Passou então cerca de duas semanas após A Grande Tempestade, com a destruição da prisão do castelo onde Huntrees era o comandante, ele havia retornado a sua cidade natal em Vana'Diel, onde voltaria para seu palácio que a muito tempo havia abandonado para se tornar o carcereiro da prisão e honrar a justiça com suas próprias mãos.
A cidade onde Huntrees havia o palácio era Edook, uma cidade considerada pequena, mas muito importante economicamente falando, pois, era a cidade onde a maior parte da prata, bronze e até mesmo ouro era garimpado e enviado até a capital. A cidade em si, possuía poucas coisas, algumas casas feitas de barro e pedras, algumas até mesmo de madeira, não havia praças e nem centros comerciais, o palácio de Huntrees, nomeado por ele mesmo de Palácio da Justiça, não era tão grande como a Prisão do Castelo, mas grande o suficiente para mostrar que o homem não era uma simples pessoa.
Após receber o raio, Huntrees foi ajudado por seus homens e dois dias após o ocorrido ele acordou, porém, dois dias depois ele foi perceber qual era a sua magia e nada mais era do que o incrível fato dele poder farejar qualquer coisa a milhares de metros.
Depois dessa época começou a viver em seu palácio, estava a procura de ter um filho, pois não tinha descendentes nenhum, nunca pensou que iria precisar de uma família, mas se enxergou na hora de procriar, nesses dias cerca de vinte a trinta prostitutas e servas foram se deitar com o homem, por dia eram cerca de três a quatro delas, porém, em nenhum caso ele conseguiu se apaixonar por uma mulher e nenhuma delas tinha o perfil que ele já tinha formado em sua cabeça, de qualquer forma, aproveitava os relacionamentos como nunca.
Hoje era o começo da terceira semana e como de costume Huntrees acordava em sua imensa e espaçosa cama com uma vadia ao seu lado e muitas servas ao redor, para que o mesmo fosse sempre bem recebido quando acordasse já como de costume uma bacia com água, uma espécie de pano para enxugar o rosto e uma bandeja repleta de frutas.
O homem abria os olhos, vagarosamente levantou-se suas servas vieram imediatamente com as coisas para servi-lo, mas ele as ignorou levantando a mão para indicar que não queria nada, caminhou nu pelo palácio até chegar a uma das janelas enormes e bem feitas, com vidros grandes, apoiou-se na soleira da janela e olhando para a cidade abaixo de seu palácio, continuou a caminhar pelo corredor.
- Barn! – Disse o homem ainda nu. O corredor era bem branco, tudo naquele palácio era feito e construído com coisas brancas, ou tons de branco, como pedras brancas azuladas, o chão era também bem claro e iluminado e ele ia se dirigindo até uma espécie de cúpula com um trono voltado para a cidade da qual era completamente rodeada por vidros, formando um lindo e maravilhoso vitral azul carmim.
- Sim, senhor! – Um homem, já calvo e com os poucos cabelos que lhe tinha eram grisalhos, assim como uma barba cerrada e vestindo uma longa veste nobre, com detalhes em amarelo e de cor dourada. – Algo em que lhe posso ajudar, lorde Huntrees?
- Sim, Barn. – O homem pegou de cima de uma mesa um cálice feito de ouro-branco, com uma pequena pedra de rubi, ele bebia o líquido que continha dentro, era um vinho, mas imediatamente cuspia todo, estava quente. – Sinto um cheiro diferente. – Começou a mexer suas narinas. – E esse cheiro vem da cidade.
- Vou pedir para um grupo de soldados fazer uma ronda completa na cidade, senhor. – Disse o homem sério.
- Não. – Huntrees virou-se para o homem. – Quero todos os soldados nas ruas, esse cheiro... - Fez uma breve pausa. - Acho que eu já o senti antes. Um cheiro impuro.
- Sim, lorde Huntrees. – Disse o homem fazendo uma reverência cordial e já saindo da pequena cúpula.
- Ei, Barn.
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As Crônicas de Zaz - O Arauto da Magia - Livro I
FantasyMuitos anos se passaram desde que os Deuses Dragões andavam pelo mundo e que a magia também existisse. Zaz se tornou um lugar egoísta e bastante monótomo, até que então um novo princípio surgiu. A Era do Ouro, esta como era chamada a era onde quem t...