18. Charlie

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Quando finalmente aterrissamos, estamos em um aeroporto particular aos pés de uma montanha

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Quando finalmente aterrissamos, estamos em um aeroporto particular aos pés de uma montanha. Colocamos nossas bagagens dentro de uma cabine que nos leva para cima.

Aproveito enquanto ainda há sinal, e mando uma mensagem de Feliz Natal adiantado para Leds e meus amigos, assim como um vídeo que eu havia deixada gravado para o pessoal da casa de repouso. Eles estavam acostumados a me ter no natal todo ano nos últimos dez anos. Com certeza passar essa data longe, vai ser difícil para mim e para eles.

Leds me responde e ainda manda uma foto de Coffee esparramado em sua cama. Quando o sinal acaba, eu ergo o olhar e vejo a paisagem.

Não posso evitar ficar surpreendida, mas não deixo o deslumbramento se estampar em meu rosto. Fico perto de Daniel enquanto subimos.

Sei que Elise, mãe de Daniel, está de cabelos em pé por eu estar ali, intrusa na viagem de família dos Allemand. Eu tentei dizer para Dan durante a semana que talvez não fosse uma boa ideia ir com eles para a França. Mas o Príncipe me disse para não dar esse gostinho a ela. E eu estava naquela viagem por ele e por Theo.

Eu estou me esforçando ao máximo para não perder minha paciência. Mesmo sendo convidada por Daniel, eu ainda sou a forasteira. E mesmo que a Sra. Allemand seja um pé no saco, não posso simplesmente despejar algumas verdades na cara dela desse jeito.

O pai dele, eu notei, não era muito falador. Quieto, ele parece bastante observador, de um jeito que às vezes me deixa desconfortável. Apesar disso, ele não me faz sentir mau apenas de estar em sua presença, diferente de sua esposa.

– Está tudo bem? – Daniel pergunta, no meu ouvido. Não tiro o olhar da paisagem enquanto o bondinho de vidro sobe.

– Sim.

Quando o transporte para, já mais alto na montanha, logo vejo um chalé de paredes de pedra, enorme. Ainda maior que a mansão dos Allemand. A porta principal é dupla de vidro, mas as cortinas estão fechadas. Além disso, há um deck de madeira cercando o imóvel, e os telhados são alongados.

Se aos pés do monte estava frio, no topo dele eu poderia congelar. Felizmente, a distância da estação do bondinho até a casa deve ser uns 20 passos.

Não demora até dois homens saírem do chalé, eles estão vestidos de preto e usam casacos grossos. Ambos se dividem em pegar as malas de todos, mas eu faço questão de levar a minha própria bagagem. E acho que vendo minha atitude, Daniel fez igual. A madame, Sra. Allemand, segue desfilando para dentro da casa com seu casaco de pele, que eu torci o caminho inteiro para ser artificial.

Daniel e eu entramos por último. Mas meu corpo é imensamente grato pela onda de calor lá dentro. Removo o casaco e uma funcionária o pega junto com os outros e coloca em um armário.

Na sala, nos deparamos com quem suponho ser a família Allemand. E a parte de apresentações, que eu abomino, começa.

Meus olhos se direcionam de cara, aos mais velhos. Um casal que parece ter lá seus 70 anos, apesar de suas cabeças brancas, eles tem aparência de gente rica. A Sra., usa um terninho que provavelmente custa o valor da minha moto, e suas joias de perolas reluzem à luz da lareira. Seu olhar sobre mim é enigmático e avaliativo, mas não sei dizer se é bom ou ruim. Amélia Allemand é a esposa do patriarca da família.

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