Lily e os meninos (Fanfic)

Capítulo 14: Almoço em família

JAMES POV

       Quando Tommy sai correndo da sala todos nós ficamos parados em choque por alguns segundos. Sou um dos primeiros a voltar ao normal e corro preocupado atrás dela, mas Remus é mais rápido do que eu e sai em disparada na minha frente. Corro pelos corredores da gravadora procurando até que, finalmente, a encontro no pátio externo. Ela está de costas para mim e eu começo a me aproximar, mas paro ao ver Remus passar por mim e se aproximar dela. Ele para logo atrás dela e coloca a mão no seu ombro. De novo. Se eu não tivesse certeza que não tem como Remus saber que Tommy é uma garota ia começar a desconfiar que está acontecendo alguma coisa entre esses dois. Ou será que tem?

— Isso não é bom. — Frank sussurra parando do meu lado ao ver a mesma cena que eu.

— Por que não? — Indago. Não que eu não concorde, mas por que Frank pensaria assim?

— Lily gosta de Remus.

— O que? — Ele murmurou tão baixo que eu tenho certeza que não escutei direito. Não pode ser certo o que ele disse.

— Lily está gostando de Remus. —Repete um pouco mais alto me encarando. — Gostando de uma forma romântica.

— Você tem certeza disso? — Pergunto com a mandíbula tensa.

       Olho de novo para frente e desvio rapidamente o olhar. Ela e Remus agora estão conversando algo tão baixo que seria impossível escutar da distância que eu estou. Eles parecem bastante íntimos e isso me incomoda.

— Absoluta. Lily me confidenciou ontem à noite que estava gostando de um dos Marotos, ela não disse o nome de quem era, mas falou que ele era muito gentil com ela. Bom, nós sabemos quem é o gentil do grupo.

       Sim. Todos nós sabemos que Remus é o gentil do grupo. A imprensa faz questão de ressaltar isso a cada matéria que escreve sobre a gente. Sirius é o brincalhão, eu sou o introspectivo e Remus é o gentil. Frank tem razão, se Tommy falou que gosta do garoto gentil ela só podia estar falando de Remus.

— Se ela te confidenciou isso você não deveria sair contando para qualquer um. — O repreendo.

       Eu não sei porque, mas alguma coisa em Tommy faz com que mesmo quando eu estou irritado com ela, como agora, eu sinta ânsia de defende-la. Talvez seja porque ela parece alguém tão frágil e que está conhecendo agora o mundo. A única coisa que eu deferia me questionar é sobre o por que eu estou me sentindo irritado com ela agora se ela não fez nada de errado dessa vez. Mas ainda assim, se eu olho para frente e vejo ela e Remus conversando com os corpos tão perto um do outro como estão agora é assim que eu me sinto.

— Você não é qualquer um. —Se defende. — E eu só estou te contando porque você pode me ajudar a impedir ela caia na tentação de se declarar para o Remus. Coitadinha. — Ele suspirou voltando a olhar para os dois. — Deve ser difícil ficar tão perto assim do garoto que você gosta e não poder dizer nada.

       Estou pronto para dizer que eu não tenho a obrigação de ajudar Tommy em mais coisa nenhuma, mas sei que vai ser inútil. No final das contas eu vou acabar fazendo alguma coisa para impedir que ela faça alguma besteira e se meta em confusão. Por que mesmo eu me meti nessa encrenca toda? Remus e Tommy parecem terem terminado de conversar e os dois vem na nossa direção. O que quer que Remus tenha dito para ela deve ter sido positivo porque ela parece muito mais calma do que quando saiu correndo minutos atrás.

— Me desculpa. — Ela parece estar falando diretamente comigo, mas seus olhos não se fixam em mim em nenhum momento. — Eu estou pronta para continuar a gravar.