✦ Lince Selvagem... (Final)

1K 82 23
                                    

Breve aviso: O último capítulo foi um especial de Natal de 2018, então não se preocupe ou se incomode se notar muitas referências à mesma data. Assim que terminar o livro, por favor leia as Notas Finais. (Tenho um pequeno presente, Hehe)

Tentava suas mãos, acariciar as orelhas felinas e caídas, que normalmente estavam sempre atentas para qualquer chamado que Collin fizesse. Ruim de dizer, mas Henrii não estava em boa fase de espírito.

- Eu vi que você esconde um papel faz alguns dias... Seria uma carta, não é? - Questionou tristonho. O loiro sempre planejava ficar tristonho, para poder chamar atenção. Ele colocava a ponta de sua língua para fora, abaixava as orelhas e cruzava os braços como uma verdadeira criança, logo em seguida ele clamava por carinho - H-henrii, seu idiotaaa....

Ainda sim, seu truque não funcionava. O Felino continuava de costas, sentado, e observando os flocos de neve por meio da janela.
Collin já havia desistido naquele dia. Aquela carta significava tanto, para fazer com que seu Lince ficasse daquele jeito? Aos poucos, ele se convencia mais que deveria ficar quieto em determinadas situações, para não ocasionar a separação entre os dois. Ele amaria ter a certeza de que Arillan e Lannari, poderiam dizer ter um pai.
Falando nos dois, ambos emitiam pequenas risadas ou seja lá que som desconhecido Collin conseguia ouvir, surgindo de um empurra-empurra que faziam um ao outro. Aquela cena, encheu o Coelho (mais novo Papai) de nova determinação.

- Henrii! - Exclamou de novo, dessa vez puxou as orelhas felinas para trás junto com o cabelo ruivo. Ele não mostrou sinais de dor, mas se convenceu a virar para trás e encarar Collin com um pequeno sorriso, que Ao invés de alegrar o Coelho, apenas o irritou mais - Idiota! Por que está sorrindo? Eu realmente me preocupei agora...

O mais velho riu abafado mais uma vez, e então puxou seu parceiro para um abraço. Podia sim, ser um beijo mas... Quem garantia que Collin pudesse realmente estar calmo agora? Além disso Lannari, o coelhinho loiro, lançava olhares para Henrii como se pedisse que fosse poupado de tantos atos de amor.
Mesmo assim, o Lince fez questão de apertar mais e mais o seu "coelhinho de pelúcia" (como se fosse tal) e reforçar palavras por um mero sussurro.

- É tão engraçado, desculpe... - Sussurrou e soltou outra risada curta e abafada, que arrepiou as orelhas brancas do Jovem Loiro.

- A-ah? O que é engraçado? - Haviam tantas interpretações... Se Collin estivesse certo, então ele seria o alvo das tantas risadas assim... Mas, por que?! Só de pensar, ele corou violentamente com mais um sussurro.

- Eu te conheci nesse Bosque, fugindo dos guardas Linces, o que resultou em um descuido de ferir seus pés... Hoje, nós temos uma família, certo? Isso é tão bom... Como se fosse um sonho. - Henrii teve de se afastar do abraço, para poder se virar e se sentar de frente para seu coelhinho mais que corado. Aquela cena... Collin era muito jovem, loiro como o dourado do Sol, e olhos verdes claros como a grama mais bela dos campos. Ver o mesmo corado, de frente para o Lince e com um meio sorriso fazia o mais velho desejar deixar beijos em todo seu rosto pálido. - Você é tão lindo.

- V-você... Você... Não vai...?

- Não vou?... - O homem felino estranhou, abaixando uma de suas orelhas, porém as mesmas se ergueram assim que ouviu tais palavras que soaram ameaçadoras quando vagavam pela pequena casa.

- M-me abandonar...

O sorriso tímido já havia sumido.

~•~•~

- Então é verdade...

Sussurou para si mesmo, enquanto o loiro ainda observava o horizonte, aonde na paisagem se encontrava poucas colinas e a neve que começava a cair pelos cantos daquele território.
Antes, deixe me explicar o que havia acontecido na cabana: Collin teve um pequeno desequilíbrio emocional, e começou a chorar quando não recebia respostas de Henrii sobre as suas perguntas. Tylor, Wentor e Sven notaram a confusão (Assim como todos os outros, já que o refúgio era totalmente pequeno) e ao adentrarem na casa, tomaram conta dos gêmeos para fazerem os mesmos pararem com o choro. Depois disso, Henrii decidiu levar Collin para o topo de uma colina não tão distante, aonde o mais jovem podia se acalmar e ouvir quaisquer dos detalhes que tinha direito de saber. Tudo ocorreu como Henrii esperava... A paisagem tranquilizou o seu Coelho, e ele fez questão de ouvir tudo e de uma maneira mais sincera, e por incrível que pareça muito mais relaxante à ouvir tudo pela parede, no mesmo dia que Tylor entregou a bendita carta.
Oh, a carta...

O Selvagem Do Meu Lince (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora