JAMES POV
Eu devia ter imaginado que Remus e Sirius me seguiriam depois que sai daquele jeito do camarim. Quando Frank me ligou e contou o que tinha descoberto sobre a mãe do Tommy eu saí em disparado do camarim sem nem mesmo desligar o meu telefone direito. Por mais que eu sempre tenha achado essa esperança dela de encontrar a mãe uma tolice eu sabia que ela iria estar desesperada em algum canto e eu não poderia simplesmente deixar ela sozinha num momento desses. E eu não estava enganado. A cena que eu vi, com ela jogada no chão aos prantos, era de partir o coração de qualquer pessoa, até mesmo de alguém como eu que não costuma se sensibilizar com as coisas.
Foi por isso que eu não pude evitar de ir até ela, me abaixar e abraçá-la deixando- a chorar no meu ombro para confortá-la um pouco que seja. Era dor demais que ela parecia estar sentindo. E meus amigos, mesmo sem saber o que está acontecendo, parecem ter sentido a mesma coisa que eu porque eles também não pensaram duas vezes antes de se abaixarem e se juntarem a gente. Agora nós estamos aqui, os quatro ajoelhados no chão abraçados esperando até que Tommy esteja pronto para se levantar. Se qualquer pessoa visse essa cena de fora pensaria que esse é um momento muito estranho entre os Marotos. Mas para a gente, esse é só um momento que não importa a mais ninguém.
Eu não sei ao certo quanto tempo passa até que sinto o corpo de Tommy começar a parar de tremer e sua respiração ficar mais regular. Seu corpo se afasta um pouco e nós três ficamos olhando com expectativa buscando saber qual vai ser o seu próximo passo. Seus olhos estão vermelhos e inchados e ela passa as mãos pelo rosto tentando secar um pouco das lágrimas, mas isso não faz muito efeito já que foram muitas.
— Obrigado. — A palavra sai da boca dela num fio de voz. — Me desculpa pela sua camisa, James.
— Não tem problema. —Acho uma leve graça por esse ser o primeiro pensamento que ela tem agora.
— Você está legal? — Remus indaga no seu tom mais gentil e segurando levemente o braço dela.
— Vou ficar.
— Eu sei que vai. — Ele sorri amigavelmente e ela retribui, mas de uma forma muito mais contida.
— Meninos.
Nós quatro somos tirados da nossa bolha particular quando ouvimos Alice nos chamando. Desviamos o nosso olhar para a direção dela que parece muito desconcertada por ter presenciado esse momento tão íntimo nosso.
— Desculpa atrapalhar, mas vocês têm que falar com a imprensa. Eles estão esperando lá embaixo e Cornélius já está começando a se irritar.
Droga, eu tinha me esquecido completamente que a gente ia ter uma mini coletiva de imprensa depois do show hoje para falar sobre o evento, como foi o primeiro show do Tommy e todas essas baboseiras de sempre. Encaro Tommy e não me resta dúvidas de que ela não tem a menor condição de encarar a imprensa agora. Isso seria um prato cheio para fofocas.
— Você vai para casa. — Minha voz sai de forma mais autoritária que eu gostaria. — Nós três resolvemos isso. Alice, Liga para o Frank e pede para ele mandar um carro vir buscar o Tommy.
— Pode deixar. — Alice pega o celular do bolso e se afasta alguns passos da gente para fazer a ligação.
— Está, mas como é que o Tommy vai sair despercebido com toda a imprensa plantada lá no saguão? — Boa questão, Sirius.
A não ser que... será que isso daria certo? Bom, com certeza não com Sirius e Remus por aqui.
— Eu tenho uma ideia de disfarce. Vocês dois vão indo para o saguão e distraindo todo mundo que daqui a pouco eu me junto a vocês.
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Lily e os meninos (Fanfic)
Fiksi PenggemarLílian Evans está feliz com a vida que leva no Convento de Hogsmeade. Mas tudo muda quando Frank Longbottom, assistente da banda mais famosa do Reino Unido, os Marotos, aparece implorando pra que ela finja ser seu irmão gêmeo, Tommy e assuma, tempor...