Little Longer ( Dayrol)

"I love Dayrol"

Meu celular não parava de vibrar, pois me ligavam o tempo todo, mas eu não estava em condições de atender... Day e eu entramos no uber e fomos para a casa do Bruno, sem sequer termos certeza de que ele estaria lá naquele momento.

- Meninas?! Gente!!! O que aconteceu?? Aliás, entrem! - Meu amigo disse ao abrir a porta e surpreender-se com nossa presença e também com nosso estado.

- Ai, amigo! - Falei, pulando nos braços dele ao chorar.

- Bruno, com licença! Eu posso deixar nossas coisas aqui? - Day perguntou, passando por nós na porta e colocando nossas coisas no chão ao lado do sofá da sala.

- Claro, Day!- Falou, afastando nosso abraço. - Mas, gente, o que está acontecendo? Vocês querem uma água? Sentem-se aqui!- Falou ao me puxar pela mão, para que sentássemos no sofá, mas a Day sentou-se no tapete.

- O meu pai, Bruno! Ele quebrou tudo! A minha mãe... Ele quase... - Tentei contar, mas as palavras saíam completamente desorganizadas, e meu amigo me observava, mas logo me abraçou e olhou pra Day, que estava com a cabeça erguida para trás, joelhos flexionados com os braços em volta deles, de olhos fechados, com lágrimas descendo por seu rosto.

- Calma, meu amor... Respire! Está tudo bem agora! Tente me contar com calma!- Me disse, mas Day nos interrompeu.

- A Carol me convenceu e viemos pra cá passar alguns dias, pois eu não terei que trabalhar na semana e a produção da nossa música está na reta final... - Falou sem pausas, deitando-se no tapete com as mãos sobre o rosto, enquanto eu deitei no colo do meu amigo, que acariciava meu cabelo e prestava atenção em minha namorada.  - O que nós não sabíamos era que o pai dela teria a reação que teve ao nos ver pessoalmente...

- O que houve? - Perguntou atento e curioso.

- Chegamos na casa da Carol e fomos recebidas pela Roseli, mas desde o momento em que ela abriu a porta, meu coração não bateu no mesmo ritmo e eu notava nela também uma apreensão. Quando nos sentamos no sofá da sala e começamos a conversar, seu Isaías entrou pela porta e em pouco tempo causou um estrago... - Falou, ao se sentar e encostar suas costas no sofá em frente ao que estávamos. - Ele deu um tapa na Carol, quase me rasgou com um caco de vidro, quase bateu em dona Roseli e nos disse coisas absurdas. - Disse, respirando fundo e secando suas lágrimas.

- Meu Deus, gente! Imagino o quão horrível tenha sido o momento! Vocês não vão sair daqui agora e nem hoje. Tomem um banho e vamos fazer alguma coisa juntos aqui em casa mesmo. Vamos pedir algo pra comer e vamos conversar com mais calma...

- Estou sem fome, amigo! Mas te agradeço pela hospedagem e preciso de um banho para relaxar. - Falei ao me sentar no sofá, secando as lágrimas que não paravam de cair.

- Claro... Vou levar as coisas de vocês para o quarto de visitas, nele tem cama de casal e vocês podem ficar a vontade. Venham!- Bruno disse ao pegar nossas coisas e andar para o quarto.

Day se levantou e veio até mim, segurando em minha mão e olhando em meus olhos.

- Carol, eu te amo demais, e nós estamos juntas, tá bom?- Me puxou, me levantei e ela uniu nossos lábios com um beijo carinhoso e rápido.

Fomos para o quarto, organizamos nossas coisas e fui tomar banho, enquanto a Day mexia no celular sentada na cama.

Ponto de vista da Day

Eu não queria ser um peso na vida da minha namorada, mas era exatamente assim como eu me sentia... Eu sei que  eu não havia feito nada de errado, pois eu só queria o bem da Carol desde o dia em que a vi pela primeira vez no pátio do colégio... Eu precisava saber como a mãe dela estava, e também avisar aos irmãos que possivelmente precisariam cuidar de dona Roseli.