Sabia que a culpa era minha

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• Toni on •

- Cheryl? - Eu falo após a ligação cair. O que estava acontecendo? Eu consigo rastrear a ligação de Cheryl, pois desde pequena meu pai me ensinou uns hacks. A localização foi localizada num local em Seattle chamado Baker Street, 21b. Eu olho para Lexie, minha amiga na faculdade, que tinha uma memória fotográfica que nos salvava e digo para ela:
- Eu preciso ir para lá. Cheryl está em perigo. - Eu digo desesperada.
- Vá, não é muito longe daqui. Se você pegar um avião consegue chegar lá em 1h30min.
- Obrigada, Lexie. - Eu falo pegando meu celular e discando para Verônica. Acho que precisava da ajuda dela.
- Toni? - Verônica diz surpresa.
- Oi, Verônica, me escuta, mas não surta.
- Já estou surtando.
- A Cheryl e a Betty foram sequestradas. Eu sei onde elas estão, mas preciso da sua ajuda.
- O QUÊ? COMO ASSIM?!
- Depois eu te explico.
- Como do nada elas foram sequestradas? Meu Deus, só com com a gente mesmo para acontecer isso...
- Concordo... Mas você precisa me encontrar lá no aeroporto de Seattle. A gente tem no mínimo quatro horas.
- Acho que se conseguir um avião chego lá em 2hrs.
- Então vamos, mas não conte para ninguém! Se não a gente pode estar colocando-as em maior perigo.
- Tudo bem, te encontro lá.

• Jughead on •

- Alô? - Eu falo após um homem ligar para mim.
- Jughead Jones?
- Sou eu. O que aconteceu?
- Jelly Bean Jones foi encontrada baleada num beco e está nesse momento no hospital. Ela está correndo risco de vida, acho que você deve vir para cá.
Meu celular cai de minha mão e só escuto a voz no fundo de Sweet Pea enquanto eu saio correndo.
O que eu fiz? Nunca devia tê-la deixado se adentrar no meu mundo, eu sou o culpado. Por que tudo sempre acontece comigo? Já na basta tudo que já vivi...
Eu me dirijo para o hospital e quando chego na frente dele, flashbacks vêm na minha cabeça. A pior noite da minha vida.
" Betty, fica comigo! Não vá!"
" Ela esta correndo risco de vida, senhor, com licença!"
"Sem resposta aos estímulos, carregue em 150. Afaste!"
" Ela não pode morrer!"
" Jug fica comigo, sinto muito."

Lembro de Betty atravessando o portão da emergência, enquanto imagens de Tall Boy morrendo e de Polly atirando em Betty estavam em minha cabeça. Lembro do jeito que Betty caiu no chão após o tiro, como se fosse uma pena. Agora era Jelly Bean ali, naquela confusão, pessoas chorando, sangue e médicos para todo lado. O meu inferno particular, que me trazia as piores lembranças.
- Senhor Jones? - Uma mulher sorri para mim e seu rosto me parece familiar. Claro, era a recepcionista de quando era a Betty lá.
- Olá, onde está minha irmã? Eu quero vê-la! - eu praticamente grito.
- Ela está em cirurgia. A bala atravessou a artéria dela, ela está correndo risco de vida. Se eu fosse você rezava.
- Eu não quero rezar! Quero que ela fique bem!
- Senhor, acalme-se.
- Onde ela foi encontrada?
- Não podemos te dar essa informação.
- SE VOCÊ NÃO ME DER EU TE MATO!
- Era o beco 23, no Sul. Ao lado do bar do Danny.
- Obrigada. - Eu saio correndo em direção à lá.
Eu sabia que não foi um engano. Sabia que não foi por um acaso aquele tiro. Sabia que estávamos entrando numa guerra. Sabia que foi Penny que atirou. Sabia que a culpa era minha.

• Betty on •

- Está resolvido? - escuto David falando num telefone. - Se ela não morrer tudo vai ter sido em vão.
- Quem era? Quem você matou? - Pergunto.
- Isso não te diz respeito.
- Passou a fazer a partir do momento que estou amarrada a cinco dias nessa cadeira.
- Quer saber? É Jelly Bean.
- Por que ela? Como?
- Não seja burra, Betty. Ela é o melhor jeito de atingir Jug.
- Por que você está fazendo isso?
- Porque Riverdale é uma cidade de pecadores, e eles devem sofrer.
- Nossa, estou emocionada sabia? Você não está pecando?
- Às vezes precisamos nos corromper para uma justiça. Vingança pelo meu pai.
- Ah, cala boca!
- O que disse?
- C-A-L-A a B-O-C-A, seu babaca.
David pegou uma agulha com um líquido dentro e injetou com a maior força em meu pescoço.
- O que é isso?
- A droga que está pairando sobre a cabeça do seu namorado. Mas nesse caso, pura.
- Seu... - Eu começo a falar mas entro em estado de transe e meu corpo começa a tremer. Eu começo a ver tudo embaçado, com imagens passando em minha cabeça. As imagens dos piores momentos da minha vida.
- O hospício:
"Estava observando a rua a uns sete minutos, quando começo a escutar um barulho de moto. Esse som não era estranho... Era a moto de Jughead! Ele estava ali! Eu começo a berrar, com a esperança que ele pudesse me escutar, mas somente o vejo na moto com seus cabelos negros voando ao vento. Ele não me escutou. Eu começo a chorar desesperadamente... Ele estava tão próximo de mim! Por quê? Por quê? Por quê? Dou um murro na parede tão forte que sinto que desloquei um osso. A dor não me incomodava, pois era tão pequena comparada com que eu estou sentindo..."

- A suposta morte de Jug.
  "  De repente, um estrondo, um barulho de um tiro assusta a todos do local. O tiro veio do local onde é a sala de SweetPea. Eu arregalo meus olhos e percebo que os outros também ficaram apavorados. Todos trocaram olhares assustados.
        - Não, não pode ser! - eu falo chorando desesperadamente - ERA O JUG! ELE ESTAVA LÁ! POR QUÊ? Não! Ele simplesmente não pode ter morrido."

     Tudo de ruim que está  acontecendo comigo... Sempre esteve destinado. Sabia que a Cheryl não estava bem. Sabia que Jug estava com dor. Sabia que Vee estava sozinha. Sabia que Riverdale está um caos. Sabia que minha vida estava um inferno. Sabia que a culpa era minha.

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Aaaa desculpa a demora para postar, minha internet está muito ruim e meu teclado está bugando. Masss espero que tenham gostando e só posso dizer: Nada é tão ruim que não possa piorar.

Não me matem, amo vocês <3

𝙏𝙧𝙪𝙚 𝙇𝙤𝙫𝙚 𝙄𝙄 | 𝘳𝘪𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘭𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora