LILY POV
Ai meu Deus! Ai meu Deus! Ai meu Deus! Desculpa Senhor, eu sei que não devo praguejar usando o seu santo nome, mas isso é tudo que eu consigo pensar agora. Como foi que eu consegui me meter nessa confusão? Isso é uma completa loucura! Há algumas horas atrás a minha vida estava completamente normal e agora eu estou sentada em frente a essa porta prestes a fazer a coisa mais louca de toda a minha vida. Nem parece que foi hoje de manhã que eu estava correndo desesperada pelos jardins do convento tentando chegar a tempo na missa.
Eu estava atrasada. O que não é algo realmente raro para mim, mas dessa vez eu acho que tinha superado o meu recorde pessoal. A missa da manhã já tinha começado a pelo menos meia hora e eu tinha perdido totalmente a hora. Com certeza a Madre Superiora não ia ficar nem um pouco feliz se me visse correndo pelos jardins, mas esse era o único jeito de tentar chegar antes do final da missa e tentar fazer com que parecesse que eu estava lá deste o começo. Não que isso fosse algo muito certo de se fazer, mas se eu tivesse mais um atraso teria que limpar sozinha todas as estátuas do jardim e elas são muitas. Eu estava quase chegando na capela, já podia até ver a grande porta de madeira, quando, do nada, uma lambreta vermelha surgiu e quase me atropelou antes de parar bem na minha frente.
— Desculpa, Irmã. — O homem na moto falou espavorido. Ele usava um capacete esquisito e parecia ter uns 30 e poucos anos.
— Noviça. — Corrigi automaticamente o que fez com que o desconhecido na moto me olhasse de uma forma engraçada, como se tentando entender sobre o que eu estava falando. - Eu não sou uma Irmã. Ainda sou noviça.
Apontei para as minhas roupas, já que o meu uniforme azul deveria deixar claro que eu ainda não era uma freira.
— Ah, sim. Desculpa, noviça.
De repente, seu olhar se fixou no meu rosto e foi aumentando aos poucos como se ele tivesse acabado de ver uma assombração ou algo do tipo. Ele rapidamente tirou o capacete da cabeça e de dentro dele um papel que eu não consegui ver direito. Seus olhos passaram então a se revezar entre olhar para mim e olhar para o papel e a cada segundo ele ia ficando mais animado.
— Você é Lílian! — Gritou — Lílian Evans. Irmã do Tommy. Tommy Evans. É você, não é?
Ele então virou o pedaço de papel misterioso para mim e eu vi que o que ele estava segurando era uma fotografia do meu irmão gêmeo, Tommy. Por que ele tinha uma foto do Tommy guardada no capacete? Isso era muito estranho.
—Sou?
Não sei por que a minha voz saiu mais como uma pergunta do que uma afirmação, mas aparentemente foi o suficiente para o homem ficar satisfeito.
— Ótimo! Sobe logo aqui que a gente não tem tempo a perder. Que bom que eu te encontrei rápido, eu achei que ia levar uma eternidade de achar nesse lugar imenso.
Ele agarrou o meu pulso e eu dei um pulo para trás assustada. Mas a minha expressão de medo devia ser muito ruim porque o homem não perdia nem um pouco a sua empolgação. Ele começou a me puxar em direção a traseira da sua moto e eu já estava pensando seriamente em quebrar a regra de não agressão do convento e dar um pelo chute na canela desse sujeito. Comecei a tentar me soltar, mas a mão dele apertava forte o meu braço.
— Me solta, seu maluco! — Eu gritei finalmente conseguindo me soltar.
Eu não sei se foi o meu grito ou o movimento brusco, mas o homem finalmente pareceu ter percebido que eu não estava muito receptiva a sua tentativa de sequestro. A sua expressão se tornou então desconcertada e eu percebi que essa era a minha chance de tentar entender o que, afinal de contas, estava acontecendo.
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Lily e os meninos (Fanfic)
FanfictionLílian Evans está feliz com a vida que leva no Convento de Hogsmeade. Mas tudo muda quando Frank Longbottom, assistente da banda mais famosa do Reino Unido, os Marotos, aparece implorando pra que ela finja ser seu irmão gêmeo, Tommy e assuma, tempor...