Uma supermodelo brasileira que carrega cicatrizes e overdoses em sua história. Um contrato que proíbe seu envolvimento com os atores que tanto a atraem. Uma aposta sobre o início de uma paixão.
Como não se viciar?
Kate já estava me esperando na porta do meu trailer, me ajudando com as malas enquanto eu descia do carro cedido pela Marvel.
-Senhorita Dantas, bem vinda de volta! -um sorriso forçado assim como a simpatia dela me deu arrepios. -Aqui está sua programação para hoje.
Ela me entregou uma folha sulfite com o título "entrevista e apresentação". Li o texto rapidamente, descobrindo que iríamos até um hotel às três da tarde para uma sessão de entrevistas com pessoas de variadas colunas e blogs, juntamente com a apresentação dos três novos integrantes do MCU.
Eu nunca havia sido entrevistada.
Bem, claramente nenhum agente pessoal deixaria sua cliente, uma viciada em drogas e polêmicas, sozinha respondendo perguntas nada confortáveis e sendo gravada.
Já comecei a entrar em pânico.
Os fãs já me odiavam, a taxa de reprovação da minha entrada para o MCU devia bater nos 200% e eu provavelmente falaria alguma merda.
-Não se preocupe, senhorita. No seu trailer tem uma pasta cheia de coisas para ajudar na entrevista! -Kate soou extremamente prestativa de novo, me assustando um pouco.
Entrei no trailer, já avistando uma pasta transparente abarrotada de papéis. Abri, vendo um tipo de "roteiro". Todas as perguntas que os entrevistadores fariam já estavam ali, juntamente com sugestões de respostas, dicas de como se comportar, o que não pode ser feito e muitas coisas do tipo. Era um compilado de "como não passar vergonha ou fazer merda de cara".
Ainda assim, preferi tomar meu ansiolítico para me acalmar um pouco.
Uma mensagem de Chris chegou depois de duas horas das minhas tentativas de falar com ele.
Chatodemais Evans
Estou indo para o hotel. Vai rolar uma sessão de autógrafos comigo, Seb e Mackie antes de tudo começar.
Não surte, você vai ser incrível
Não vejo a hora de te encontrar
Beijo, amor
Apenas suspirei, me acostumando com a coisa de não ter Chris ao meu lado.
Joguei-me no sofá, segurando todos os papéis em mãos e relendo pela terceira vez, tentando decorar o máximo de coisas. Na verdade, não era muito difícil. Sempre gostei muito de ler e estudar, então aquilo era como uma terapia. A parte de decorar scripts e ficar imaginando como encenar também eram as minhas preferidas na coisa toda de atuação.
Pensando em todas as coisas que gosto e como tudo estava tendendo a dar certo, me dirigi ao carro da Marvel depois de ser arrumada apropriadamente.
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