- O Anúncio da Guerra -

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O sol acabou de aparecer nos céus de Astrid e logo uma movimentação de nobres e servos estavam se fazendo do castelo do rei até a Corte Dourada, onde os membros da Assembléia se reuniam para reuniões e assuntos importantes.

Deomorxsy estava acompanhado de sua mulher, senhora Delilah, ambos haviam casado a dois dias atrás o que para a maioria dos senhores do conselho foi um completo erro, já que a família Youghard, ganhou mais um membro à corte, devido à Deomorxsy que lhe concedeu permissão.

Ambos subiram as escadarias e quando chegaram até o local, viram que não estavam atrasados, o pai de Delilah já estava à mesa juntamente com Alter, Willes, Vicnam, Brix, Edmur e Charles.

- Bom dia, senhor e senhora. – Foi o primeiro a lhes dar boas vindas, Lorde Willes. Ele não parecia muito feliz, já que ele portava dois papéis em mãos, sua expressão era de certo medo e de pavor.

- Pelo jeito o senhor, não está tendo um bom dia, lorde Willes. – Comentou Deomorxsy puxando uma cadeira para sua mulher e também sentando-se à mesa para discutir o assunto.

- Realmente não, senhor Deomorxsy. – Ele balançou a cabeça dando um sinal positivo. – Não posso dizer nada, mas já posso alertar que precisamos mais do que nunca nos unir.

O comentário do velho lorde fez com que os demais ficassem um pouco pensativos, menos Deomorxsy que impaciente estava a bater seus dedos sobre a mesa da corte. Nesse meio tempo, mais dois do conselho apareceram, Elred e Margaret ambos da casa Aver.

Imediatamente eles se sentaram junto à mesa e os servos começaram a trazer pães com geléia e também leite fervido. Todos aceitaram a singela refeição pela manhã, principalmente o mais novo senhor do conselho que em menos de pouco tempo já havia devorado os dois pães que pegara.

Outros senhores chegavam e chegavam dando assim por completo os membros da Assembléia. Lorde Willes então caminhava até o lugar que por direito era seu, por ser o líder do conselho, suas mãos se apoiaram na mesa e ele então jogou aqueles dois papéis ao centro.

- Sabem o que é isso, senhoras e senhores? – Estava com uma cara pálida. – Isso é o fim. Um desses papéis, diz que lorde Joseph Balbirch faleceu e que toda sua herança agora pertence a Bapolda, que foi uma serva dele há muitos anos atrás. E o outro... – Ele parou, pegou um pano que estava em seu bolso direito do seu manto dourado com detalhes em vermelho e passou sobre sua testa, estava soando. – O outro papel, é um relatório de um de nossos espiões em Maltra. Ele diz que o exército revolucionário conta com mais de dois mil homens além de ter cerca de quatro impuros. O que faremos senhores? Eles virão com tudo para cima de nós, mas não podemos nos render! Jamais!

Quando todos ouviram isso, ficaram apavorados, alguns pegaram os papéis e leram desacreditando que aquelas notícias eram verídicas. Ficaram todos cochichando entre si, Deomorxsy foi o primeiro a quebrar aqueles cochichos importunos e encarou Willes.

- O que vocês têm a temer? Temos além da guarda real, ainda temos também os Ordenados e também temos a mim. E não vejo problema no papel que se sugere a lorde Joseph Balbirch, o que ele tem a ver com tudo isso?

- Deomorxsy. – Phomund chamou a atenção do homem. – Joseph Balbirch era o nobre que possuía mais ouro que o próprio rei. Se esse dinheiro cair em mãos erradas, não teremos como bancar uma guerra. Uma guerra também se vence pelo ouro, caro senhor.

- Sim, lorde Phomund tem razão e ainda mais se esse dinheiro cair nas mãos dos revolucionários e rebeldes, nosso conselho irá cair. Perderemos tudo. – Disse lorde Alter.

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