- Tempos de Guerra -

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( Revisado )

Caminhando pelos corredores do castelo sem segurança alguma, Hyram, Victoria e Deo se viam perdidos. Era colossal, havia dezenas de portas e quartos, tudo parecia tão igual aos olhos deles, tentavam repetidas vezes, mas não conseguiam achar o quarto do rei, apesar de que estavam no segundo andar e o castelo devia ter no mínimo uns cinco, teriam muito trabalho pela frente.

– Ele não deve estar aqui, pai. – Falou Victoria com sua espada em mãos e a guardando na bainha em sua cintura. – Com certeza ele deve estar nos andares superiores do castelo, um rei é o topo da pirâmide, se eu fosse um, ficaria lá em cima.

– Tem razão, Victoria. – Guardou também seu machado de batalha nas costas e parou um pouco para pensar, levou suas mãos à cabeça e enxugou um pouco de suor. – Devo estar ficando velho, vamos subir as escadas.

Uniram-se e rapidamente caminharam para a escadaria que levaria no segundo andar. Até agora ninguém sabia que isso estava acontecendo daquele jantar, nem imaginavam que as coisas ficariam assim, enquanto subiam as escadarias, foram elaborando um plano de como acabar com o rei e por um fim nos pilares da constituição. Hyram era quem dava as ideias e Victoria e Deo davam as possibilidades. Quando finalmente subiram as escadarias, dois guardas com armaduras iguais àqueles anteriores estavam defendendo o lugar, o terceiro andar era exposto somente para a família e para a Assembleia e seus defensores em vigília.

– Quem são vocês? – Perguntou um dos guerreiros ali, sacando sua espada, mostrando que não queria muita conversa.

– Somos convidados. – Hyram puxou seu machado que dava quase a altura dos dois guardas juntos e deu um passo a frente. – Convidados do rei.

– Ele não está aqui! – disse outro, também sacando sua espada.

– Mas eu estou a fim de procurá-lo mesmo assim. Obrigado senhores. – Insistiu Hyram, olhando com o canto dos olhos para Victoria e Deo que o seguiam com suas espadas sacadas. – Vamos, filhos.

Os guardas olharam um para o outro, balançaram a cabeça confirmando que iriam atacar o inimigo. O primeiro correu com a espada levantada, visava ferir o lado de Hyram que portava o enorme machado, quando abaixou a espada para acertá-lo o machado rapidamente passava por sua cintura e o partia em dois, como uma enorme foice afiada. O mesmo aconteceu com o outro, só que do lado oposto. A primeira ameaça foi tranquila, Victoria e Deomorxsy nem precisavam sujar suas espadas.

– Os cavaleiros de hoje em dia, não são como antigamente. – Brincou após chacoalhar seu machado de batalha e tirar um pouco do sangue que havia nele. – Vamos continuar.

Nem quase puderam dar dois passos e mais cavaleiros reais os cercavam, dessa vez eram dezenas desses, forravam o corredor à frente com suas armaduras reais e únicas. Marchavam em direção a Hyram e seus filhos, esses já declaravam que os senhores daquele jantar já sabiam do acontecido, já descobriram a fúria de Hyram e também a sua traição para com o Império, ele a partir de agora junto com seus filhos, eram pessoas caçadas e com valores por suas cabeças.

– Devem se render agora, antes que os Ordenados venham para detê-los. Não queremos utilizar da força. – Falou um dos homens vestidos com armaduras reais.

Hyram apenas sorriu e deu de ombros.

– Já sei a resposta, não é pai? – Deu um passo à frente sacando sua espada novamente e a mostrando para os homens. – Hoje é o dia que uma mulher fará uma pilha de homens mortos com uma espada.

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