Capítulo 19

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Assim que vejo Suárez praticamente tirando o pau pra fora do seu caro moletom Adidas, com Coutinho com a mão em sua coxa, eu percebo que nunca foi sobre mim.

Nunca foi sobre o Coutinho estar a fim de mim ou o Suárez querer o meu bem acima de tudo. Nunca se tratou disso. Sempre, desde o começo, foi sobre os dois quererem se divertir um pouco.

E aí você me pergunta: por que não fizeram de outra forma? Pra que envolver uma terceira pessoa (eu)? Pra que tantas voltas só por uma foda? Bom, digamos que o conceito de diversão fácil mude um pouco quando você é um jovem milionário com tempo e poder de sobra.

E, assim como os gatos, por conta da natureza tediosa da nossa rotina, gostamos de fazer tudo do jeito mais difícil. É mais divertido.

Nesse ponto, se Couto e Luis conseguiram o que queriam e se divertiram bastante me fazendo de idiota por quase um ano, parabéns para eles.

O lado ruim é que eu mesmo não me diverti nem um pouco ainda. O que não é justo. Decido corrigir isso agora mesmo. E é como dizem, se você quer que seja feito, faça.

Levanto do sofá e vou até os dois.

Se for para me afundar, levarei os dois juntos comigo. Caso eles ainda duvidem do que sou capaz, motivo pelo qual tudo isso começou também. Eu imagino.

Luis não consegue esconder a cara de espanto quando me ajoelho entre suas pernas e tomo seu rosto entre as minhas mãos. Beijo seus lábios longamente, provando pela primeira vez o gosto que eles têm.

Eu gosto, não vou negar, e me demoro talvez mais do que o necessário ali. Ele não pode evitar de machucar meus lábios ao me beijar me mordendo, o dentuço. Me pego encantado por seu toque áspero, rude. Me enternece perceber que ele me beija de olhos fechados, entregue, gostando do meu beijo. Apaixonado, quase. Se eu ainda acreditasse nisso.

Mas eu não acredito mais nessas sentimentalidades.

O quadril de Luis desliza pelo sofá enquanto nos beijamos, ele está louco por contato. Suas mãos tentam me puxar para o seu colo, sinto seu pau batendo no meu peito, mas não cedo. Minhas mãos continuam em seu rosto enquanto o beijo. Sinto também a mão de Coutinho, presa entre a coxa de Luís e o meu peito. Também não faço nada quanto a isso.

Me perco naquele beijo por mais alguns segundos, até que recobro o foco. Afasto meu corpo, me ergo. Com a mão nos joelhos, encaro Luis nos olhos. Ele devolve o meu olhar com um sorriso sacana nos lábios. Acerto o primeiro tapa em cheio na sua cara. Seu sorriso se abre ainda mais. Cão danado.

O tapa não é uma questão para ele. Tudo é uma grande piada e ele tem um outro problema mais urgente a ser resolvido. Continua alisando o próprio pau, já por fora da calça, ainda me encarando. Agora quem sorri sou eu.

Vou até Coutinho e o beijo. Eu senti tanta falta disso, e é amargo pensar que tudo o que eu pensei sobre o seu beijo foi errado. Por isso, não me demoro ali. O beijo rapidamente e seguro seu queixo. Acho que ele espera por um tapa também, mas eu não faço isso. O rosto dele é tão bonito, eu não posso.

Forço a cabeça de Coutinho em direção à cintura de Suárez. É uma posição que não funciona muito bem pelo jeito que eles estavam, sentados lado a lado, mas Couto é esperto e logo dá um jeito. Assume o lugar que eu estava anteriormente e se coloca entre as pernas de Suárez, engolindo seu pau com a boca sem a menor cerimônia.

Luis, já sem camisa, se entrega, conduzindo o brasileiro. Eu faço a minha parte, assistindo um pouco e acariciando o rosto de Coutinho enquanto ele chupa Suárez.

Nesse ponto, vejo que não existe mais o que fazer, se não me entregar. Tiro a camisa, de pé em frente à Suárez. Ele sorri, "Lindo, Leo...", e o carinho em sua voz me tira do foco por segundos, eu fico quase sem jeito. Para sorte de todos, o tesão me dá a adrenalina necessária para seguir em frente. Abro o zíper da calça e com ela abaixo junto a cueca.

Coutinho, ainda chupando Suárez, recebe com um gemido manhoso minhas mãos em sua cintura. Não era isso o que ele tanto queria? Tiro sua roupa também, ele continua de quatro com o pau de Luis em sua boca quando eu simplesmente enfio a cara no meio da sua bunda. Vou aos poucos, sentindo seu cu na minha língua, lambendo vagarosamente até deixá-lo de perna bamba, mas não permitindo que ele pare o que está fazendo com Suárez.

Quando o sinto pronto, lambuzado o suficiente, testo Coutinho com um dedo ou dois. Ele geme mais, todo bonzinho. Finalmente, dou o que ele quer e vou metendo meu pau devagar, até estar totalmente dentro dele. Couto ofega, afogado com o pau de Suaréz na boca e o meu pau afundado em seu cu.

Não era isso o que ele queria?

Aos poucos, vou estabelecendo um ritmo. Vamos estabelecendo um ritmo, nós três. Seguro firme o quadril de Coutinho enquanto o como. Quando dou uma estocada mais firme, ele deita a cabeça na coxa de Suárez, gemendo e lacrimejando. Depois volta a mamar o uruguaio, obediente e faminto, como bom menino que é.

Em algum momento, sinto meu gozo vindo e meto mais rápido. Couto vira o rosto e me olha nos olhos. "Goza pra mim, eu quero ver", ele diz em um sussurro. Não preciso de mais nada. Uma estocada final, seca e sem amor, e meu gozo vem, dentro de Coutinho, em espasmos dolorosos e deliciosos ao mesmo tempo. Couto goza também, como se seu corpo fosse uma continuação do meu.

Me deixo cair de joelhos no chão. Coutinho larga Suárez e se deita ao lado dele no sofá.

Já em pé diante dos dois, me acariciando, espero o que fazer e o que querem que eu faça. Suárez decide por nós três, me chamando pela mão. Cedo, me sentando em seu colo, de frente para ele, como ele pede sem dizer palavra.

Esfregamos nossos quadris, posso sentir que ele está explodindo só com esse contato. Como nunca pude perceber que havia essa atração? O tempo todo se tratou disso também e eu não soube. Dou mais um tapa no rosto dele, esse ainda mais estridente. O som ecoa pela sala silenciosa. Ele não se importa. Suas mãos vão pela minha bunda, amorosamente, Suárez me testa com um dedo, então me levanta pela bunda e mete em mim abruptamente. Dói, ele é grande e estúpido em seu jeito, mas eu cerro os dentes e não reclamo. Mesmo assim ele percebe meu desconforto e vai devagar. Me conduz pela cintura enquanto cavalgo nele.

Ao nosso lado, Coutinho se masturba, olhando a cena. Vou em sua direção e o beijo na boca, o convidando a participar. Ele vem, feito um cachorrinho, e passa a chupar meu pau depois do beijo. Cavalgo em Luis sentindo ele me rasgar por dentro, de todas as maneiras possíveis.

"Eu amo você", Luis diz, metendo forte em mim, seus lábios grossos e dentes enormes mordendo meu pescoço. Mas por que ele diz isso? Quando ele fala, vou em sua direção para beijá-lo. Nosso beijo é interrompido por Couto, que rouba meus lábios de Suárez e os toma para si.

Perto de gozar, Suárez manda que Coutinho volte para o seu lugar, me chupando. Sinto a porra de Suárez me inundar ao mesmo tempo que gozo mais uma vez, e faço Coutinho engolir a minha própria porra.

Os três satisfeitos, ainda ficamos nesse ritmo por segundos, como que hipnotizados. É tão bom que chega a ser aflitivo. Suárez enterrado em mim até o talo, Coutinho me beijando com sofreguidão, obediente. Só por esse contato, Couto goza uma última vez. Súarez o beija suavemente nos lábios lambuzados, como que orgulhoso de seu pupilo. Eles se beijam mais e eu me coloco no meio daquele beijo, possessivo.

Depois desabamos no sofá, os três.

Me deito entre os dois, ainda sentindo meu pau pulsar. Coutinho me abraça por trás, em conchinha, e morde meu pescoço carinhosamente. Seu corpo está colado no meu e sua respiração de pesada vai ficando tranquila. Ele é quem adormece primeiro. Do meu outro lado, Suárez me beija a boca, acariciando amorosamente meu quadril.

Com um simples bater de palmas, ele desliga a luz da sala. Não sabia dessa tecnologia. Ficamos nos beijando no escuro, eu e Suárez, com Coutinho grudado em mim, adormecido.

Não dizemos nada, embora eu sinta que Luis queira dizer algo com tantos beijos, tantos carinhos. Não sei. E já não me importa mais.

Por fim, adormecemos os três, exaustos e sem querer pensar no depois.

Mais Que Uma Paixão | LIVRO 02 | Messi & CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora