Quando abro os olhos, minhas pálpebras ardem e eu fecho imediatamente. Minha cabeça parece latejar como as batidas de um coração.
No entanto, minha posição é confortável, quentinha e tranquila. Levo alguns segundos para ter consciência do meu corpo e do que aconteceu ontem. Abro os olhos quando sinto minha mão espalmada em uma... bunda?
Olho para o lado e vejo os cabelos negros de Charlie espalhados pelo travesseiro e parte do meu peito.
– Se eu abrir meus olhos e ver sua mão no meu corpo, isso vai ser a última coisa que você vai fazer tendo mãos. – Charlie diz, ainda de olhos fechados e eu a afasto como se estivesse em brasas.
Levanto com rapidez, e o movimento brusco faz minha cabeça latejar. Solto um gemido enquanto tento me situar. Mas apenas lembro de jogar strip uno com algumas meninas na festa. Olho para Charlie, de pijamas, e eu mesmo apenas de cueca.
– Não me diz que nós... – Nem consigo terminar a pergunta, desesperado. Charlie ri.
– Não, Don Juan. Considerando que você não transa, você faz amor. – Charlie levanta, sentando do lado oposto da cama. Faço uma careta, sentindo vergonha das coisas que eu nem sei que disse e nem lembro que fiz. – Não adianta ficar vermelho agora.
– Eu não acredito que me deixei levar pela bebedeira... – Digo, me arrastando para o banheiro.
Lavo meu rosto e escovo os dentes, mas decido tomar um banho para amenizar a dor de cabeça e a tontura. Até que alivia, mas ainda sinto o enjoo e a dor. Quando saio do quarto para pegar uma roupa, Charlie ainda está deitada na cama com o rosto enfiado em um dos travesseiros. Como Melody tem um biotipo menor que Charlie, as roupas da minha ex ficaram consideravelmente justas no corpo da Badgirl. O suéter até que cai perfeitamente, mas o shorts... Digamos que valorizou ainda mais o corpo de Charlie, de um jeito que é difícil não olhar.
De volta ao banheiro, me visto e penteio o cabelo. Assim que saio, dou uma travesseirada em Charlie. Ela levanta a cabeça, seus cabelos adoravelmente desgrenhados.
– Vem, vamos tomar café. – Chamo, indo para a porta. – Tem uma escova de dentes no armário em baixo da pia.
Desço as escadas e assim que chego na cozinha, Hazel está terminando de colocar a louça na máquina.
– Bom dia, raio de sol. – Saúdo Hazel, a senhora que trabalha em casa desde que posso me lembrar. A senhorinha de cabelos brancos sorri amigável.
– Bom dia, menino. – Ela aceita o beijo que deixo em sua bochecha. Seria um clichê total dizer que Hazel praticamente me criou? – Seus pais saíram bem cedo para a viagem. Quer que eu coloque a mesa, Dan? – Ela pergunta.
– Eu mesmo faço isso, Hazel. Por que não aproveita que os meus pais saíram e vai passar o final de semana com a sua filha? Ela está com sete meses? – Pergunto enquanto lavo as mãos. Hazel dá um sorriso orgulhoso ao lembrar da filha.
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Como Ser Um Badboy
Любовные романыDaniel foi humilhado pela garota que ama na frente de toda a Universidade. Quando o semestre seguinte começa, ele precisa encarar novamente todos aqueles que riram dele. Acostumado a ser o nerd deslocado e invisível, precisa arrumar um método de lid...