Amore me invada as janelas da alma
Cegue-me a retina da memória com o luar de tuas vestes
Imploro-te, não que me preenchas nada
Minha vida é essa coisa tanta
E a emoção que provocas
Pode ser este mister
Entre o tudo envolto a invisível chama
Que de nada necessita
Se não tuas palavras
E a presença incandescente
Da lua em plena tarde
De meus sons a tua melodia
Tecida em partituras de cellos
Sob o som de bandolins vadios
Na noite vazia de desejos
Plena de anseios por teus seios
E as manhãs que me roubam a cor de seus cabelos
Meus olhares se encerram
Sob a cor sombria abaixo do sol
Onde habita tua pele
Aonde luzes no alvorecer incandescente
Sob o luzir da Lua
Meu corpo espera
Tuas palavras sejam meu som e silêncio
Tuas palavras: meu vinho sagrado
Tuas palavras: meu delírio profano
O meu leite
Guardado a teus lábios
Como anseio o néctar lácteo de teus seios
Menciono enrubescida
Em ardor febril
Acalorada em carne pulsante
Corre o sangue em minhas veias
Ao meu coração por tua alma enamorada
15 setembro 2018
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Versos do Coração Selvagem
ŞiirUm das mais autênticas e exuberantes formas de expressão literária é indubitavelmente a Arte Poética. Nela expomos nossos sentimentos mais íntimos, do âmago à superfície, das sombras da noite à luz do amanhecer perpassando pelas nuances da vida até...