- E-espere! - Collin sentiu a presença do Lince se aproximando.
Estavam a pouco tempo andando na clareira, após uma enorme conversa com os Coelhos rebeldes.
A noite densa criava uma gigantesca escuridão, porém assim como Henrii, Collin pôde finalmente saber exatamente aonde colocar os pés naquele Bosque. Como se aquele fosse o real e mais novo Lar!
As nuvens se juntavam e ameaçavam cair chuva, algo totalmente novo para o Coelho Dourado, nunca viu as nuvens daquele jeito desde o dia de quando entrou na floresta isolada. Por esse motivo, usava seu manto cobrindo-o por todo o corpo e seu capuz cobrindo as orelhas frágeis.- Collin? Qual a pressa? - Questionou o Felino, enfim alcançando os passos do parceiro - Não é medo de chuva, seria?
- Achava que G-gatos quem tinham medo de água... - Respondeu Collin com um pequeno sorriso, e diminuindo sua velocidade.
- Não teria ido até a cachoeira, e não te daria banho, se fosse assim, pequeno Sol... - A provocação, ou até brincadeira de Henrii, acompanhou algumas risadas abafadas.
- O-ora, idiota! - Corado e digamos... Sem chão. O Coelho se virou para encarar seu parceiro com um sorriso divertido. Já era um costume irritar Collin, quando o mesmo demonstrava estar sem sentimentos.
Em poucos segundos, depois de mais farpas trocadas entre si, o vermelhão apenas intensificou para um rubor e o garoto se mostrava ofegante, com a pura raiva nos olhos. É correto afirmar, que Henrii se preocupou como se estivesse protegendo sua "sétima vida"
- Venha! - Disse, carregando o Coelho entre os braços, e o loiro apenas rebatia suas pernas exigindo liberdade.
- M-me larga... Seu I-idiota Bastardo!
~•~•~
- Collin? Como se sente?!
A pequena clareira aonde se encontravam, tinha árvores finas e delicadas, que permitiam a luz das estrelas atravessar sobre suas folhas.
Sobre uma rocha, sentado, Collin resmungava sem parar, tanto pela enorme forme quanto pela dor que sentia com seus bebês.- Não... Não se preocupe tanto... - Pediu, com seu sorriso pequeno, e as mãos abraçando a si próprio.
Henrii, o Lince que estava ao lado, também abraçando ao parceiro, podia sentia a tremedeira que Collin emitia pelo seu corpo. Aquilo o preocupou, suas orelhas felinas voltaram-se para trás.
- Você acha que eles podem chegar hoje?
- Se falar assim, eu vou morrer de ansiedade! Pare! - Retrucou o Loiro, pelo seu tom de voz estava totalmente irritado. Sua dor piorava, e ainda teria que responder perguntas idiotas de Henrii!
- Collin... - Sussurou o felino nas orelhas esbranquiçadas.
- Não me chame por esse nome estúpido! - Exclamou inquieto, ainda mais. - Logo, irá chover... Estamos muito longe de casa?..
O dono do Bosque podia sentir a qualquer momento uma breve chuviscada, porém de fato, aquilo não o preocupava.
Se aproximando mais de seu Coelho, o abraçou e o puxou até seu colo, aonde pode com facilidade lamber suas fofas orelhas.- H-henrii... - Tentando resistir, o jovem cruzou os braços, com um biquinho formado em seus lábios.
- Não me chame por esse nome estúpido, Coelho. - Com uma risada tão baixa e tão baixa, que Collin apenas ouviu por causa da proximidade que seu parceiro estava. Seus braços o envolveram mais, apertando o abraço.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Selvagem Do Meu Lince (Romance Gay)
RomanceEnquanto, os híbridos brigavam e lutavam por coisas banais, um amor podia nascer, fruto daquele que era proibido. O Reino dos Lupinos, clamado pelo ódio e intolerância, criou o então tratado com o Povo Lince, para a entrega de Jovens Coelhos inocent...