Capítulo 21: O passado vem à tona

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JAMES POV

— Eu não acredito que vocês vão mesmo gravar essa música.

— Você não gosta dela? — Pergunto preocupado. Ela disse que antes que tinha gostado da música, mas vai que ela só falou isso para eu não ficar mal.

— Eu a amo. — Lily sorri para mim.

       Lily. Eu fui um idiota por ter enrolado tanto para chama-la assim. Esse nome fica perfeito nela. Agora quando eu olho para ela não consigo ver mais nada do Tommy, tudo o que eu vejo é Lily. Lily, a minha namorada. Como eu posso gostar tanto de alguém que antes eu achava tão irritante?

       Sorrio para ela e me curvo para beijá-la rapidamente. Eu sei que é arriscado fazer isso aqui na gravadora, mas nós estamos sozinhos na sala de ensaio e eu tenho que aproveitar cada momento que estamos juntos. Ainda mais agora que nós descobrimos que o Tommy está voltando e eu não a terei mais o tempo todo ao meu lado. Meu peito se aperta só em pensar nisso.

— Você tem que fazer mais alguma coisa aqui hoje? — Lily me pergunta apoiando a cabeça no meu ombro.

— Não. — Ainda bem que ontem eu consegui terminar aquela maldita música. — A gente pode ir para casa e fazer nada juntos o dia inteiro. — Proponho sorrindo de forma marota.

— Sim, isso seria uma boa despedida. — Sua voz soa mais baixa e desanimada. Pelo visto eu não sou o único decepcionado com a partida dela.

— Não fala assim. — Tento animá-la. — Não é como se você fosse realmente ir para longe da gente. Não é mesmo?

— Eu ainda não sei. Eu não pensei muito em como seriam as coisas pós Marotos e sem o convento.

— Contanto que você não fique longe de mim. Você é minha estrela polar, lembra?

— Eu nunca vou me esquecer. — Ela levanta o rosto e me olha nos olhos e eu a encaro de volta.

— É melhor a gente ir. — Alguns segundos a encarando eu tenho que me controlar para não a agarrar. Se um selinho já foi arriscado um beijo de verdade seria bem pior.

       Estamos caminhando em direção a garagem quando o telefone dela apita indicando uma mensagem. Paramos para ela poder ler, mas isso é claramente uma má ideia já que Cornélius vem caminhando a passos rápidos até mim.

— Ei, James. Você já terminou de trabalhar naquela canção?

— Sim, eu já fiz. — Digo impaciente.

— Ótimo, então me mostra.

— Agora?

— Sim. A música tem que ser entregue hoje e eu gostaria de ouvir antes para ter certeza de que está perfeita.

— Ela está perfeita. Fui eu que fiz.

       Até parece que eu ia fazer um trabalho porcaria. Mesmo sendo para aquela mulher.

— Não custa nada conferir.

— Mas eu vou acompanhar Tommy até em casa.

— Ah, não tem problema, James. — Lily interrompe. — Acabou de surgir um lugar que eu tenho que ir mesmo.

— Aconteceu alguma coisa? —Aonde ela teria que ir de repente que é mais importante que a nossa programação?

— Nada Sério. A gente se vê em casa mais tarde.

— Perfeito. — Cornélius exclama. — Até mais, Tommy. Vamos, James.

       Sigo Cornélius de volta até a sala de ensaio querendo matar ele. Como alguém pode ser tão inconveniente? Tudo bem que Lily acabou tendo que fazer algo também, mas Cornélius atrapalhou primeiro.

Lily e os meninos (Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora