Daniel foi humilhado pela garota que ama na frente de toda a Universidade.
Quando o semestre seguinte começa, ele precisa encarar novamente todos aqueles que riram dele.
Acostumado a ser o nerd deslocado e invisível, precisa arrumar um método de lid...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dou uma risada vendo Daniel cantar enquanto mexe a panela. É uma música do Shawn Mendes que fala sobre uma garota de gostos peculiares. Aparentemente Daniel canta para mim enquanto faz ovos mexidos e deixa pães na torradeira.
Ao contrário do que eu imaginei, o clima não ficou estranho quando acordamos juntos. Ele continuou sendo um pateta engraçado, fazendo piadas bobas e decidiu me preparar café da manhã. Não que tivesse muita coisa em casa, mas ele se saiu bem.
Estava bastante frio lá fora, e como todo ano, já sabíamos que a neve em Kingsland era iminente conforme mais perto do fim do ano ficava. Então eu e Daniel estávamos bem empacotados dentro de casa.
Depois que comemos, Daniel me faz sentar no balcão da cozinha. O faço sem questionar, e observo quando ele pega cubos de gelo na geladeira e os quebra, colocando em um pano.
– Vamos aliviar esse hematoma. – Ele sussurra, colocando a bolsa de gelo no meu rosto.
Fecho os olhos e permaneço breves minutos até o gelo começar a doer. Dan afasta a bolsa e sopra o local do hematoma, depois volta a colocar a bolsa. Ficamos nisso por praticamente meia hora, até o gelo começar a derreter.
– Por quê você está fazendo isso tudo por mim? – Pergunto, quando ele para na minha frente. Daniel não parece surpreso com a minha pergunta e eu imagino até que ponto ele já me conhece.
– Por quê você fica esquiva se alguém tenta se aproximar? – Ele devolve com outra pergunta, que de certa forma é justa. Seus olhos esperam pacientemente pela resposta.
Respiro fundo, decidindo o que dizer. Daniel já me viu em um momento de fragilidade extrema que foi a noite de ontem, onde eu atingi o limite da exaustão. E ele ficou, cuidou de mim de um jeito que ninguém nunca fez.
– Por quê as pessoas não costumam fazer isso por mim. E quando fazem, não é de graça. Eles sempre querem algo. – Explico, voltando meus olhos aos seus.
– Então eu sou o ponto fora da curva. – Ele se gaba, rindo. Ele segura as minhas mãos ainda enfaixadas, entrelaçando seus dedos nos meus. – Eu me importo com você.
Ele me olha e eu gosto de ver sinceridade em seus olhos dourados. Na verdade, Daniel é um péssimo mentiroso, por isso é fácil reconhecer quando ele está sendo genuíno.
– Me desculpe pelo jeito que eu falei com você quando brigamos. – Eu digo, mas ele dá ombros. – É que eu...
– Você não precisa se justificar. Eu fui um idiota, e você está autorizada a me dar um puxão de orelha. – Ele ri com as bochechas coradas. – Além disso, não quero que se sinta pressionada a me dizer nada.
Vamos para a sala, e Daniel coloca um filme para assistirmos. A programação de Natal já começou na TV, e nós assistimos Esqueceram De Mim.
Estamos no meio do filme quando Daniel dá um pulo no sofá, aparentemente tendo uma ideia.
