addicted to you {chris evans/adriana lima}

XXXIV- Chamber of reflection

Christopher's POV

Foram dois meses sem Bianca.

Dois malditos meses em que eu pensava nela todos os dias. 

Eu estava atolado em trabalho, todos os dias fazendo esforço físico em treinos para as lutas ou malhando para não ser um Capitão América magrelo. As filmagens eram pesadas, demoradas, exigentes... Eu tirava, com muito esforço, meia hora do meu horário reservado para descanso para falar com Bianca. A cada dia percebia o quanto estava apaixonado e o quanto ela me deixava sorridente como um idiota iludido.

E foi exatamente isso que ela fez: me iludiu.

No dia do nosso tão esperado reencontro ela fingiu que não me conhecia. Eu entendo que devemos manter sigilo sobre nosso relacionamento, mas todos sabem que somos, no mínimo, amigos. Por que caralhos ela não me deu nem um abraço? 

E por que caralhos ela se jogou nos braços de um entrevistadorzinho que foi citado como ex-namorado ?

Eu estou puto da vida com essa mulher. 

-Christopher, será que dá pra melhorar essa cara de bosta? -Mackie me cutucou mais uma vez enquanto fazíamos o caminho até nossos trailers. -Eu sei que você está tão morto de ciúme que podíamos te enterrar agora, mas não estraga o meu happy hour, sabe?

-Não tem ninguém aqui com ciúme, Anthony. Bianca é minha amiga e eu não tenho nada a ver com os caras que ela abraça. -tentei soar o mais indiferente possível, mas minha expressão fechada e fervente não me deu muito crédito.

-Ao que parece, não ficou só no abraço... -Sebastian soou mais atrás de nós, empurrando seu celular na minha direção. 

-ELA 'TÁ JANTANDO COM AQUELE FILHO DA PU... -quando percebi que estava soando histérico, fechei os olhos, devolvendo o celular para um Sebastian assustado. Respirei fundo com os olhos ainda fechados, buscando todo o autocontrole sob os preceitos do budismo, mas a calma demorou a vir. 

Apenas voltei ao trajeto, caminhando em passos largos e apressados até meu trailer. Queria um banho quente, demorado, um momento sozinho e uma boa cerveja com um blues ao fundo.

-Christopher, se você quiser disfarçar o ciúmes é só se enrolar em uns vinte cobertores e não deixar ninguém ver sua cara. De resto, está muito bem disfarçado. -o tom de escárnio de Mackie só me fez revirar os olhos e apressar ainda mais minhas pernas para o conforto do meu lar sobre rodas.

-Nos vemos mais tarde? -Sebastian gritou ao longe, esperando alguns segundos por minha resposta.

-Nem fodendo. -abri a porta do trailer, batendo com força ao entrar.

O meu banho quente e demorado não teve um efeito tão calmante quanto eu esperava.

A cerveja não relaxou meus nervos e não baixou meu stress.

O blues era apenas um som de fundo ao ódio que me consumia por dentro.

Ela não teve tempo para me dar um abraço, mas estava livre o suficiente para jantar com um ex em um restaurante chique de Atlanta. 

Bianca vai ouvir um sermão bem longo.