Estava chovendo muito e eu estava atrasada para o trabalho e o frio estava de congelar os pulmões ao respirar, esfrego minhas mãos e observo pela janela se a chuva dissipou, droga, vou na chuva mesmo. Desligo a luz da sala e saio de casa, ando o mais rápido que posso, até chegar lá ao trabalho.
Meu chefe Robert, estava conversando com outro funcionário quando me vê e sorri, vou direto ao meu armário vestir o uniforme e ir detrás do caixa. Dou um leve sorriso para uma senhora que costuma comprar aqui, ela retribui e some nos corredores. Ligo o computador e aguardo. Olho para o homem que acabou de entrar, vestia um casaco enorme preto e capuz, um vento gelado bate em mim e esfrego meus braços, o homem então vai para seção de ferramentas de construção e eu me arrepio de frio outra vez, o tempo mudou totalmente hoje. Minutos depois o homem volta com suas compras, ele me olha fixamente e pede sacolas de pepel, eu engulo em seco e passo as compras.- 30 dólares - Disse enquanto colocava tudo nas sacolas. Ele me entrega o dinheiro e percebo cortes em sua mão, por toda mão. Pego o dinheiro rapidamente e meu corpo inteiro se arrepia. Ele me olha pela última vez e sai.
- Alyssa? - Pulo de susto -- Alyssa? - Robert volta a me chamar. Desfaço a cara de susto.
- Sim?
-Você pode sair cedo hoje, trabalhou muito ontem - Ele diz.
- Prefiro ficar, sabe, não tenho nada para fazer hoje - sorrio
- Você quem sabe - Ele murmura e logo vai para o seu escritório.
Eu gosto do meu trabalho e de ficar até mais tarde, não tenho a mínima vontade de voltar cedo para casa e ficar sozinha, minha única companhia morreu ano passado, meu avô. Por conta de um câncer de pulmão, quando meus pais morreram ele ficou com minha guarda, eu só tinha ele e agora não tenho mais ninguém. Não tenho amigos por causa da minha timidez, eu gosto da solidão, eu prefiro ela. Quando estou me sentindo muito sozinha eu leio livros, muitos livros, eu uso meu salário para comprar livros e comida, mas estou procurando uma faculdade boa para fazer e então vou abandonar essa vida, é o melhor para mim agora. A final, não poderei ficar o resto da vida em casa lendo livros e rodeada de gatos, não é?19:30
Hora de ir embora, não está chovendo mas o frio piorou, visto meu casaco e apago as luzes. Sou a última a sair e sempre fecho o mercado, meu avô odiava isso e sempre me repreendia, morria de medo de que algo acontecesse comigo. 2 anos nesse emprego e nada me aconteceu.
Liguei meu celular e respondo algumas mensagens de amigos virtuais, passo a maioria do tempo livre conversando com pessoas. Posso dizer que tenho uma melhor amiga na Internet, o nome dela é Amy e mora em Londres, muito longe de mim, moro em Denver no Colorado, creio que um dia a gente possa se ver.O caminho de casa é tranquilo como te todas as outras vezes e me pego pensando naquele homem, okay, só porque ele é intimidante não posso pensar tanto assim. Tirei as chaves do bolso da calça e abri entrando rapidamente, avistei meu gato dormindo no sofá e dou um leve carinho nele, é meu único companheiro aqui em casa, eu acho que preciso de outros gatos. Para relaxar um pouco me sirvo de um bom whisky 1950 do meu avô e ligo a TV, estava passando o jornal local. No noticiário dizia que ia fazer mais frio essa semana e que todos deveriam se preparar.
Mais uma dose de whisky, vou para meu quarto abrir um pouco a janela para entrar ar. Mas, percebi aquele homem de capuz preto me observando, balanço a cabeça e fecho os olhos. Bebi demais. Abro novamente os olhos e ele não estava lá. Esse whisky é forte demais ou estou exagerando?
Mas aquele homem mexeu comigo, não sei porquê.
Quando me dei conta eu bebi quase a garrafa inteira, amanhã é meu dia de ficar em casa e não haverá problema em beber. Mas, a solidão está me machucando, eu choro, eu vou ficar sozinha para sempre? Bebo o último gole.
Sim, acho que sim.
Um barulho enorme vindo da sala me faz pular da cama e corri para pegar o meu taco de beisebol. Desci as escadas rapidamente para investigar e era openas o gato derrubando o vazo de plantas. Dou um suspiro enorme e vou até a cozinha, deixo o bastão no balcão e pego água. Estou um pouco bêbada, tudo gira ao meu redor e é melhor eu ir dormir. Me arrasto de volta para meu quarto e vejo a janela escancarada, que porra?
Fecho rapidamente e quando me dou conta à alguém atrás de mim. Todo o álcool no meu sangue dissipou questão de segundos, meu coração estava a mil. Fechei os olhos quando lembro do bastão na cozinha, droga!. Me viro rapidamente e é aquele homem do mercado, apontando aarma em mim.- Fique parada e quieta! - O homem praticamente grita.
Estou tremendo, e não é de frio.
- Quem é você e o que você quer? - Perguntei com a voz trêmula.
- Cala a boca!, não abra a porra da boca! - Ele diz autoritário. Meu medo percorre pelo corpo inteiro e fico estática, não sei o que esse homem vai fazer comigo e já penso o pior. Seu rosto estava com uma expressão séria e ao mesmo tempo aterrorizante, eu estou com tanto medo de que ele me mate, eu não quero morrer e isso me deixa mais apavorada ainda. Eu não mexo nenhum músculo do meu corpo, no momento eu só consigo chorar.
- Eu não vou te matar - Ele diz, guardando a arma. Meu corpo inteiro relaxa, mas meu medo não.
- Então... - Tento me mexer.
- Mas você virá comigo - Ele solta essas palavras e me deixa em choque, ir com ele?
-O que? - Perguntei sem acreditar em suas palavras.
Ele tira algo do bolso, um frasco pequeno com um líquido transparente, ele me entrega.
Analiso o frasco e meu medo cresce.
- Beba isso, se não quiser morrer aqui e agora - Ele diz friamente.
Eu pego e observo o pequeno frasco de vidro e sem hesitação eu bebo, não tem gosto de nada, talvez seja por causa da bebida. Ele me olhava até eu começar a perder a consciência, a última coisa que vejo é seu sorriso doentio.
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Doce Tragédia (EM REVISÃO)
Horor❗ Avisos: Contém palavras inapropriadas, morte e tortura. +18 Alyssa tem apenas 19 anos e uma vida pela frente, mas, a vida não é boa para alguns. No começo de um inverno, sua vida mudou completamente depois que Blake cruzou seu caminho, um assa...