XXVI- Never be the same

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Bianca's POV


Eu e Chris continuávamos naquele ritmo frenético com as nossas línguas, como se nenhuma velocidade, nenhum toque, nenhuma sensação fosse suficiente. Queríamos mais.

Ele puxava meu corpo para si com toda a força, mas havia muita roupa e calor entre nós dois. Eu peguei a barra da camiseta dele de um modo desconcertado, tentando puxá-la sem separar nossos corpos. Depois de algumas complicações para passá-la pelo pescoço de Chris, a camiseta já estava jogada no chão. 

Fui obrigada a passar minhas mãos por toda a pele descoberta dele, sentindo cada gomo, cada músculo e ficando mais louca a cada segundo. A tatuagem que ele tem perto da clavícula era a coisa mais linda que eu já vi, dando um ar ainda mais sexy ao peitoral daquele homem maldito de tão perfeito.

Chris percebeu que eu já estava no limite da excitação, descendo suas mãos de minhas nádegas à parte de trás de minhas coxas. Ele se abaixou um pouco, logo me tirando do chão e deixando minhas pernas envolverem seus quadris. Entretanto, meus joelhos se dobraram de um modo nada confortável, causando uma dor horrenda nos pontos.

-AI! -meu grito abafado assustou Chris, que logo se afastou como se lembrasse das minhas condições.

-Eu te machuquei? Droga! -ele encarava meu joelho, agora se abaixando e me colocando no chão com toda a delicadeza do mundo.

Eu poderia tentar dizer que estava tudo bem, mas a minha cara de dor não poderia ser disfarçada, juntamente com o corte aberto que sangrava. 

Chris agora me olhava com uma cara desesperada, como se eu estivesse à beira da morte.

-Está tudo bem, Evans. Só preciso fazer um curativo nisso. -um pequeno sorriso brincava em meus lábios pela cara dele. 

Tentei me levantar, mas uma pontada de dor me atingiu. 

-Calma, eu vou te ajudar. -ele veio ao meu lado, passando um braço pelas minhas costas e outro por debaixo de meu joelhos. Eu estava em seu colo e ele me carregava como se fosse uma pluma.

-As coisas estão no meu quarto. 

Ele andava cuidadosamente, parando em frente à porta do meu quarto para que eu a abrisse. Chris adentrou o quarto, me colocando em cima de cama de um modo calmo. Ele olhou para o meu banheiro, já avistando a caixinha branca que estava sob a pia. 

-Você quer que eu te ajude? -ele me entregou a caixinha de primeiros socorros, olhando o sangue com uma cara de nojo. Pude ver seu tom de pele até ficar mais pálido.

-Sim, quero que você enfie o dedo aqui no corte e puxe o ponto para fora. 

Ele me olhou com uma cara extremamente assustada, quase surtando. Seu olhar ficou mais tranquilo quando me viu dando risada.

-Idiota! Eu desmaiaria antes mesmo de encostar no seu joelho. -ele riu também, logo se afastando da visão sangrenta à sua frente.

-Você é um inútil, Evans. Vá lá para baixo pedir uma pizza enquanto eu cubro isso aqui. 

-Pra enfiar a língua na minha boca eu sou útil, não é? 

Gargalhei com o tom afetado dele, jogando um travesseiro em sua direção e o vendo correr para fora do quarto depois de desviar de meu ataque.

Limpei o corte, esperando parar de sangrar, e fiz um curativo simples, colocando uma gaze e alguns pedaços de fita hipoalergênica para grudar aquilo. Maldito machucado empatador de foda!




A TV estava ligada passando algum filme de guerra, eu e Chris largados no sofá. Eu estava deitada de barriga para cima, evitando qualquer toque no meu joelho. Chris estava deitado bem ao meu lado, mais para baixo, dormindo como um anjinho enquanto eu acariciava seus fios de cabelo macios naquele tom loiro de Steve Rogers. Eu observava cada parte do rosto dele, pensando no quanto amava seu visual limpo e angelical do soldado mas também o quanto ele ficava sexy com o cabelo mais escuro, com a barba emoldurando seu rosto e destacando o azul de seus olhos. Ele era simplesmente incrível.

Enquanto meus dedos desciam para o rosto dele, traçando o maxilar com a ponta do indicador, parei para pensar em tudo.

Quando conheci Chris, só pensava em levá-lo para a cama, ter uma noite selvagem e depois fingir que nada aconteceu. Depois da rehab, com o meu objetivo de melhorar minhas relações interpessoais, Chris foi a pessoa que mais despertou meu interesse. Quando, finalmente, consegui me comportar como um ser humano normal, percebi em Chris todas as qualidades que eu gostaria de encontrar em alguém. Eu não sou santa, longe disso, e ele também. Entretanto, é um homem de caráter, personalidade forte, pervertido (uma das minhas qualidades preferidas) e, também, doce. 

Se estar apaixonada significa borboletas no estômago, desejo de estar sempre perto, querer ser interessante e ter toda a atenção de alguém, então... Eu estou apaixonada por Chris Evans.

Meus olhos se arregalaram quando essa frase perpassou em minha mente. 

Eu. Estou. Apaixonada.

Por. Chris.Evans.



Eu pulei de susto quando uma música começou a tocar, seguida por um zumbido estrondoso. O celular de Chris tocava e vibrava na mesa de centro, anunciando o nome "Scott Evans" como o responsável.

-Chris? -cutuquei seu braço que repousava em cima da minha coxa, acompanhando seus olhos se abrindo minimamente. 

-Quem está ligando? -sua voz rouca me fez suspirar.

-Scott Evans... -vi que ele não se importaria em realmente abrir os olhos e atender o irmão, então apenas peguei o celular e deslizei o ícone verde até a chamada ser iniciada. Scott era um fofo, sempre comentava fotos ou tweets, então senti liberdade o suficiente para falar com ele pela primeira vez.




-Alô? -atendi em um tom neutro, mas preocupada caso fosse a mãe de Chris tentando dar outra bronca no filho.

-Quem é? -uma voz masculina (mas nem tanto) soou confusa do outro lado. Tive a certeza que era Scott.

-É... a Bianca. O Chris está... 

-Com preguiça de te atender. -Chris puxou o celular da minha mão, falando de qualquer jeito perto do aparelho e depois o devolvendo para mim.

-Bianca, você pode, por favor, chamá-lo de 'adotado'? 

-Claro, Scott. Será um prazer. -cutuquei Chris, esperando que ele abrisse os olhos suficientemente. -Você é um adotado!

Ele tirou o celular da minha mão, agora colocando no viva-voz.

-Eu não quero mais saber de vocês dois se comunicando. São pessoas ruins demais para andarem juntas. 

-Está com medo que eu revele seu amor platônico por ela, irmão?

-Nah. Ela já descobriu. -Chris disse em um tom indiferente, me encarando. Tenho certeza que derreti um pouco com seu sorriso.

-COMO ASSIM, ELA DESCOBRIU? VOCÊ NEM ME CONTOU, CHRISTOPHER? -Scott agora gritava, balbuciando algo sobre Chris ser o'pior irmão do mundo'. -VOCÊS ESTÃO NAMORANDO?

Meus olhos se arregalaram. Até o momento, saber sobre existir sentimentos entre nós dois estava ótimo. A palavra 'namoro' ainda me dava calafrios.

-Scott, depois nos falamos. Eu e Bianca vamos ter uma conversa muito importante agora.





N/A: um capítulo aleatoriozinho, mas necessário. <3  (1/3)

addicted to you {chris evans/adriana lima}Onde histórias criam vida. Descubra agora