Dias atuais...
Encostada em um grande muro salmão de um colégio, Maya esperava impacientemente seu convidado. Era uma sexta-feira, 10 horas da manhã, e os estudantes já começavam a circular pelas ruas ou simplesmente ficar sentados na calçada. A loura observava todos aqueles grupos de adolescentes tão diferentes e surgiu nela a curiosidade de saber sobre o que eles conversavam. "Será que a Riley também fazia isso na época que estudava?", ela pensou.
Outra questão que não saia da sua cabeça era o porquê do garoto ter marcado com ela justamente nesse local. Não fora tão difícil convencê-lo desse encontro 9porque, assim como ela já o conhecia de nome e fotos, ele também a conhecia.
Usuário: Você é a Maya? Maya Hart?
Usuário: Só pode ser brincadeira
Maya: Sim. Você me conhece?
Usuário: Já vi fotos e ouvi histórias sobre você
Maya: Então vai me ajudar?
Usuário: Não sei... preciso pensar
Maya: Por favor
Maya: Estou há dois meses aqui e já estou começando a ficar desesperada
Usuário: Ah é? Eu tentei falar com você diversas vezes e você nem sequer me respondeu
Usuário: Pois agora você vai é esperar como eu esperei
Maya não se lembrava de ter recebido qualquer mensagem do amigo de Riley, mas não quis irritá-lo com uma discussão desnecessária sobre coisas do passado. E ela também não fazia o tipo de que se humilhava por atenção. Estava na torcida para que o garoto esquecesse toda aquela situação e a ajudasse, porém, se ele dissesse não, ela iria arrumar outro jeito de chegar até Riley. Uma semana depois ele mandou mensagem pedindo desculpas pela demora e marcou um encontro em frente a um colégio de ensino médio.
Ela apoiou o pé esquerdo na parede e olhou para o lado que deduziu que ele viria. A temperatura na cidade era de 27° C, mas a menina de olhos azuis tinha saído de casa com uma calça preta rasgada, um coturno preto, uma camisa cinza do AC/DC e um casaco preto pesado por cima. Mas esse casaco tinha uma explicação. No bolso dele, Maya guardava seus cigarros e o isqueiro, em momentos como esse ela podia simplesmente puxar seus objetos e relaxar. E era exatamente o que ela estava prestes a fazer. Suas mãos já estavam involuntariamente em seus bolsos brincando com seus aparatos.
- Rabia... (Droga) - ela resmungou baixo tirando um dos cigarros do bolso e colocando na boca.
- Você tá fumando?
Ela se assustou com a voz masculina um tanto delicada que lhe fez a pergunta. Seu primeiro instintos foi dizer "No me molesta (Não enche o saco)", mas algo a fez mudar de ideia então ela simplesmente levantou a cabeça e tomou um susto ainda maior ao ver quem era.
- Farkle? - sua voz saiu estranha por causa do cigarro entre os dentes.
Ele era bem mais alto que ela, em torno de 1,79, cabelos curtos de cor castanho escuro, braços longos, de corpulência magra e olhos castanhos. Ele estava vestido com uma calça jeans e uma camisa social slim fit preta por dentro da calça com as mangas dobradas até o cotovelo.
- Maya...
Os dois ficaram se encarando por um longo tempo. Maya atordoada e constrangida pela situação em que foi pega e Farkle inexpressivo, mas ambos encarando aquele encontro como surreal, como se a qualquer momento um barulho de um despertador os fizesse acordar em seus quartos. Maya retirou o cigarro da boca e guardou de volta em seu bolso.
- Prazer. - ela disse se desencostando da parede e estendendo a mão.
- Prazer. - ele a cumprimentou.
- Yo no sei por onde comezar. - o momento de estranhamento agora parecia ter passado e ela estava empolgada com a presença dele.
- Ah, você não fala português muito bem né?!
- Um poco, estoy a aprender.
- E como está sendo a estadia no Brasil? Você vai ficar para sempre?
- No, mi visto só vai durar mais um mês.
- Ah, sim.
- Por isso yo preciso de su ajuda.
- No quê?
- Encontrar Riley.
Farkle coçou a cabeça fazendo uma careta, claramente incomodado com a situação.
- Então... eu não sei se posso te ajudar. Eu perdi o contato com a Riley há muito tempo.
- Mas ustedes no eram amigos? Usted no tem o contato dos padres dela? Ou alguém que saiba dela?
- Eu não conheço mais ninguém Maya.
- Tudo bem. - ela disse desapontada. - Gracias.
Ela se despediu de Farkle e caminhou pelo mesmo caminho que tinha vindo. Farkle por sua vez ficou parado em frente ao colégio iniciando uma disputa dentro de si entre ouvir seu orgulho ou fazer o que é certo. Os dois tinham bons argumentos, mas a palavra final era dele. Soltando um grunhido de raiva ele correu até Maya que não tinha ido muito longe.
- Espera. - ele segurou o ombro dela.
A garota olhou para trás confusa.
- Sí?
Ele respirou fundo e olhou para os céus ainda sem crer no que estava prestes a dizer. Mordeu os lábios e apertou os punhos.
- Eu vou te ajudar a encontrar a Riley.
Notas Finais
Hello peaches! Esqueci de mencionar que as histórias vão sair todas as sextas dessa vez, mas claro que às vezes eu surto e posto fora de hora. To com a sensação de que essa história vai ser bem curtinha, acho que chega no máximo a 30 cap. É um problema para vocês?
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Depois da meia-noite (Rilaya / Rowbrina)
Mystery / Thriller"E é tão triste pensar sobre isso agora porque eu te amei tanto Riley. Eu te amei em cada caractere que nós trocamos. Te amei em todos os segundos das madrugadas que passamos conversando. Te amei na primeira vez que nos vimos pela tela do computador...