Comecei a perder muito sangue com aquele ferimento. Minha tontura cada vez maior. Não enxergava mais nitidamente, mas pude ver Dean ainda me observando com sua expressão fria. Ele segurava a Primeira Lâmina com muita força, como quem nunca mais fosse soltar.
-DEAN! LARGUE A LÃMINA!- disse Sam para Dean, que apertava cada vez com mais força.
-DEAN!- gritou Bobby ainda sentado no chão ao lado de Deb.
Por algum motivo de força maior Dean conseguiu soltar a Lâmina, mas demorou alguns minutos para se recuperar. Sam veio até minha direção junto com Deb.
-Sam, leve Bobby para o carro. Eu ajudo a Julia- disse Deb se ajoelhando e apoiando minha cabeça em sua perna.
-E você.. v-vai conseguir?- falei sussurrando e dando uma risadinha.
-Fica quieta. Não fala nada.-ela disse para mim enquanto eu aguentava os olhos para não fecha-los
. . .
Abri meus olhos, ou pelo menos tentei abri-los, pois havia uma luminária em cima de mim com uma luz muito forte. Me mexi na cama tentando me levantar, mas não pude pelo fato de que minha perna estava enfaixada da coxa ao joelho.
-Julia... que bom que você acordou- disse Dean se levantando de uma poltrona e vindo até minha direção. Eu estava em uma cama de hospital e Dean havia trocado de roupa.
-Quanto tempo eu estou aqui?- perguntei para ele me sentando de leve na cama com ajuda de Dean.
-Dois dias- respondeu ele se sentando na beira da cama.
-Como eu vim parar aqui?- perguntei.
-Não se lembra de nada?- ele perguntou passando a mao na nuca e depois olhando novamente para mim.
- Só lembro de a cabeça do desgraçado cair na minha barriga.. e depois eu estava aqui.- respondi para ele sendo interrompida por uma enfermeira que entrou na sala.
-Olá! Que bom que você acordou Sra. Duddley- disse a enfermeira pegando uma caneta e anotando na plaqueta da minha cama.
-Quando eu vou sair daqui?- perguntei para ela sendo um pouco impaciente.
-Você perdeu muito sangue, tivemos que doar sangue para você. Mas ainda bem que você tem um marido maravilhoso. Passou a noite aqui nessa poltrona dura. Você tem sorte- ela disse para mim enquanto olhava minha perna- Mas provavelmente amanhã você já ganha alta.
-Eu sei que tenho sorte- falei sorrindo como quem aguentava uma boa gargalhada
A enfermeira saiu do quarto e encostou a porta, enquanto eu olhava para Dean. Começamos a rir por uns segundos, até que nos acalmamos e começamos a conversar.
-Como foi que cheguei aqui?- perguntei
-Após eu matar o vampiro Deb queria te ajudar, mas eu cheguei e mandei ela ir ajudar o Bobby. Provavelmente ela não iria conseguir te pegar no colo... Levei você no colo até o impala e te trouxe aqui.- explicou Dean
-E onde está Deb?- perguntei para ele
- Ela estava aqui até uma hora atrás. Ela queria ficar mas pedi que ela fosse para casa cuidar do Bobby- disse ele se levantando e caminhando pelo quarto.
-Preciso ir pra casa comer uns bacons- falei enquanto estava entediada.
Dean se aproximou de mim. Eu estava sentada na cama e ele se sentou mais perto de mim e chegou mais perto, como quem iria me beijar.
-Nem pense nisso- falei para Dean que me olhou serio.
-Eu salvei sua vida- ele respondeu tentando me beijar novamente, mas interrompido com um tapa que lhe dei no rosto- ai! Eu mereci isso.
Isso foi a coisa mais emocionante que aconteceu naquele hospital nos dois dias que fiquei por lá. Recebi alta e pude sair daquele quarto na manhã seguinte. Os medicos me deram alta e um par de muletas, pois eu havia machucado um musculo da cocha.
-Eu não devia nem te levar pra casa pelo tapa de ontem- disse Dean abrindo a porta do carro para que eu entrasse.
-Ok. Eu chamo Deb. Sem problemas- falei com firmeza.
-Estou brincando, estressadinha- Dean respondeu tentando me ajudar a entrar no carro, mas eu o impedi entrando sozinha. Ele fechou a porta e deu a volta entrando no lado do motorista. Nossa volta para casa foi um pouco perplexa, porque Dean ficou quieto e quando ele tentava falar eu devolvia com grosserias.
Chegamos em casa e ja fui recebida por Deb, Sam e Bobby na porta. Desci do carro e fui devagar com as muletas até a porta.
-Meu Deus, menina! Que susto que você deu!- disse Bobby para mim enquanto me ajudavam a entrar.
-O que posso dizer? Sou muito amada por aqui- respondi rindo e me sentando no sofá
Deb me deu um abraço e foi na cozinha buscar uma torta e uma coca cola gelada. Eu gostaria de uma cerveja, mas ela disse que não seria muito bom enquanto estou machucada e enfaixada como uma coitada... Droga.
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The Family Business
FanficJulia, caçadora, amiga, sobrinha. Vivendo no limite desde seus 20 anos, quando começou a caçar. Na companhia de Bobby, seu tio, Deb e futuramente os Winchesters, vivem altas aventuras. (Descrição gay, não?)