Capítulo 4: Lar, doce lar

450 43 37
                                    


LILY POV

       Inspira, expira, inspira, expira. Calma, Lily. Não é nada demais. Tudo o que você tem que fazer é fingir ser o Tommy em tempo integral. Vais ser facílimo, não tem como dar errado. A quem eu quero enganar? É claro que isso tem tudo para ser um grande desastre! Mas agora não tem mais volta. Eu preciso fazer isso. E pelo menos agora eu não tenho mais que aguentar aquela peruca irritante, penso levando a mão até o meu novo corte de cabelo. Confiro pelo o que deve ser a milionésima vez o papel com o endereço que Frank me deu mais cedo, antes de falar que tinha que resolver algumas coisas e me jogar sozinha aos leões. Obrigada pelo apoio, Frank!

       Encaro a casa na minha frente totalmente abismada. Ela é simplesmente incrível. E é uma coisa boa que ela seja tão isolada das outras casas do condomínio, porque eu acho que eles não teriam muita privacidade com todas essas janelas. Pego a única mala que eu tenho, já que eu só trouxe comigo alguns objetos pessoais e Alice falou que o meu novo guarda roupa masculino já vai estar na casa, e começo a caminhar em direção a porta de entrada sentindo que o meu coração pode parar de bater a qualquer momento. Alice falou que o meu novo guarda roupa vai estar me esperando na casa. Antes de tocar a campainha dou uma última conferida na minha roupa, a mesma que eu usei ontem, e vejo se o meu cabelo ainda está no lugar certo, apesar de eu ainda não saber direito como exatamente ele tem que ficar. É Lily, você não tem mais como fugir. Coragem, garota! Quer dizer, garoto.

       Quase imediatamente depois de eu tocar a campainha a porta é aberta por alguém que parece excessivamente animado. Lembro da breve explicação que Frank me deu sobre os integrantes dos Marotos e sei que esse com o cabelo mais comprido e ondulado é Sirius, o baterista.

— Tommy, você chegou! Vem deixa eu te ajudar com a mala.

       Ele pega a mala da minha mão e entra para dentro da casa. O sigo e quando entro na sala de estar tenho que em controlar para não escancarar a minha boca igual uma idiota. Essa casa é totalmente demais! Grande demais, clara demais, bonita demais, tudo demais. Sirius deixa a minha mala perto de um imenso sofá, que parece ser bem confortável, e se joga nele enquanto eu fico em pé parada tentando fazer os meus olhos assimilarem a maior quantidade de coisas possíveis. A sala é imensa e tem um grande sofá branco bem no meio de frente para uma gigante televisão que no momento está pausado em algum jogo de videogame. Perto do sofá tem duas poltronas e espalhado pela sala tem várias almofadas coloridas. A mesa de centro é de vidro e as paredes também são brancas, mas com quatros coloridos e fotos dos Marotos espalhados por todas elas. Separando a sala da cozinha tem uma grande mesa de jantar também toda branca. Na parede oposta as janelas e de frente para a porta de entrada fica a escada para o segundo andar e eu tenho que controlar minha vontade de perguntar se eu posso subir e explorar o resto da casa.

— Então, preparado para ser um Maroto? — Sirius me traz de volta a realidade.

       NÃO! Eu com certeza não estou preparada para ser um Maroto. Mas acho que isso não seria uma resposta muito delicada de se dizer, então tudo o que eu faço é dar um sorriso meio torto e balanço a cabeça em várias direções aleatórias que podem significar sim ou não. Mas eu acho que a pergunta era meio retórica porque que Sirius já não está mais prestando nenhuma atenção em mim. Ele pegou o controle do videogame que estava largado encima do sofá e passa a dedicar toda a sua atenção aos jogadores de futebol que agora estão correndo de um lado para o outro na televisão.

— Sirius, você não falou que ia receber o Tommy?

       Uma outra voz faz eu me virar em direção a escada e vejo o garoto que Frank dize se chamar Remus descendo por ela.

Lily e os meninos (Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora