei com a cabeça sorrindo e olhando nos olhos dela ao pensar "Meu Deus, o que essa menina tem?!"- Posso tentar, mas pelo visto é difícil!

- Eu estou aqui para te ajudar, Day. - Me passou o violão e nos assustamos com o barulho do sinal que eu havia me esquecido que estava perto de tocar.

- Agradeço sua disponibilidade, Carol, mas agora infelizmente vamos sofrer um pouco na aula. Você vai pra qual turma? - Disse guardando o violão, enquanto ela se levantava procurando alguma coisa.

- Achei! Aqui na matrícula diz que ficarei na turma do terceiro ano B. Você poderia me ajudar a encontrar a sala? - Ela disse me olhando com uma expressão facial com a qual eu jamais conseguiria lidar sem meu coração acelerar, e eu não entendi o que estava acontecendo comigo.

- Sinto muito em te dizer, mas você ficará em minha turma. - Falei observando um sorriso tímido no rosto da moça, enquanto eu comemorava por dentro por saber que a teria por perto. - Poderia me acompanhar, nobre dama?

Carol consentiu com a cabeça e fomos para a sala. Ela se sentou na penúltima carteira da fila da parede do lado direito, consequentemente roubando meu lugar, mas me sentei no último e lá fiquei pensando ao longo da aula no porquê de estar com vontade de sorrir o tempo todo. Carol ficou em silêncio a aula toda, apenas se apresentando quando era necessário. A aula acabou mais cedo e eu demorei um pouco mais organizando as folhas com músicas que eu havia escrito e estava revisando. Quando me levantei e olhei pra frente, avistei a bela moça ruiva de costas anotando o telefone que o professor havia deixado no quadro para que os alunos novatos passassem para ele seus respectivos e-mails. Quando me aproximei, Carol virou-se e sorriu.

- Oi! Nem notei que você ainda estava aqui. - Ela disse aparentemente desconfiada e perdida.

- Perdão se te assustei, e vá se acostumando, pois farei isso várias vezes. - Falei sorrindo e mordendo o lábio inferior, e Carol gargalhou e revirou os olhos.- Agora que a senhorita já terminou, podemos ir?

- Ah, claro... Você vai pra casa? - Perguntou olhando as horas no celular.

- Acho que vou passar na praça em frente a casa do meu amigo para finalizarmos uma música que comecei com ele. Eu não te disse, mas eu pretendo ser cantora assim como você.

- Bacana! Eu não me esqueci que devo te ensinar o solo que fiz hoje, tá? - Falou saindo devagar e eu fui logo atrás. - Inclusive, se quiser, posso te ensinar nessa praça, porque não tenho nada pra fazer em casa. - Virou-se pra mim com um olhar de quem aguardava a aprovação da ideia.

- Então, por favor, me acompanhe. - Sorri e saimos do colégio.

( E aí, galera! O capítulo foi só introdutório e não muito interessante, mas vou escrever de forma leve e de acordo com a minha imaginação no momento... Abraços, e a história continua )

Little Longer ( Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora