- O Impuro Perfeito -

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( Revisado )

Passou-se dois dias desde que a tempestade parou a capital de Zaz, Astrid. As pessoas se uniam para reconstruir o que havia sido destruído e também cuidar daqueles que foram feridos pelo desastre.

Sir Hyram Gardhas, o general de todas as tropas da Ordem, como um exímio guerreiro que conquistou o posto após seu antecedente ser morto em batalha. Hyram teve um imenso confronto contra muitos candidatos e após três dias de pura luta e sangue, o homem conseguiu a vitória. Possuía cinquenta e dois anos, um homem muito experiente, robusto, com uma barba lhe caracterizando, preta com manchas brancas, devido a sua idade, um cabelo grisalho raso. Portava para combate um machado, que era quase o dobro de seu tamanho, lhe permitindo acertar mais pessoas em uma distância menor. Sua armadura era de ouro refinado, tinha um símbolo de uma guilhotina simbolizando a Ordem, e também uma imensa capa vermelha, que sempre estava junto com a armadura.

Ele rodeou a cidade, visava supervisionar todos os patrulheiros da ordem, para ajudar a sociedade na construção e também na segurança, alguns poderiam roubar, outros matar, nunca se sabe nos dias de hoje o que realmente acontecerá. Andou por muitas vielas, apenas observando, sempre andando com suas mãos atrás de seu corpo, e seu machado pendurado em suas costas na vertical.

Após a vigília, o líder dos guerreiros da Ordem voltou em sua moradia, em Astrid. A casa era igual a de um nobre. Pedras preciosas compunham o muro e parecia um castelo por fora e por dentro, nem tanto, muito enfeites, alguns até em ouro e prata. Ele não tinha mulher, sua esposa Egelea, morreu após a capital ser saqueada anos atrás, tinha dois filhos, um menino de catorze anos, que faz parte da Ordem e também uma menina, já mais velha de vinte e oito anos, que faz parte da Assembléia. Sua família era bem conhecida e bem grande, as pessoas os honravam por sua fidelidade ao rei e ao povo.

Hyram tinha um servo, um fiel escudeiro, um homem cuja confiança era inquestionável, este era Sir Deomorxsy Hill. Deomorxsy era um espadachim, treinado por Hyram quando ainda jovem, hoje em dia, já mais experiente em combates, e na vida, tornou-se um aliado e tanto para o líder. Moravam sobre o mesmo teto e o considerava um filho. Chegou a sua residência e já foi informado da situação da cidade e das tropas, por Deomorxsy, ignorou de momento, e foi direto se lavar, depois do banho desceu as escadas e se encontrou com o escudeiro novamente.

– Senhor! – Disse o escudeiro se abaixando fazendo uma reverência, seu cabelo era preto, porém puxado para um tom de ruivo, não possuía barba e seus olhos eram verdes claros.

– Diga-me, Deo, quais as posições das tropas? – Ele erguia uma taça vazia e pegava uma garrafa de ouro, da qual despejava um pouco de vinho.

– As tropas estão concentradas no Distrito dos Ventos, a maior parte da população de lá está sendo escoltada pelos Ordenados. No Distrito da Fonte, alguns saqueadores foram detidos, e mortos, durante a perseguição. E aqui, nas redondezas, está tudo calmo, senhor.

– Bom trabalho, Deo. – Falou e tomou um gole de vinho. – E como está a sua situação?

– Você está falando sobre meus poderes? – Perguntou o rapaz assustado.

– Sim.

Deomorxsy era um Impuro assim como Hyram, entretanto, o escudeiro do líder dos guerreiros não havia ainda despertado o seu poder, enquanto o velho homem, já sabia utiliza-los com maestria.

– Desculpe, Mestre. – Ele falou abaixando a cabeça, e se virando de costas rapidamente. – Darei um jeito nisso, eu prometo.

Hyram o deixou ir, sabia que o fiel amigo, era sistemático e sempre iria cumprir os seus deveres, como iria descobrir a sua tal magia. O homem largou o vinho após a saída de Deo, e se direcionou para fora novamente, mas não para fora da cidade e sim para fora de sua casa, num lugar totalmente criado apenas para treinamento. Esse lugar era circular, os muros eram enormes, o chão era totalmente de pedra, assim como as paredes que o cercavam, havia muitas rochas, de grande tamanho espalhadas pelo local, e quando Hyram chegou, já que esse lugar ficava nos fundos de sua casa, retirou sua armadura peitoral e ficou com seu tórax e peito, nus.

As Crônicas de Zaz - O Arauto da Magia - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora