4. Charlie

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Combinei com Daniel para que ele passasse na minha casa para me levar para a festa na fraternidade de Lionel, antiga fraternidade de Leds, mas ele havia se mudado de lá para um apartamento, já que a sua bissexualidade não se dava bem com os outros...

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Combinei com Daniel para que ele passasse na minha casa para me levar para a festa na fraternidade de Lionel, antiga fraternidade de Leds, mas ele havia se mudado de lá para um apartamento, já que a sua bissexualidade não se dava bem com os outros rapazes de lá, que sempre criavam rumores sobre o loiro.

Estou atrasada na arrumação quando ouço a buzina do lado de fora. Passo um batom vermelho e pego minhas botas e o casaco, indo em direção à saída.

Tranco a casa e corro descalça para o banco do passageiro de Daniel. Assim que entro, sinto o perfume amadeirado exalando dentro do confinamento do carro.

– Pronta para ir? – Ele pergunta, já acelerando o carro. Daniel parece mais confiante com o estilo que eu defini para ele, já que passou a semana inteira nesse estilo. Agora, ele usa um boné para compor sua calça preta e camisa branca.

– Eu pareço pronta? – Resmungo com os sapatos em mãos. Coloco o cinto de segurança e começo a calçar os sapatos com dificuldade.

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– Olha, eu preciso encontrar Leds. Pega uma bebida e circula. Quem sabe você não vê uma gatinha por aí. – Digo para Daniel assim que entramos na casa lotada. O mauricinho parece ligeiramente apavorado, mas eu sei que isso pode se resolver com uma latinha ou duas de cerveja. Daniel está prestes a seguir seu caminho quando eu o puxo pela camisa. – Não aceite bebidas de estranhos, nem abertas.

Daniel arregala os olhos, mas se afasta, quando eu o empurro. Sigo caminho entre as pessoas, algumas dançam, outras conversam. Demoro alguns minutos para visualizar os cabelos loiros de Leds, balançando enquanto ele conversa com Lionel, June e alguns de nossos colegas.

– Vai uma cerveja, gatinha? – Lionel me oferece, mas eu ergo uma mão.

– Você sabe que eu não bebo, por que insiste? – Respondo, revirando os olhos.

– Não custa tentar. – Ele ri, sacana. Algumas pessoas acham Lionel babaca, nunca soquei a sua cara, o que significa que só é irritante mesmo.

Me viro para Leds e ele segura minha cintura.

– Está livre hoje? – Pergunto, tirando a lata de cerveja da sua mão e deixando na primeira superfície que encontro. – Não estou a fim de correr o risco de beijar algum babaca hoje.

– Seu desejo é uma ordem. – Leds diz, puxando minha cintura até nossos corpos colarem.

Os lábios de Leds encontram os meus com urgência, em um beijo forte. Aperto seus cabelos na minha mão conforme sua língua busca a minha. O afasto quando estou sem ar, e sorrio, sendo retribuída com o mesmo gesto da parte dele.

Eu fico com Leds algumas vezes, principalmente durante festas, era uma das regras de nosso acordo. Geralmente Leds costuma ficar mais com garotos, abrindo uma ou outra exceção. Trocar alguns beijos com ele nunca afetou nossa amizade, pois éramos peguetes antes mesmo de sermos amigos, então é curioso que a amizade e o respeito mútuo vieram depois.

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