Onde você estava?

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🍃Algumas horas depois...🍃

Dulce: Eu sei, calma amor... o papai já volta.— ninando sua filha, ela está inquieta, sente falta do pai.— Droga, Christopher... onde você se meteu?.— olha no relógio, 3:20 da manhã.

Ucker: O que ela tem em?.— entra no quarto, mal humorado.— Ouvi o choro dela lá de fora!

Dulce: Você some durante quase seis horas e volta irritado com o choro de um bebê?.— o encara.— Ela está sentindo falta do pai! Onde você estava?

Ucker: Não é da sua conta, trate de acalmar essa menina, isso é obrigação sua.— vai até o closet e sai de lá com um travesseiro e um edredom.— Estou indo dormir na sala...

Dulce: O que está acontecendo? Por que está agindo assim?.— vai até ele.— Ucker fala comigo, amor.— fica na frente dele.

Ucker: Não me chame de amor!.— grita.— E faça ela calar a boca! Esse choro me irrita!.— sai do quarto.

Dulce: Shhh calma, não foi nada.— acaricia a cabeça do bebê, ela se assustou com o grito do pai e está chorando ainda mais.— Não chora amor.— começa a chorar com a filha, ele nunca havia ficado assim nesse estado, e nunca havia gritado com ela.

Alexandra: Christopher, por Deus! Que gritaria foi essa?.— vai até o filho, ele está parado do lado de fora do quarto, olhando para o nada, apático.— Merda... isso nunca mais havia acontecido.— fica na frente dele.— Filho.— assopra o rosto dele de leve, o loiro olha para a mãe e arregala os olhos antes de cair ao chão, desmaiado.— Filhote, a mamãe está aqui.— ajoelha ao lado dele e bate em seu rosto de leve, depois de alguns segundos ele desperta.

Ucker: Mãe.— sentando-se com dificuldade.— Como eu vim parar no chão?.— levanta.— Minha filha está chorando...— preocupado.

Alexandra: Aconteceu de novo.— levanta.— Você ficou em transe outra vez, acho que gritou com a Dulce...

Ucker: Ah não...— fecha os olhos com força.— Eu vou falar com ela.— entra no quarto outra vez, a procura com os olhos, Dulce está chorando junto com a bebê, parece assustada.— Dul...

Dulce: Achei que fosse dormir na sala!.— seca as lágrimas.

Ucker: Não amor, eu gritei com vocês?.— a olha, ela assente, fungando.— Desculpa, no meu estado normal eu nunca faria isso.— anda até elas.— Eu já vou te explicar o que aconteceu, deixa só eu tentar faze-la parar de chorar.— tenta pegar a bebê, ela se afasta.— Amor... sou eu aqui.— manhoso.

Dulce: Você me assustou, cretino.— suspira e entrega a pequena pra ele.

Ucker: Pronto meu amor.— nina sua bebê, ela rapidamente se acalma com a presença do pai.

Dulce: Pode ir explicando...

Ucker: Quando meu cérebro se sobrecarrega, eu entro no piloto automático, não tenho mais controle sobre as minhas ações, parece que eu desligo minha sensibilidade, e aí quando volto ao normal não costumo lembrar de nada.— suspira.

Dulce: E o que sobrecarregou você?.— cruza os braços.

Ucker: Nada demais, eu só estava cansado, com sono.— mente.— Foi isso...

Dulce: Tudo bem, não sabia que isso existia, vivendo e aprendendo.— vai até a cama e deita.— Também estou cansada, vamos descansar, sim?.— o olha.

Ucker: Sim... ela dormiu.— vai até a cama, coloca-a deitadinha no meio do colchão e se deita ao lado dela.

Dulce: Boa noite!.— desliga a luz e deita.

Ucker: Dul?

Dulce: Hum?

Ucker: Você não está acreditando em mim, não é?

Dulce: Não, você mente muito mal!

Ucker: Mas eu falei sério, você acha mesmo que no meu estado normal eu teria gritado com vocês?

Dulce: Você disse que o choro dela o estava irritando, sabe Ucker, ela é só um bebê, não sabe se expressar de outra forma! E você também foi extremamente machista... quem me garante que aquele não é você de verdade e esse que está conversando comigo é só uma fachada?.— desconfiada.

Ucker: Desculpa amor, fazia um tempo que não acontecia isso, eu juro pra você que aquele não era eu... quer dizer... era o meu corpo, mas a minha alma tido ido passear...

Dulce: Tudo bem, mas eu não engoli o fato de você ficar daquele jeito por estar com sono, já vou logo avisando...

Ucker: Eu não posso te contar o real motivo, mas posso adiantar que tem a ver com os nossos pais, comigo com você e com a Lily.— suspira.— É algo bem inquietante...

Dulce: Agora eu estou curiosa.— liga o abajur e olha pra ele.— Vai, desembucha!

Ucker: Não posso, juro que não posso falar nada até ter a certeza que tudo está resolvido.— olhando-a.

Dulce: Tudo bem vai.— suspira.— Não vou insistir...

Ucker: Tá okay.— morde o lábio.— Dul?

Dulce: Fala...

Ucker: Você já soube de algum caso de irmãos que se apaixonaram um pelo outro e tiveram filhos?.— pergunta como quem não quer nada.

Dulce: Já vi na televisão, é meio bizarro né?.— faz careta.

Ucker: Talvez, e será que as crianças nascem saudáveis e sem nenhuma doença?.— olha para a filha.

Dulce: Não sei, acho que o DNA poderia trair essas pessoas, a criança pode até nascer saudável só que mais tarde pode vir a ter um atraso no desenvolvimento.— pensativa.

Ucker: Espero que não.— ainda olhando a pequena, todos no hospital disseram que sua filha é perfeitamente saudável e bem desenvolvida, mas agora sem saber a verdade isso o está preocupando.

Dulce: Eu também, tadinhas das crianças né?.— faz bico.— Eu não sei o que faria se a minha bebê tivesse algo, mas como não é o caso.— olhando para a filha.— Ela é perfeita, herdou o melhor de nós dois! Mas não somos irmão então deixa em off.— achando graça.

Ucker: Pois é.— tenta rir mas não consegue.— Vamos dormir né... estou mesmo cansado!

Dulce: Vamos.— se ajeita na cama e desliga o abajur.— Boa noite amor...

Ucker: Boa noite Dul.— respira fundo e se cobre, dormindo logo em seguida.

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