"Lembram-se do pedido de Lily para a tal "fada"?... " — Eu pedi para ela fazer você e o papai viverem juntos pra sempre, nessa vida e em várias outras, e pedi para ser filha de vocês em todas elas" Então..."
🍃Enquanto isso, ali em outra vida, outro tempo, outra realidade, o pedido de Lily fôra atendido🍃
Ucker: Você só pode estar me zoando!.— a olha incrédulo, ela nega com a cabeça.— Só transamos uma vez, Dulce, uma vez! E eu estava pra lá de bêbado...
Dulce: Eu também estava! Caso contrário nunca teria perdido minha virgindade com um otário igual à você!.— esbraveja e o empurra, as lágrimas banhando seu rosto jovem
Ucker: Perdeu a virgindade comigo é? Quem me garante que não está querendo me dar um golpe?.— cruza os braços de forma arrogante
Dulce: Você é um idiota!.— respira fundo e seca as lágrimas.— Finja que essa conversa nunca aconteceu, eu me viro com o bebê do jeito que puder, só lamento o fato dele ter um pai tão imbecil.— suspira e se retira dali, pega sua mochila e ajeita nos ombros.— Pelo visto somos só eu e você.— olha para a barriga, e se vai, sem rumo, sem amigos, sem família, sem alguém que possa ajuda-la.
Ucker: Mas que merda... eu engravidei uma menina.— passa a mão pelo rosto.— Só pode ser um pesadelo, eu com dezessete anos engravidei uma garota de dezesseis! Caralho...
🍃Dois dias depois🍃
Ucker: Mas o que?... Vini, pare aqui!!.— manda, atordoado.
Vini: Mas está chovendo, senhor.— encolhe os ombros
Ucker: Que se foda! Pare a porra do carro!!.— nervoso, o motorista para o carro e Christopher sai as pressas, indo em direção a menina deitada no banco sujo da praça, não parecendo se importar com o temporal, assim que a viu, reconheceu-a na hora.— Hey, Dulce! Acorde... está chovendo!.— a chama aperreado e ela tenta abrir os olhos
Dulce: Você...— diz baixinho
Ucker: Sim, sou eu, o que você está fazendo aqui?.— tira a jaqueta e a coloca à cima de suas cabeças para parar os pingos de chuva
Dulce: Eu não tenho pra onde ir.— volta a fechar os olhos, seu corpo todo dói.— Meus pais me colocaram para fora de casa assim que souberam do bebê, eu não tenho nenhum parente ou amigos por aqui, e você não quis saber...
Ucker: Merda Dulce, você deveria ter me dito isso aquele dia, eu nunca a deixaria desamparada assim.— suspira, agora o remorso o está corroendo.— Vem comigo!
Dulce: Não...
Ucker: Dulce...
Dulce: Não consigo levantar, me sinto fraca, meu corpo dói.— com a voz fraca
Ucker: Venha.— coloca a jaqueta em cima de seu pequeno corpo frágil e gelado.— Não vou deixa-la aqui.— a pega no colo com cuidado e anda apressado até o carro, ele entra com a garota e fecha a porta.— Vini, para o hospital! Agora!!
🍃Alguns minutos depois🍃
Ucker: Ela vai ficar bem? E o... bebê?.— sente o coração apertar.— Ela está grávida, papai.— suspira.— E o pai da criança sou eu...
Vitor: Christopher...— respira fundo e nega com a cabeça.— O que você fez com essa menina, meu filho? Sua mãe já sabe disso?
Ucker: Depois eu explico melhor, e sim ela sabe, falei com ela à poucos minutos por telefone.— coça a nuca.— Responda-me!
Vitor: Ela e a criança estão bem.— checa a prancheta que lhe foi entregue.— Mas está exausta... e com essa chuva temo que ela possa ficar gripada!
Ucker: Eu vou ficar aqui com ela.— anda até a cama hospitalar onde a menina está dormindo
Vitor: Tudo bem, depois conversaremos com calma, tenho mais pacientes para atender.— se retira do quarto
Ucker: Eu poderia ter evitado isso, sinto muito Dulce.— toca o rosto dela e suspira com pesar.— Assim que tiver alta, irá morar comigo...
Dulce: Mas você nem acredita que esse bebê seja seu.— resmunga, o pegando desprevenido pois achava que ela estava dormindo
Ucker: Eu acredito em você, e mesmo que o seu bebê não seja meu, eu não seria capaz de deixa-la desamparada assim.— com o tom de voz baixo
Dulce: Podemos fazer um teste de DNA, se quiser, assim acabamos de vez com sua dúvida. — suspirando
Ucker: Você não se importaria?.— morde o lábio e ela nega com a cabeça
🍃Algumas semanas mais tarde🍃
Alexandra: Tem certeza disso, querida?
Dulce: Tenho sim, não tenho mais cabeça para a escola.— suspira.— Não tenho nem amigos...
Alexandra: Mas agora você tem o Christopher, e bem... tem nós!.— sorri ternamente
Dulce: Eu sei disso.— tenta sorrir mas acaba por chorar.— Sou grata por ter vocês na minha vida.— abraça Alexandra, que a acolhe em seus braços, de forma maternal.
🍃Mais algum tempo depois...🍃
Ucker: Dulce?.— vai andando até ela, sua barriga saliente já chama bastante atenção.— O que faz aqui?.— beijando sua testa carinhosamente
Dulce: Eu precisei falar com o diretor, ai aproveitei que já estava quase na hora da saída e resolvi te esperar.— morde o lábio o olhando e acaricia a barriga.— E também, estou ansiosa para contar a novidade...
Ucker: Pode dizer...
Dulce: Eu fiz outro ultrassom hoje, e agora já sei o sexo do bebê.— sorri de leve
Ucker: Eu gostaria de ter ido.— torce a boca, desgostoso.— Mas... e então?
Dulce: É uma menina.— sorri e pega a foto do ultrassom, de dentro do bolso da calça.— A doutora me deu isso, é o rostinho do bebê.— estende a foto pra ele, Ucker pega e a observa atentamente, o rosto de sua filha, por algum motivo a foto o fez lembrar de algo.
Ucker: Lily...
Dulce: O que?.— olhando-o confusa
Ucker: O bebê, nossa filha... ela tem cara de Lily.— pensativo
Dulce: Lily... é um lindo nome, você gostou é, meu amor?.— acaricia a barriga e sorri, o bebê acaba de chutar-lhe.— Ela está chutando, gostou do nome!
Ucker: Eu posso sentir?.— apontando a barriga dela, Dulce raramente o deixa toca-la, isso o fere por dentro
Dulce: Pode.— levanta a camisa, pega as mãos dele e as coloca em sua barriga
Ucker: Oi princesa, aqui é o papai.— se inclinando para beijar a barriga de Dulce, a pequena lhe presenteia com um chute forte, fazendo-o sorrir emocionado.
Dulce: Esse é o jeito dela de dizer "Oi papai, eu te amo". — fazendo voz de bebê, ele sorri todo bobo e se endireita.
Ucker: Obrigado por isso, Dulce... a Lily é o melhor presente que já ganhei na vida.— abraçando-a, Dulce também o abraça, com um pouco de dificuldade, a barriga sendo um lindo empecilho entre eles.
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Estava Escrito
FanfictionEsse é o nosso amor, um grande amor, que apenas tenta existir e não morrer, será talvez que tudo estava escrito?!