- O verdadeiro herói. -

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Caminhando isoladamente por entre as vastas dunas do deserto de Gyhk, Tartaruga continuava sua procura por respostas. Já fazia um dia desde que partiu de sua cidade, Thodia, para encontrar a pessoa que o havia enfraquecido, ela, em seus pensamentos, podia trazer algo ruim para as pessoas, ela poderia utilizar disso para ganhar certos poderes sociais e se tornar um novo rei, ou um novo imperador que escravizaria metade das pessoas do continente e a outra metade tentaria o inverso. Ele sabia do mal que podia acontecer, uma pessoa que pode anular os poderes dos impuros poderia até mesmo os dominar, sendo onipotente e ele com o título de herói, queria antes mesmo que isso acontecesse acabar com o mal pela raiz.

O sol ainda estava no topo dos céus, fazia um enorme calor, misturado com o clima desértico, mas Tartaruga não era de se importar com esse tipo de coisa, sua jornada apenas estava começando. Conhecia a região de Thodia por completo e os arredores, mas quando se tratava de outras áreas de Gehenna seu conhecimento era muito vago, estava caminhando ao noroeste em direção a cidade comércio Karningul, porém não queria propriamente adentrar nela, exploraria as cercanias, sabia que sua jornada era bem longa, mas lutaria até o final para combater aquele que pode ameaçar muitas vidas.

Avistava já ao longe a cidade comércio, muitas carroças contendo mercadorias estavam entrando e saindo da cidade, pombos-correio e também aglomeração de pessoas. Ele ainda estava longe de chegar, mas já conseguia ver tudo isso, não queria contato com as pessoas, por isso então, decidiu mudar seu trajeto, iria contornar a cidade de Karningul e caminhar para o mais norte possível, sua busca começaria de lá.

O deserto já havia terminado sendo substituído por uma região com mato e pequenas árvores onde um pequeno riacho era formado, Tartaruga nunca havia estado em um lugar como esse não conhecia nem sequer o nome daquela região, em todo o caso, estava armado com seu escudo inseparável e sua espada na cintura.

A região era parecida com uma savana, mas havia um riacho que esta classificação. Musgos, arbustos e liquens eram frequentes naquela região. O sol já não queimava tanto, o riacho parecia delicioso para dar uma refrescada, Tartaruga, iria se hidratar e então continuar sua caminhada solitária.

Tirou suas roupas, colocou-as sob uma pedra próxima ao riacho, entrou vagarosamente enquanto retirava seus pertences e colocava-os sob as roupas dobradas, a espada estava encostada na pedra assim como o escudo. Sentindo a água gelada e pura do riacho em suas pernas, e tentando ir para o centro, onde alcançou sua cintura, ele começou a banhar-se, pegava com as mãos um pouco de água e começava a enxaguar sua face, também seus cabelos e abaixava de uma vez só até ficar totalmente submerso, depois levantada, dando um grande alívio. Se retirou calmamente do riacho, procurou com os olhos alguma fruta ou presa, mas nada havia por perto.

Vestiu-se com suas roupas, e sentou-se sob a pedra que usou para colocar suas vestimentas, chacoalhou seu longo cabelo e o jogou para trás, levantou-se, pegou sua espada e escudo, a primeira colocou na cintura e e o segundo colocou em seu braço, estava sempre atento a qualquer intervenção que pudesse lhe prejudicar. Quando esticou seus músculos, pois estavam relaxados e olhou novamente para o riacho, viu dois corpos boiando, estavam ensanguentados e mortos, armados, com espadas que se prendiamlogo atrás deles, a correnteza era uma caída, que talvez levasse a cidade de Karningul. Assim Tartaruga, logo juntou os dois corpos para a terra, os revistou e pegou algumas moedas já que estava sem qualquer dinheiro quando partiu em sua jornada.

Ao fazer isso, percebeu que os homens haviam sido assassinados, marcas de cortes em sua garganta e também nas costelas, foram vistas pelo herói, que pegou os corpos e levou até uma área mais desértica e pedrosa, amontoou algumas pedras em cima dos corpos e os sepultou ali mesmo.

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