Ouvi a voz da minha mãe me chamando e despertei. Levantei da cama e logo me apressei para tomar banho e ficar pronto para ir à escola. Diferente da minha irmã, não me preocupei com a temperatura da água, pois estava no verão e eu estava sentindo calor.Estranho, não? Em pleno verão e eu estava me arrumando para ir fazer uma prova para a minha recuperação em inglês. Que azar.
Pelo menos era o último dia de ver aquele edifício velho que era a High School. Ufa!
Nunca havia pensado que seria tão ruim na disciplina de inglês, mas o problema era que eu a achava tão fácil à ponto de não me esforçar para as provas finais. Consequentemente fiquei sem poder jogar videogame até que as aulas finalmente terminassem. Não reclamei, a minha mãe tinha total razão para me pôr de castigo. Por aquele motivo que eu me dedicaria para tirar uma ótima nota na prova.
Orgulhar a minha mãe era a minha missão, ou apenas fazê-la sorrir; nem que fosse por míseros segundos. Ela merecia toda alegria do mundo, para dizer a verdade: ela merecia o mundo. Eu era a sua única fonte de felicidade que restava. A minha irmã por outro lado, só a fazia chorar.
Aquela mal agradecida. Nossa mãe sempre fazia tudo por nós. Trabalhava como uma mula para que podessemos ter uma vida menos transtornada. Entretanto, pelo visto a Lydia não dava a mínima. Era sempre se envolvendo em problemas e mais problemas, dando dor de cabeça para a nossa mãe.
Eu sabia que a minha irmã não estava satisfeita morando no meio de uma floresta, mas destruir sua própria vida não adiantava muita coisa. Eu também não curti a ideia de nos mudarmos, porém foi a melhor escolha para nós. Não podíamos continuar em um lugar onde o seu próprio pai era um bandido, e que as pessoas te olhavam com receio por pensarem que você também fazia parte de toda a merda que seu pai tramava.
Felizmente aquele cretino fora preso, e deixou a minha mãe em paz.
Já a Lydia idealizava o contrário. Ela amava a sua fama de menina delinquente; todos na cidade tinham medo dela e do seu grupinho de burladores de leis. Ela era como se fosse a dona da cidade, e quando se mudou para Los Angeles, achou que seria do mesmo modo. Para a sua infelicidade, não foi bem como havia planejado. Minha mãe comprou a casa na floresta para que não passássemos as mesmas porcarias da outra cidade, e tivemos sorte por ninguém saber sobre o meu pai.
Era uma nova chance de viver.
— Alvin! Eu não vou chamar de novo. – Mamãe gritou do andar de baixo.
Desci as escadas, correndo como um raio. Porém, como eu era um ser humano carregado de presentes do destino, acabei capotando no último degrau e dando de cara no chão de madeira da minha casa. Nossa! Coitado do meu nariz.
Entrei na cozinha e comi o mais rápido possível para não passar do horário; o ônibus escolar não gostava muito de me esperar. Catei as minhas tralhas e sentei no sofá.
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Walking With The Dead
Mystery / Thriller×× ESTE LIVRO FOI ESCRITO QUANDO EU TINHA 16 ANOS ×× Já pensou na possibilidade de acontecer um apocalipse zumbi? Não? Então é melhor refletir sobre esse assunto. Cobiçados cientistas descobrem um novo e perigoso vírus numa experiência profissional...