A Origem de Sanny [Romance Gay]

Capítulo 31 - Montanha e Crisma [Especial]

Montanha, como costumava ser chamado por todos, entrou no casebre do curandeiro para ver como estava seu braço. Ele o quebrou durante a última batalha, há cerca de uma semana. Zion o tinha enfaixado bem e o imobilizado. Como o seu sistema de lobo curaria rápido, Gans pensou que já estava bom, exceto que depois do dia anterior, resolveu carregar alguns sacos de arroz para um ancião, agora latejava de dor, e ele precisava ver se piorou as coisas.

Zion estava atendendo Arli, que sofreu queimaduras bem ruins em seu braço esquerdo.

— Ei, como estão? — Cumprimentou assim que se aproximou.

Zion acenou para ele.

— Seu braço já está melhor, Montanha?

— Hum... não. — Admitiu com vergonha. Zion ergueu uma sobrancelha para ele, como se soubesse o porquê.

— Você andou se exercitando quando não era para fazer? — Perguntou Arli com humor.

— Não tive escolha. Eu precisava fazer o meu trabalho. — Resmungou quando sentou-se ao lado de Arli no banco de madeira, que rangeu com seu peso.

— Não tem essa de "não ter escolha". — Repreendeu Zion. — Eu disse-lhe para não mover o braço por apenas poucos dias e ainda sim você fez.

Gans bufou irritado e não respondeu.

Depois que Zion terminou de tratar Arli, que continha algumas cicatrizes novas em seu braço e parecia com dificuldade de movê-lo, Zion foi cuidar dele.

— Então, Gans... — Começou Arli, chamando sua atenção. — Você estará livre esta noite?

— Hum, sim. — Respondeu um pouco curioso. — Por quê?

— Kemal e eu estamos pensando em fazer um jantar... sabe, para agradecer Crisma pelos presentes.

— Oh. — Gans coçou atrás da cabeça e grunhiu quando Zion fez seu braço doer pior. — Merda.

— Mantenha-se quieto. — O curandeiro grunhiu.

— Não sei se já está sabendo, mas Kemal está esperando um bebê, por isso quer muito agradecer Crisma pelos presentes.

Montanha congelou.

— Grávido? — Ele não fazia ideia.

— Sim. Descobrimos um pouco depois de Crisma dar as roupinhas de bebê. Que coincidência, não? — Arli estava reluzente. Ele realmente parecia feliz com a notícia.

— Certamente uma coincidência. — Zion repetiu com um sorriso. — Talvez Crisma seja um vidente ou coisa assim.

Montanha zombou.

— Não existem coisas assim.

— Ninguém sabe. — Arli deu de ombros. — Eu tenho que voltar ao trabalho rapazes. Nos vemos mais tarde. — E saiu.

— Bem, agora que estamos a sós... — Começou Zion e lhe deu um olhar espertinho. — Diga-me como vão as coisas com Crisma, hã?

Montanha engoliu um caroço do tamanho de um limão e desviou o olhar. Esperava que seu rosto não demonstrasse o que de verdade sentia.

— Bem. Não brigamos mais.

— Aham. — Zion ainda estava olhando para ele e esperando. — Disso eu sei. Mas então... já se confessou para ele?

Montanha congelou outra vez, suas bochechas queimando.

— De jeito nenhum!

Ops. Ele se entregou. Agora Zion tinha a certeza de seus sentimentos.