The Family Business

Capitulo 1

Capitulo 1

   5 horas da manhã. Droga! Odeio acordar cedo. Mas infelizmente o dever me chamava. Desliguei então o radio relógio e peguei meu celular: "Achamos o Sthriga, me liga de volta. Deb"

  -Só mais cinco minutinhos, bitch... -falei me virando e me cobrindo até a cabeça.

"Rock of ages, rock of ages"

  -SON OF A BITCH!-falei abrindo os olhos e pegando meu celular. - Meu cadáver será enterrado! - resmunguei pois vi que era Deb que estava me ligando.

  -Han... iae -falei coçando meus olhos e me sentando na cama.

  -IAE? CADÊ VOCÊ?- Deb tecnicamente gritou tão alto que despertou o restinho de sono que ainda me tinha.

  -Eu estou saindo de casa- deixei escapar um bocejo que acabou me entregando.

  -Não está, não! Eu te enviei uma mensagem as 5 horas da manhã! -nesse momento olhei para o rádio relógio que marcava 5:45 da manhã- SABE QUE HORAS SÃO?

  -Hora dos Teletubbies? -deboxei. Ouvi uma grande chuva de grosserias após esse comentário tao ingênuo que fiz. -Eu ja estou indo, relaxa.

   Desliguei o celular e levantei da cama. Eu estava em um hotel que dizia ser 5 estrelas, mas pelo colchão duro e alguns ratos que tive que matar durante esses quatro dias que eu fiquei hospedada, eu dava umas 2 estrelas.

  Fui até o banheiro e lavei meu rosto. Peguei minhas jeans e minha regata preta da banda "Kansas"  e coloquei os meus all star's pretos.

  -Onde está minha jaqueta? Bolas! devo ter deixado no carro!

   Eu tinha um Camaro 69  da cor preta. Meu tesouro. Meu bem mais precioso fora o meu tio Bobby, que mesmo fazendo alguns anos que nao o vejo, sempre será meu Tiozão.

Fui até meu carro e saí dirigindo. Passei uma hora dentro do carro indo para Massachusetts, poucas horas da casa do meu tio. Quem sabe eu passe por lá.

  A caminho de lá recebi um telefonema:

  -Qual é? Quem vai fazer eu abaixar o volume bem na hora do meu solo de guitarra favorito? - disse enquanto pegava meu celular e vendo quem era. Atendi.

  -Chora. -falei

  -Já matamos o Sthriga. Não que você tenha demorado, mas já resolvemos -resmungou Deb ironicamente.

  -Ok, Ok. Estou indo para casa do meu tio, Bobby. Pega seu carro e vá pra lá. -falei logo aumentando o volume da música.

  -JULIA SINGER HOYING! ABAIXA ISSO! - falou, ou gritou, ou brigou Deb.

  -NÃO CONSIGO TE OUVIIIIIR!! HAHAHAHA TCHAAAAU, BITCH! - gargalhando desliguei o celular.

  Se ela iria ficar brava comigo por causa disso? Lógico que não.

Meia hora depois disso parei no posto de gasolina para encher o tanque. Ou melhor, os tanques. Estacionei meu Camaro em uma bomba. Havia um carro antigo maravilhoso na bomba ao lado. Um Impala 67  preto, em perfeito estado e nos dias de hoje? Muito difícil achar... Enfim, entrei no posto e comprei um engradado de cerveja, ou dois, ou mais... E alguns chocolates. Paguei pela comida e pela gasolina e sai de dentro do posto indo em direção ao meu carro. Infelizmente não estava mais ali o belo carro. Não tive chance de adimirar muito...

  Entrei no meu carro colocando as coisas no banco de trás e indo rumo ao ferro velho do meu tio. Meu tio... o que falar dele... um velho ranzinza que antigamente vivia resmungando de tudo. Talvez essa parte de resmungar antigamente não tenha mudado...

  Cheguei e estacionei o carro na frente do ferro velho. Que saudades! Aquele cheiro de ferrugem, e tudo amontuado...

  -Heeey, Rumsfield! -corri acariciando a cabeça do cão mais velho que vi na minha vida!

Ouvi um barulho de porta abrindo e logo vi meu tio:

  -JULIA!! -disse Bobby todo sorridente. - QUE SAUDADES, GAROTA! Você cresceu! Ultima vez que te vi voce estava com 18 anos, e veja agora?! 25 anos?

  -28, tio! hahaha -Meu tio não é do tipo que lembra idade. -Senti muita falta de você! Das suas conversas... de tudo.

-Vamos entrar... Me conte como está sendo a vida -falou Bobby.

  Entramos e logo dei uma olhada em tudo. Tudo igual como antes: mesmo sofá, mesmo papel de parede, mesma biblioteca, os telefones pendurados... tudo.

  -Por onde você andou? - disse ele se sentando no sofá.

  -Bom, você sab... -antes que pudesse terminar de falar, ou começar, ouvi um ronco de motor acompanhado por um som alto de "TNT-AC/DC" . Ouvia-se junto vozes masculinas que pareciam um casal de homens gays discutindo. Algo do tipo:

  -Precisava ouvir tão alto?

  -Bitch, please! É Rock!

  -Mas você poderia ouvir mais baixo.

  -Marica!

  -Jerk!

  Ouvi as vozes mais proximas da porta, até que a porta se abriu...