Capítulo 15: Feliz aniversário, James

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LILY POV

— Ei, Tommy. —Paro no meio do corredor da gravadora quando escuto Cornélius me chamar esperando ele andar de mim. — O que você está fazendo aqui? Os Marotos têm algum compromisso hoje que eu não sei.

— Não. — Nego balançando a cabeça. — Eu acabei de encontrar com o Zabini. Ele me pediu para vir até aqui para ouvir a gravação de ontem. Ele queria escutar junto comigo para poder me tirar qualquer dúvida.

— Ah, sim. A propósito, parabéns. Você fez um excelente trabalho ontem com aquela música.

       Sorrio sem graça já sentindo o meu rosto ficar vermelho. Só de lembrar do turbilhão de emoções que eu senti ontem durante a gravação e a minha atitude desastrosa eu já tenho vontade de sair correndo de novo. O que será que eles pensaram quando me viram sair correndo igual uma maluca daquele jeito? Cornélius deve ter me achado nem um pouco profissional, mas pelo menos ele está sendo simpático de não falar nada sobre aquilo.

— Obrigada. — Murmuro. — Ah, Cornélius, você viu o James por aí?

       Eu não quero realmente encontrar James agora, mas esse foi o único tema que eu pensei para conseguir mudar de assunto e não falar mais sobre ontem.

— James? O James está aqui?

— Sim. Ele falou hoje cedo para os meninos que viria para cá.

— Aquele tratante! — Trovejou. — Ele sabe que eu quero falar com ele e não me disse nada que estava aqui. Ah, mas ele vai ver só. Você não pode fugir de mim para sempre, James Potter. Uma hora eu vou te alcançar e você vai ter que me dar uma resposta e eu espero que dessa vez seja uma boa resposta...

       Eu não tenho ideia sobre o que ele está falando. Talvez seja uma boa ideia procurar James de verdade e dizer para ele que Cornélius quer matá-lo, ou algo do tipo.

— Mas nem que eu tenha que andar essa gravadora toda eu vou achar esse garoto...

— Eu acho que você não sabe onde James está, não é mesmo? — Pergunto sarcasticamente, mas Cornélius nem presta atenção no que eu digo. Ele continuou concentrado no seu discurso inflamado contra James e eu aproveito para sair de fininho.

       Não tenho ideia de onde James possa estar e começo a procura-lo pelo pátio externo, que é o lugar mais próximo. Depois de andar por todo o pátio é que me toco do óbvio, eu devia ter começado a procurar pela sala de ensaio.

— Eu sei. Ela foi feita pelo único homem que você amou na vida.

       Calma aí, essa é a voz de James. Mas com quem ele está falando assim? Quer dizer, James não é a pessoa mais simpática do mundo, mas nem na época que ele me tratava mal ele falou num tom tão duro comigo. A voz dele vem da entrada do pátio externo e quando eu me aproximo consigo ver a bela mulher que eu reconheço como sendo Ângela Smith, a antiga cantora de sucesso. Ué, eu pensei que ele fosse fã dela com todos aqueles discos e a foto no quarto dele. Mas a expressão que eu vejo no rosto dele agora não é como se ele estivesse super animado com esse encontro.

— Sim, é verdade. Ele foi o único que eu amei como homem. — Quero ir até eles para tentar entender o que está acontecendo e, quem sabe, dar uma amenizada nas coisas. Mas me interrompo de súbito e me escondo atrás de uma pilastra assim que escuto a frase seguinte. — Mas você é meu filho, James, e eu também amo você. Eu quero que a gente se reconcilie.

       FILHO?! Ângela Smith é a mãe de James? Ai meu Deus, ai meu Deus... Eu não deveria estar aqui ouvindo isso. Não mesmo. Mas se eu sair daqui agora eles vão me ver com certeza. O que eu faço?

Lily e os meninos (Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora